Views: 0
Portugal tem hoje mais 138 casos de Covid-19, um aumento de apenas 0,5% em relação ao acumulado de ontem, valor este incompreensível em termos de tendência. Há claramente flutuações na comunicação de dados ou na intensidade de testagem.
Hoje são 27 406 o total de casos de infeção acumulados no país. Se ontem se hipotetizava a existência de uma nova vaga de contágio, hoje, com estes números, a hipótese cai por terra (ainda bem) mas teremos que esperar mais alguns dias para poder concluir isso, porque em Portugal os números diários sofrem quase sempre uma redução nos feriados e fins de semana. Se o número de hoje traduzir a realidade, então pode dizer-se que curva de Portugal nos últimos tempos é “mal-comportada” quando comparada com as curvas de outros países. A diminuição do número de casos de ontem para hoje foi de 75%. Ora temos crescimentos anormais da infeção, ora decrescimentos anormais.
No que respeita ao número de óbitos, são hoje mais 12, ou seja menos dois do que o expectável. A mortalidade tem tido um comportamento previsível, mas não correlacionável com a taxa de infeção no mesmo intervalo de tempo (total acumulado de 1126 óbitos).
No que se refere à taxa de letalidade da doença, esta baixou hoje para os 4,1%, significando que o número de infectados cresce mais rapidamente que o número de óbitos.
Para termos uma ideia comparativa de Portugal com outros países, refira-se que a taxa de letalidade hoje nos Estados Unidos é de 6,0%, no Reino Unido de 14,7% e na Rússia de 0,9%. De facto morre-se muito menos nos países comunistas!!!
Nos Açores extinguem-se cadeias de transmissão indiciando um controlo da infeção à medida que surge a polémica sobre a obrigação de quarentena de quem vem de fora da região. Não parece haver problema com quem seja açoriano e tenha que fazer quarentena, mas sim com aqueles que decidem vir fazer férias aos Açores. Até agora todos ficavam em hotel pagos pelo Governo local a fazer essa quarentena. Alguns consideram que isto é uma forma de prisão, outros, uma medida de saúde pública.
Tudo isso para mim é muito básico e tem a ver com bom senso: Não há liberdade sem vida, nem decisões sem impacto. A constituição protege as pessoas, e a liberdade de um, não vale mais do que a saúde de todos.
Para quem ainda não percebeu, o mundo está em “lockdown”, ou seja, só é altura de fazer férias em casa do vizinho quando o “vizinho” tiver possibilidade de abrir a porta, e quem o visitar, tiver possibilidade de cumprir com as regras que ele impõe.