J F VENTURA COISAS…, MAS QUE COISAS…

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COISAS…, MAS QUE COISAS…

Mais uma vez, o Professor catedrático de Direito, jornalista e comentador político, Deputado à Assembleia Constituinte (quiçá constitucionalista por inerência) Ministro dos Assuntos Parlamentares, Líder do PSD, docente e presidente do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o sr. Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, voltou a fazer uma “coisa” muito feia aos Açores, aos seus órgãos chamados de governo próprio, ALRA, ao Governo Regional na pessoa dos seu Presidente e por conseguinte, ao Povo Açoriano.

Quando questionado sobre algo que os açorianos aguardam com alguma expetativa e, à altura, se prende coma a marcação das próximas eleições regionais, respondeu que “essas coisas ficam para depois das férias”. Para depois das férias também, ficou a promulgação da “famigerada e malparida Lei do Mar” que S.Ex.ª. fazendo tábua rasa ao “apelo” do Presidente do Governo dos Açores para não vetar a mesma, a mandou para a Assembleia da República para “reparação”.

Parece-nos que S.Ex.ª. nunca foi muito amigo dos Açores nem do seu Povo o que, começou quando votou a Constituição que, nos deu um Estatuto “pindérico” e que sendo de vez enquanto contestado, por força de um clausurado constitucional, em nada e, ao contrário do reclamado por certos setores sociopolíticos da Região, continua a proclamar um estado unitário (aí a invocação de continuidade territorial), a manutenção de um embaixador honorário que nos custa os olhos da cara, a invocação dos representantes do Estado de que a Constituição não deve ser mexida. A Autonomia dos Açores está quanto baste. Ouvimos esta “Coisa” de Jorge Sampaio, de Cavaco e Silva que ia pirando, com a inclusão da expressão de Povo Açoriano na proposta de revisão do nosso Estatuto. Há pouco tempo de Marcelo Rebelo de Sousa, aquando na Ilha Terceira anunciava a celebração do 10 de junho de 2018 nos Açores, nomeadamente em Ponta Delgada.

Porque S.Ex.ª. é “santo” que gosta de estar em todos os altares, resolveu antecipar para o dia 9 a cerimónia, já que o seu verdadeiro significado seria comemorado em terras do Tio Sam, na comunidade chamada de Diáspora. “Coisas” a que nós também temos o direito de apelidar de “marcelismos”. Marcelismo que levou ao sumiço da zona de festa de todos os símbolos da pomposamente chamada de Região Autónoma. O seu Hino e a sua Bandeira, constitucionalmente reconhecidos. São “coisas”.

Com as eleições regionais por marcar, e a lei do mar “vetada” que, no nosso entender é o que significa a sua devolução à Assembleia da República. Perante a ligeireza e o desrespeito que S.Ex.ª. se pronunciou de “coisas” importantes para os Açores e seu Povo, como responderemos a tal atitude? Com a subserviência habitual dos nossos políticos?

Vamos permitir, que (perdoem-nos a expressão) não demos um traque. Porque é inconstitucional? Por favor há “coisas” e “cousas” … Ponhamos os pontos nos iis. Já é tempo de o fazermos. Porque “Açores Sempre”

“Da independência dos Açores e de certos mitos”

De nosso dever, como açoriano e “independentista”, referir (e porque não agradecer), a forma como o Professor Vamberto Freitas, desmitifica no seu artigo de Opinião publicado hoje 2020/08/14, no nosso Açoriano Oriental e, sob o título acima reproduzido, algumas questões abordadas como relato “ficcionista”, no último livro do escritor João de Melo nas quais, cria uma imagem completamente errónea da acção nacionalista no período chamado de verão quente em 1975.

Que o livro em questão e a entrevista do Dr. João de Melo não passe mesmo, de um “livro de vozes e sombras”

“Há gente que sai da nossa vida achando que pode voltar quando quiser, mas esquece-se que nem todo o lixo é reciclável”

José Ventura

2020-08-15

Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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