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A CAUSA DAS COISAS
Cláudio Oliveira, criador do Grupo Bitcoin Banco está preso em Curitiba (PR) Brasil.
Um passado de crimes no país e na Suíça até á prisão, num bairro curitibano de alto padrão, de onde saiu algemado pela Polícia Federal no dia 05 de Julho deste ano, sob acusação de vários crimes.
Cláudio, casado com Madalena Domingues (com quem teve uma filha), chegaram a Portugal em um voo vindo da Suíça em 2001 e ficaram hospedados na praia de Mira, cidade natal da mulher.
Comprou uma casa que nunca pagou e montou um escritório.
Passou a ser conhecido como o “doutor” que havia nascido em berço de ouro, herdeiro de um banqueiro. Aos moradores, dizia ser formado em Engenharia Financeira, em Harvard. A partir dali, conseguiu fechar parcerias e se tornou sócio em vários empreendimentos, até que no ano seguinte, 2002, recebeu a visita da polícia portuguesa.
As autoridades apresentaram um mandado de prisão do governo da Suíça por crimes cometidos no país, onde morou em Lausanne desde os 25 anos. Mais tarde também as autoridades portuguesas vieram a constatar mais farsas a partir de Mira. O futuro Rei do Bitcoin ficou preso por cinco anos e até hoje pouco se sabe dos negócios feitos a oartir de Mira.
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Em Junho de 2005, foi condenado a três anos de prisão por fraude qualificada, abuso de confiança e falsificação de documentos. O golpe, em resumo, era baseado na compra com cheques sem fundos de empresas com dificuldades financeiras. Ao adquirir tais patrimônios, a outra parte do golpe era vender os recursos ainda existentes.
Depois de cumprir 5 anos em Portugal, ainda esteve preso na Suíça até 2007, quando então foi posto em liberdade, mas impedido de deixar o país, pois havia mais processos contra ele — que por sinal foram julgados com novo pedido de prisão que perdura até hoje. Foi quando ele praticou outro crime. Com passaportes falsos deixou a Suíça, passando por EUA e Europa até chegar no Brasil.
Na Suíça, Cláudio Oliveira criou em 2001 o Unibanko, uma empresa com sede em Genebra que prometia rendimentos de 25% nos aportes financeiros, conta a Visão. O dinheiro dos investidores, contudo, era usado em benefício próprio e também lavado através de outras empresas controladas por ele. Após queixas dos clientes que não conseguiam movimentar seus fundos e posteriormente investigação policial, o golpista deixou a Suíça às pressas rumo a praia de Mira.
“Desde 2016, o rosto de Cláudio tornar-se-ia presença assídua nas colunas sociais das revistas e jornais brasileiros”. A frase destaca o início das operações de Oliveira no Brasil já que com 50 anos e casado com outra mulher, a também brasileira Lucinara Oliveira, que conheceu pela internet quando ainda estava preso na Suíça. Curitiba, no Paraná, foi escolhida pelo casal para fundar uma das maiores farsas no país, o Grupo Bitcoin Banco (GBB), empreitada que lhe proporcionou o apelido de Rei do Bitcoin.
O desfecho do negócio ficou bastante conhecido no Brasil, depois que a pirâmide financeira com bitcoin estourou e o grupo parou de pagar aos investidores, que faziam arbitragem com a criptomoeda a partir da plataforma Negociecoins. Pelo menos 7 mil investidores e um suposto golpe de R$ 1,5 bilhão são números de um processo que corre na Justiça brasileira, que já negou a Cláudio Oliveira três pedidos de liberdade.
A sua mulher, Lucinara da Silva Oliveira, foi indiciada por fraude, organização criminosa e crime contra a economia popular.
O Grupo Bitcoin Banco, que operou grande parte de 2018, ganhou notoriedade por negociar dentro do seu sistema cerca de R$ 500 milhões por dia, algo que atraiu boa parte dos 7 mil investidores lesados.
No início de 2019, no entanto, a empresa travou os saques. Na época, o falso Rei do Bitcoin disse que o negócio havia sofrido um ataque hacker, o que foi desmentido posteriormente pela Polícia Civil.
A empresa também conseguiu que a Justiça do Paraná aprovasse um processo de recuperação judicial, o que deu mais tempo para ele dilapidar com os recursos captados das pessoas. A recuperação judicial foi transformada em falência em Julho
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