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Se activássemos o plano de contingência com o bloqueio total da entrada e saída de pessoas de e para a Região, e submetessemos todos os residentes a quarentena, em 15 dias poderíamos voltar a ter uma vida normal. Isolados mas com tudo a funcionar na normalidade e com o serviço regional de saúde pronto para intervir e isolar qualquer caso suspeito. Pelo contrário, se surgir o primeiro caso, a possibilidade de controlar a propagação do vírus será muito remota e não teremos a resposta, na dimensão adequada, dos serviços de saúde. Neste caso, controlar a situação será muito mais dispendioso, demorado, com muitas incertezas e variáveis como por exemplo o desespero. Em Itália, em apenas 24 horas morreram 200 pessoas. Estamos todos em risco, especialmente os mais velhos. A capacidade de propagação do corona é brutal e as consequências são as que se vê.
A redução do risco através do bloqueio de entradas na região é o caminho para: 1º verificar se o vírus já entrou ou não 2º montar um plano no serviço regional de saúde para reagir de forma eficiente 3º preparar a população para lidar com esta situação de forma informada e responsável. Com o vírus cá dentro a propagar-se será muito mais difícil e desesperante. Não queremos a região a reagir, queremos a região a prevenir! Até ao momento ainda não se registaram mortes, mas quando isso acontecer consegue-se imaginar qual vai ser o desespero. Na minha opinião o caminho mais seguro é evitar a chegada do vírus à região a todo o custo. Se já chegou, o mesmo plano de bloqueio servirá para conte-lo.
Aquilo que refiro nesta publicação é uma medida para evitar um problema sério de contágio que pode levar à morte. Trata-se de um problema de saúde pública que carece de uma actuação urgente e eficaz. Com um plano adequado e com as intervenções necessárias é possível garantir serviços mínimos. Nós beneficiamos de uma fronteira natural que é o mar, que nos permite, caso haja esse entendimento, lidar com esta situação de uma forma bem mais eficaz. Enquanto que, por um lado, essa fronteira nos protege do vírus, por outro intensifica a nossa vulnerabilidade associada à dependência externa no que se refere aos bens de consumo. Impedir a entrada de pessoas não é impedir a entrada de bens de consumo. Oxalá é que lá fora consigam manter sempre o fornecimento.