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MAX STAHL MUDOU TIMOR
Max Stahl deixou os timorenses e amigos de Timo-Leste tristes e com um grande sentimento de perda. Desde o massacre de Santa Cruz quando Max deu conhecimento do que tinha filmado que eu fui das primeiras pessoas a ver as imagens horrorosas. Max filmou tudo o que os algozes militares indonésios fizeram. Mataram à metralhadora inocentes mulheres, homens e crianças que se tinham manifestado até ao cemitério de Santa Cruz. Max contou-me tudo o que se passou. Não vos descrevo o horror para que as vossas lágrimas não vos molhem a face. Foi de tal modo mortífero que as imagens de dezenas de mortos e feridos correram o mundo e a resistência pela independência de Timor-Leste viu a luz ao fundo do túnel. Max tinha conseguido virar a opinião pública mundial e provado que os indonésios apenas estavam em Timor para exterminar o povo. Max foi a Macau e passámos horas a trocar ideias do que se poderia fazer para que as suas imagens mudassem o rumo dos acontecimentos. Eu tinha um amigo na ONU que recebeu uma cópia do que Max tinha filmado em Timor e a partir daí, os governos começaram a receber os “recados” de que a Indonésia tinha de deixar Timor. E assim aconteceu. No dia da independência demos um forte abraço e só lhe disse: “Parabéns, Max”. Um cancro fatídico venceu o herói que ajudou o povo timorense a ser livre. Que os governantes timorenses saibam honrar um homem que não se fartou de dizer que o desenvolvimento de Timor-Leste tinha de se iniciar pelo povo. Infelizmente, não é o que tem acontecido. Paz à sua alma. Uma abraço, Max.
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