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EUA. Drone controlado por Inteligência Artificial terá “matado” o seu operador virtual em teste
Coronel alega que, durante um teste virtual, um drone controlado por Inteligência Artificial “matou” o seu operador. Força Aérea dos EUA diz que comentários foram “tirados do contexto”.
Porém, numa declaração enviada ao Business Insider, Ann Stefanek, porta-voz da Força Aérea norte-americana, afirmou que não foi conduzida “nenhuma dessas simulações de drones de Inteligência Artificial” e revelou que os militares continuam “comprometidos com o uso ético e responsável” dessa tecnologia. “Parece que os comentários do coronel foram tirados do contexto e foram feitos com o intuito de serem anedóticos”, acrescentou.
O The Guardian adianta que nenhuma pessoa foi realmente morta e que ninguém ficou magoado, nem seria essa a intenção, mas que a Inteligência Artificial terá utilizado “estratégias altamente inesperadas” para cumprir a missão que lhe tinha sido atribuída — eliminar qualquer obstáculo ao cumprimento da missão que lhe foi confiada. Foi numa conferência em Londres que Tucker “Cinco” Hamilton quis alertar para o facto de esta tecnologia se poder comportar de formas imprevisíveis e até perigosas e, por isso, deu como exemplo o alegado teste virtual.
“O sistema começou a perceber que, apesar de ter identificado a ameaça, por vezes o operador humano dizia-lhe para não a matar, mas conseguia pontos se matasse a ameaça. Então, o que é que ele fez? Matou o operador. Matou-o porque estava a impedi-lo de cumprir o seu objetivo“, detalhou. “Treinámos o sistema [da seguinte forma]: ‘não mates o operador, isso é mau, vais perder pontos se fizeres isso’. Então, o que é que ele começou a fazer? Começou a destruir a torre de comunicação que o operador usa para comunicar com o drone para o impedir de matar o alvo”, alegou o coronel, que acrescentou que o exemplo do suposto teste virtual mostra que “não se pode ter uma conversa sobre Inteligência Artificial, machine learning e autonomia se não se falar de ética e IA”.
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