lendas da minha galiza 2011

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531. lendas da minha galiza 11 dez 2011

 

Galiza és tão especial

quando sorris

por que não sorris sempre?

 

és tão bela

quando ris com gargalhadas cristalinas

por que não ris sempre?

 

és tão amorosa

quando falas e cicias

por que não falas sempre?

 

 

no meu quintal tenho um poço

sempre cheio de palavras

onde vou buscar inspiração

 

é lá que busco amores

como se fora o monte das Ánimas

na era dos Templários

quando os cervos eram livres e não havia lobos

 

foi lá que aprendi a tua história

depois de Ith filho de Breogán

ir à Torre de Hércules

divisar Eirin a Verde

 

morto Ith, perdidas as Cassitérides

aprisionados os Ártabros

resta visitar Santo Andrés de Teixido

duas vezes de morto

que não o visitei uma de vivo

 

e esta história queda silente

nos livros e na memória dos velhos

por que não a aprendem os nenos?

agora que o rio Minho passa caladinho

para não despertar os meninos

 

hoje quando fui ao poço

encontrei-o seco e mirrado

sem um fio de água sequer

não havia pardais nas árvores

nem flores no jardim

senti o coração trespassado

as lágrimas secaram-me

aºao trespassado Castelaer

caladinho

fincado no chão

pios e polinia fadas ou sereias

atopei umas Meigas

a dançar com o Dianho

foi então que o vi, o Chupacabras

estandarte de Castela

 

não mais haveria fadas ou sereias

cronópios e polinópios

vou juntar ferraduras, alho e sal

colares de conchas e tesouras abertas

esconjuro-vos ó meigas castelhanas

que me salve o burro farinheiro

vou ao banho santo em Lanzada (sansenxo)

 

hei de te encontrar minha moura encantada

não tenho medo de travessuras de Trasgos

nem Marimanta ou Dama de Castro

sem temor da Santa Companhatravessuras de Trasgos

a Santa Companha

nem do Nubeiro vagueando

entre tempestades e tormentas

 

hei de te encontrar minha moura encantada

e brotará áuga do meu poço

escreverei os versos e serão mágicos

erguerei a tua flâmula

no poste mais alto e cantarei

Galiza livre sempre