Views: 0
HOJE À TARDE – FLORIANÓPOLIS
INAUGURAÇÃO – “BIBLIOTECA AÇORIANA ANTÓNIO MACHADO PIRES”
O Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – Brasil, presidido pelo Doutor Augusto César Zeferino inaugura esta tarde em Florianópolis a “Biblioteca Açoriana Prof. Doutor António Manuel Bettencourt Machado Pires,” na dependência do referido Instituto
Ontem na sua residência em Ponta Delgada Machado Pires endereçou através da RTP Açores uma expressiva e comovida mensagem de agradecimento
António Machado Pires, é hoje o símbolo da integridade intelectual açoriana, a voz purificadora de um pensamento universal nascido nas ilhas; vigor e revibração, que das correntes ancestrais e contemporâneas dão sentido à geografia e à história; conforto à sociologia e antropologia cultural. Senhor da Língua e seu expressar Pátrio. Filósofo de um Tempo sempre por vir. Cientista da Palavra e das palavras. Sacrário dos nossos sentimentos.
António Machado Pires, Reitor da Universidade dos Açores, Professor Catedrático Jubilado, condecorado, galardoado, é uma distinta personalidade deste país, que nos dá a honra de uma convivialidade afetuosa, simples, discreta e sempre contagiante, na difusão de ideias fundamentadas daquilo a que Nemésio um dia chamou de “Açorianidade”.
Da sua vasta e consagrada obra literária, e desse fervor ilhéu, quis o destino, mercê da sugestão de pessoas amigas do Professor António Machado Pires, que viéssemos a usufruir de um excelente “ livrinho” – assim tratado por amor e carinho-tão simplesmente chamado “Páginas Sobre a Açorianidade”. Uma relíquia que li, sublinhei, reli e recomendei. Um livro de cabeceira, cartilha ou missal, que obriga a entender e a pensar a condição de “ SER-SE “ ilhéu; ilhéu açoriano.
Como dizia Nemésio, a Vida açoriana não data espiritualmente da colonização das ilhas; antes se projecta num passado telúrico que os geólogos reduzirão a tempo, se quiserem… “ou como encontramos nessas belíssimas PÁGINAS compiladas na escrita de uma reflexão profundamente demorada. Por Machado Pires
“A “açorianidade” é a da alma que se transporta quando se emigra, como também aquilo que de cada um de nós se espera quando nós vivemos fora”…ou “Ser açoriano é mais do que ser-se politicamente, é ser-se consequência da história portuguesa, peninsular, europeia, ocidental e cristã. É-se mais do que se pensa, às vezes menos do que se quer pensar. Transportaram-se na pele séculos de ocidentalidade jogados e desenvolvidos com êxito neste ponto do Atlântico “. Sidónio Bettencourt



