Uma fotografia aérea partilhada pela NASA na quarta-feira capturou um iceberg retangular que está à deriva no oceano Antártico. Segundo Kelly Blunt, cientista na agência espacial e na Universidade de Maryland, o fenómeno é mais comum do que se possa imaginar.

“Há dois tipos de icebergs”, começou por explicar à Live Science. “Existem aqueles que todas as pessoas imaginam nas suas cabeça que afundou o Titanic. Esses parecem prismas ou triângulos à superfície. E, depois, temos o que chamamos icebergs tabulares“.

Os icebergs tabulares são largos, planos e longos. Quando as plataformas de gelo crescem demasiado, acabam por quebrar, separando-se em formas geométricas. O processo pode ser comparado ao crescimento de uma unha que, quando cresce demais, acaba por quebrar, referiu a especialista.

“O que faz com que este seja incomum é o facto de ser quase um quadrado”, declarou Blunt, que disse ainda que o iceberg poderá ter mais de 1,5 quilómetros.

Como todos os icebergs, a parte visível acima da água representa apenas 10% da massa do paralelepípedo. No caso dos icebergs tabulares, a massa submersa é também geométrica.

A cientista da NASA considerou que o iceberg era “fresco”, porque os vértices afiados indicam que o vento e as ondas ainda não terão tido tempo para quebrá-los.

Apesar de o iceberg ter uma grande massa, Kelly Blunt não aconselharia uma caminhada na sua superfície, uma vez que é longo, mas a profundidade não é suficiente para ser estável e seguro. “Provavelmente não se viraria“, disse a especialista. Mas poderia quebrar a qualquer momento.