MEMÓRIA DA GENEROSA RECEÇÃO DE CRISTÓVÃO DE AGUIAR A UMA PEÇA DE NORBERTO ÁVILA

Quando, em 1982, Cristóvão de Aguiar recebeu da revista Vértice (de Coimbra) um honroso convite para coordenar um número especial dedicado à Literatura Açoriana, recorreu à minha disponibilidade, como à de muitos outros autores da Região. Avancei com a proposta de uma cena da peça (então inédita) A PAIXÃO SEGUNDO JOÃO MATEUS. Mas para que ele tivesse maior hipótese de escolha, permiti-me enviar-lhe não apenas 1 cena, mas uma seleção de 7. Qual não é o meu espanto quando, ao receber o nº 448 da revista (maio/junho daquele ano, um volume de 460 páginas) se me depara a publicação das 7 cenas enviadas. Pois não era caso para reprimenda, antes para manifestação de regozijo e reagradecimento.

Uma nota de rodapé informava ser a peça, “concebida como trabalho literário de um fictício poeta popular, João Mateus” [terceirense]. E que, ainda inédita, obtivera entretanto o 2º Prémio no Concurso Comemorativo dos 30 Anos de atividade do Teatro Experimental do Porto.

Na sequência do sismo de 1980 (que alterou por vários anos a vida social de Angra do Heroísmo, deslizou para o esquecimento um projeto de próxima montagem desta obra, pelo Alpendre – Grupo de Teatro. Até que, em 1996, um encenador brasileiro de origem galega – Moncho Rodriguez – se decidiu a encená-la em Guimarães, com o elenco do teatro A Oficina.

Para mais informações consulte: https://bit.ly/3zMeUz2