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Finalmente, um destino mais claro.
A assimétrica (azul) continua a representar fielmente a progressão de casos: abrandamento lento, lento, cada dia parece uma reta do anterior… mas não é! É mais brando que o anterior. Os casos saltitam para cima e para baixo ao longo dos dias, mas claramente numa tendência que desde, desde, acalma, abranda.
A novidade é que a sigmóide simétrica (verde) agora ajustada à curva de casos começa a apontar para algo muito próximo da assimétrica azul. Se não houver mais abrandamentos, isso não quer dizer nada. Apenas a linha verde continuará a seguir em direção à azul. E essa só nos dá estabilidade lá para o Natal, com perto de 50.000 casos… é demasiado longe, é demasiado tempo, com verão, vida, mundo… muda tudo MUITO ANTES DISSO (para o bem ou para o mal). Ou seja, é uma previsão falhada à partida.
Se as atitudes de cautela se mantiverem, bem como a expansão silenciosa dos contágios sem sintomas, talvez consigamos abrandar um pouco mais e parar lá pelos 30.000, 35.000. Isso seria bom. Levava-nos o número de casos ativos prováveis para valores de final de março. Até meio de maio (ali pelo dia 70) já saberemos mais.
Vemos também que as curvas praticamente pararam no país, excerto Norte e Lisboa. E o mapa mostra-nos que o ritmo de contágios elevado está ligado à densidade de contágios: Grande Lisboa, Grande Porto. Coimbra em certa medida, mas em abrandamento claro.
Depende de nós acalmar isto. Usar máscaras, mesmo que de pano, sempre que saímos. Continuar com as medidas de esterilização do que compramos no supermercado. Lavar e desinfetar as mãos. Evitar estar à conversa perto uns dos outros, antes manter uma boa distância. Nos locais de atendimento proteger quem está aí o dia todo, com barreiras transparentes contra salpicos. Com mais testes e mais frequentes e mais disseminados. Dando o exemplo e apelo mais uma vez aos nossos líderes que não façam a asneira do mau exemplo: celebrem o 25 de abril mas como medida pedagógica, com máscaras, com pouca gente em local fechado e idealmente em local aberto; o 1 de maio sem cortejos, sem riscos desnecessários. Há tanta forma de celebrar com simbolismo e força, em vez de como infantil bravata que finge haver momentos inócuos pela solenidade. Não há solenidade para os vírus.
