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Um grande profissional, tanto na rádio como nos jornais, com vários livros publicados (casos de “Memórias das Guerras Coloniais, Savimbi – Vida e Morte”, “Diz que é uma espécie de democracia”,” Descolonização Portuguesa – O regresso das caravelas” e “Romance de uma conspiração”), além de talentoso guionista televiso (e.g., no documentário “Memórias das Guerras Coloniais”) e uma excelente incursão no teatro com a adaptação do romance “Clarabóia”, de José Saramago, em cena n’ A Barraca, em 2015.
E foi o mais brilhante provedor do Ouvinte da rádio pública, de 2017 a 2021 (autênticos programas de rádio, como ainda se podem reouvir na RTP Play, até para se comparar com o cizentismo atual…).
Homem da rádio já antes do 25 de Abril, foi dele a expressão “nacional-cançonetimo”, que cunhou pela primeira vez em 1966 na rubrica “POPularucho” do suplemento “Mosca” do “Diário de Lisboa”, numa sátira acutilante ao estilo musical dominante à época e em contraponto com a qualidade da emergente música de intervenção de José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho, entre outros, que mal passavam então pelo crivo da censura .
Fica a admiração e a saudade pela sua partida.
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JOÃO PAULO GUERRA: ATÉ AMANHÃ, CAMARADA
Comecei a ouvi-lo, mas sobretudo a lê-lo em miúdo, nos jornais que andavam lá por casa, com “o diário” à cabeça. E nunca mais deixei de lê-lo. Disse-lhe em vida o que toda a vida lhe quis dizer: quando for grande quero ser como tu. Por isso, quando, em abril de 2017, ele aceitou apresentar o meu livro “Quando Portugal Ardeu”, na Barraca, em Lisboa, sublinhei ainda mais essa dádiva: “Foi contigo que este bichinho do jornalismo se fez grande. Não só pelas reportagens, mas sobretudo por causa de um livro chamado “Polícias & Ladrões”, da Editorial Caminho, que reunia já algumas das histórias que desenvolvo no meu livro. É uma felicidade, uma honra e um privilégio que a minha geração tenha tido o teu exemplo como inspiração. Nunca te estaremos suficientemente gratos por isso.”. Nos anos que se seguiram, esteve sempre disponível para mim. E ainda fui a tempo de incluir as suas memórias e histórias sobre a música e a política na “minha” Amália.
Muitos dos seus textos permanecem vivos e podem lê-los aqui: http://especiedemocracia.blogspot.com/
Obrigado, camarada João Paulo Guerra! Esta tristeza vai demorar a apagar-se…
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