JOEL NETO

A história em torno do Chefe de Gabinete que se demitiu, perante a incapacidade de um gesto capaz de evidenciar verticalidade, por parte daqueles que o nomearam, é demasiado triste.

Joel Neto, que não conheço, revelou elevada capacidade para compreender as desventuras dos mais desafortunados, dos mais pobres.

A sua intervenção demonstrou especial lucidez, conseguiu igualmente evidenciar com tamanha força aquilo que os regulares estudos universitários não conseguem trazer à superfície.

Ainda não se aventurou na abordagem da dimensão nos Açores, do rácio de reclusos por 100.000 habitantes. Contudo, estou certo que se revelará como capaz de facilmente tornar visível, aquilo que não se quer ver, nem entender.

O referido rácio é confrangedor, um verdadeiro murro naqueles que procuram esconder o que lhes tira o sono e que põe em causa o seu confortável sossego.