LUIS FILIPE SARMENTO mais um texto

Views: 0

Neste jogo de conveniências perversas, a lotação esgotada das lavandarias de consciências nauseabundas: infames criaturas, hipócritas do enredo financeiro, programadores de conflitos e guerras irracionais, agiotas dos famintos, pagam o luxo em brindes de lixo no destino exótico de um território privado que priva o destino dos condenados pela sentença do desperdício, do fausto, onde, sem pudor, exibem a grafia da hipocrisia, o circo mediático do espectáculo, a contrafacção da caridade como etiqueta de marca solidária. Nunca a repugnância dos falsários teve a dimensão de um continente mais perdido que a Atlântida dos loucos.
Depois da pandemia do coronavírus, a pandemia estratégica da loucura nas mãos de alienados, de vermes, de mentecaptos que, de um momento para o outro, têm o poder de transformar o mundo num parque arqueológico de uma civilização derrotada e banida pelos sucessores sanguinários da Idade Média.
A Europa espera sentada no camarote perigoso de Versalhes, lançando para o circo das feras pedaços de pouco enquanto milhões de seres humanos são escorraçados pelos biltres de um monstro saído do laboratório alquímico de Ras-Putine.
Porque esta é a Europa das fraudes, dos impedimentos, do desprezo humano, da corrupção, das proibições, das barreiras, dos muros da vergonha, das cortinas que escondem misérias,
do assalto às multidões. Esta é a Europa sem memória, da festa dos eleitos em reuniões clandestinas em hotéis de luxo, da manipulação, da destruição da esperança, do holocausto programado. Esta é a Europa que assassina a fraternidade entre povos, que vilipendia a diferença, que envilece culturas, que promove mortandades. Esta é a Europa da globalização da pobreza e da miséria, da normalização digital das mentes, dos alimentos, das medidas, das fardas virtuais e da confecção das fardas reais, da descaracterização do homem regional.
Esta é a Europa dos déspotas escondidos nas bandeiras democráticas, dos czares criminosos, dos oligarcas assassinos, dos corruptos do petróleo, dos títeres financeiros, das marionetas da conspiração, dos vermes como casta «superior» deste território que insiste em não sair da idade das trevas. Esta é a Europa dos cadáveres, do sangue putrefacto, da prosa enlameada pelos detritos das fortunas roubadas às nações. Esta é a Europa que está a deflagrar a democracia, a política, o consenso, a paz, a Europa que se suicida dia a dia nos cadafalsos da especulação, nos interesses obscuros das famílias politicas que a controlam há décadas, dos famigerados mercados, das bolsas e dos seus carrascos de serviço.
Esta Europa é um imenso Vesúvio, de múltiplas crateras, o terramoto da vergonha, o dilúvio da ambição, o esgoto do caos.
Esta Europa é uma Comissão de loucos, fanáticos, cobardes,
o buraco negro da dignidade humana.
Esta Europa não é exemplo, mas uma catástrofe!
Foto de José Poiares photography
May be a black-and-white image of 1 person, beard and text that says "josepoiares photography"
You, Artur Arêde, Manuel Borges and 60 others
20 comments
19 shares
Like

Comment
Share
20 comments
Most relevant

“Most relevant” is selected, so some comments may have been filtered out.
Write a comment…

Mais artigos