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Blá… Blá…Blá «vs.» Blá … Blá… Blá
Nós próprios, estranhamos a falta da “genica” que habitualmente nos leva a traçar umas linhas para publicação semanal, em alguns órgãos da comunicação social que nos consentem tal privilégio e publicamente agradecemos.
Surpreendidos ficamos, por ter recebido de alguns dos nossos amigos leitores, o procurarem saber o porquê da falta de presença na última semana. Agradecemos do coração o interesse demonstrado e só temos uma forma de lhes responder.
Quem na vida, nunca teve uma ou mais desilusões? Quem nunca experimentou nenhum dos sinónimos desta palavra que atinge muitas vezes o idealista, o homem ou mulher, a criança ou o adulto, o jovem ou o idoso que, por “sonhar” (o que não é proibido), aspira à realização de um desejo, dentro de qualquer uma das situações etárias referidas?
Quão dececionante não é, quando depositamos confiança e sentimentos nas pessoas com as quais partilhamos pensamentos, sonhos, projetos sociais ou políticos, certos de que os mesmos são ou serão partilhados por essas mesmas pessoas que achávamos conhecer mas, no fim, só mostraram ser iguais a todos aqueles que, quando chamados a agir com coerência e sentido de justeza se acanham, ou mediante um número sem conta de desculpas fogem à realidade das coisas por conveniência ou pior ainda, por covardia. Para além dos que assim procedem, há ainda outros que se servem precisamente da confissão desinteressada dos nossos projetos pessoais ou coletivos para fazerem o brilharete no primeiro salão de festa ou espetáculo mediático, fazendo seu, aquilo que ouviram ou leram dos outros.
São muitas as vezes que por conta das mentiras que nos contam, sofremos desilusões que nos levam a duvidar da sociedade ou melhor, dos que na mesma se propõem o lado da história que, pretendem ser os únicos protagonistas e mentores. A sua própria história relegando para um segundo plano a história do “outro”. As pessoas mentem, é um facto. Mentem convencidos que estão a proclamar a verdade, convencidos de que só eles são os seus donos.
Quando as pessoas não acreditam em qualquer coisa, sentem-se perdidas!
Como comum mortal interessado na “coisa” pública sinto-me, também, às vezes perdido pela falta de credibilidade existente nos dirigentes do País que, até ver, me dá a nacionalidade bem assim como dos dirigentes daquilo que teimosamente os primeiros teimam em ser os seus donos, baseados numa lei suprema intitulada de “Constituição” que está ferida de inúmeros defeitos nomeadamente no que concerne, no respeito pela Carta dos Direitos do Homem.
Motivos não faltaram para um dos habituais artigos de opinião que nos habituamos escrever e trazer aos nossos leitores. Muito vimos, ouvimos e lemos. Assistimos como referenciamos em título, a um constante e colorido Blá… Blá…Blá «vs.» Blá … Blá… Blá…, sendo os resultados os menos esperados desde a nossa última redação. Os assuntos foram muitos e diversos, embora e compreensivelmente a “saúde” na vertente Covid seja o “mote” mais em foque, embora muitos outros de interesse político, económico e social nos merecessem a devida atenção.
E por esperar demais, sonhar demais, criar expetativas a mais, acabamos sempre por nos dececionar cada vez mais e aí, faltar-nos a “genica” que no início referimos.
Esperando que o meu “ideal” seja o equilíbrio emocional e a identificação com o meu Eu interior, faça-me viver a minha história e não a de um outro qualquer, farei todo o possível para que, na próxima redação tenha discernimento necessário para fazer uma retrospetiva de factos ou acontecimentos que deixamos em branco com a nossa falta de presença na semana passada. É que, estarão tão presentes no “amanhã” como estiveram no “ontem”
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda”.
Oliver Goldsmith
José Ventura
2021-02-18
Uma nota final – 14 de fevereiro às 23:47 ·os independentistas da Catalunha obtiveram uma vitória histórica nas eleições para o parlamento catalão. Tiveram uma maioria absoluta de votos, 51%, uma subida de 3,5%, e uma maioria absoluta e folgada de deputados, 74 de 135, mais 4 do que nas últimas eleições de 2017.
Um abraço aos nossos irmãos, da Catalunha, na luta por uma Europa dos povos, das culturas, das línguas e da democracia.