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O “pai” do programa nuclear iraniano, Mohsen Fakhrizadeh, foi assassinado perto de Teheran, nesta sexta-feira. Ele estava dentro de um carro Nissan, com escolta de segurança, numa área de casas de fim de semana da elite do Irã, perto da montanha mais alta do país, Damavand. Por causa da covid-19, a estrada estava vazia.
O que se sabe: houve uma explosão, depois rajadas de metralhadora. Fakhrizade foi levado para um hospital, mas não resistiu O suspeito principal para os iranianos é Israel, principalmente porque o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu pediu uma vez, diante de jornalistas: “Lembrem-se deste nome”. Hoje a frase foi lembrada.
Entre 2010 e 2012, quatro cientistas nucleares foram assassinados em Teerã. As centrífugas iranianas sofreram também com um vírus que as paralisou e que tinha as digitais de Israel e dos Estados Unidos.
Os chefes militares do Irã prometem retaliação. O chanceler Javad Zarif tuitou: “Terroristas mataram um eminente cientista. Esta covardia — com sérias indicações da participação de Israel — mostra o desesperado belicismo dos assassinos”. Ele pediu à União Europeia para acabar com “o vergonhoso papel duplo e condenar esse ato de terror de estado”.
Outro tuíte, do comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, diz que “o assassínio de um cientista nuclear é o mais violento confronto para impedir que alcancemos a ciência moderna”. O general Amir Hatami, ministro da Defea, declarou que o assassinato exibe “o profundo ódio de nossos inimigos contra a República Islâmica”.
O conselheiro do líder supremo iraniano e candidato a presidente nas eleições do ano que vem, Hossein Dehghan, advertiu “que nós surgiremos como um raio ante os assassinos do nosso mártir (Fakhrizadeh) e eles se arrependerão de suas ações.