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NOV19
EDUARDO BETTENCOURT PINTO – DE SETEMBRO
Por ti escrevo o desenho do sol sobre as macieiras, o destino da minha sombra na terra. Estás longe, no fulminante calendário das emoções. As folhas que pisaste no último outono ardem agora, rutilantes e húmidas, na tarde vazia. Cantas na memória como no primeiro dia, os dedos cegos como frutos. Sabes? O odor dos eucaliptos é setembro a beijar a cor dos teus olhos.