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Exortação
A circunstância não é de palavras, mas de pedidos, súplicas ou lamentações.
Há mais de 3 semanas, como outros, defendia o encerramento dos aeroportos, muitos o criticaram.
Hoje o meu Bastonário da Ordem dos Advogados vem defende-lo.
A primeira súplica é dirigida ao Primeiro Ministro que se manifestou anti açoriano de forma grosseira e desumana.
Não há outras palavras mais generosas para com aquele.
Dizer como aquele que fechar os aeroportos nos Açores e na Madeira era “danoso” é demonstrar que desconhece as limitações dos Serviços Regionais de Saúde para este combate, e o que é viver em ilhas com uma geografia peculiar no meio do atlântico.
O primeiro lamento é por todos aqueles açorianos espalhados pelo país que se intitulam defensores dos Açores, que se arrogam a prerrogativas de defesa dos açorianos, que devem comparecer neste momento, é necessário o contributo de todos.
Este é o tempo dos verdadeiros líderes.
O primeiro pedido é para o Presidente do Governo Regional dos Açores, para que continue a tomar medidas rápidas e oportunas, ao contrario do que aconteceu na burocrata Europa, antecipando o contágio que tem um efeito multiplicador muito veloz.
Segunda súplica, a todos os açorianos para que cumpram todas as ordens emanadas das autoridades, mas que dentro da nossa Autonomia continuem a reivindicar contra os senhores de Lisboa que no momento mais critico da vida autonómica nos abandonaram.
Exortar ao Sr. Representante da República, agora com poderes alargados, que ordene o encerramento dos aeroportos e aos Deputados da Assembleia da República, se necessário, com a ameaça de demissão em bloco, para que pressionem o Primeiro Ministro a fazer o que tem a fazer. O tempo urge.
Segunda lamentação, a Autonomia Político Administrativa dos Açores e da Madeira, com a ameaça de uma inconstitucionalidade orgânica, que não substantiva, pareceu ancorar os poderes do Primeiro Ministro.
Nada de mais nacionalista e anti autonómico.
Concedendo naquela inconstitucionalidade a verdade é que nenhum Tribunal Constitucional competente poderia sacrificar o direito à vida, perante o direito a uma viagem de recreio ou de negócios, a acontecer seria uma inversão da axiologia jurídica e uma aberração humana.
Segundo pedido, solicitar ao Governo Regional que continue a defender as medidas que tomou mas poderá amplia-las com o encerramento de Rent-a-car, convidar a empresa Low Cost de transporte a suspender as rotas para os Açores , e ainda, sobretudo, fazer testes a todos, designadamente, aos que chegam, testes, testes, testes… tal como fez a Coreia do Sul, com sucesso.
É necessário confiança nos açorianos
É indispensável confiança nos poderes políticos.
Fiquem todos bem.