escandalosa a reforma da autonomia açoriana

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André Silveira shared a link to the group: Açores Global.

Pouco severa CEVERA

Uma região que não consegue, ou não sabe, o que quer para si não é uma região autónoma, é um projeto falhado. Recentemente foi tornado público que a comissão responsável pela revisão do estatuo autonómico dos Açores encomendou a um conhecido escritório de advogados o seu próprio trabalho. No contrato, adjudicado por ajuste direto claro está, pode-se ler que se pede ao escritório de Lisboa, que: encontre “alternativas à figura do Representante da República; aprofundamento da autonomia; melhoria da democracia regional.”. Ou seja, que façam eles aquilo para que foi criada a comissão
Não se entende nada disto. Não entende que numa região que pensa, e pensou durante mais de um século a autonomia, se tenha de recorrer a advogados de fora para saber o que quer para si. Não se entende que numa região de onde saíram grande pensadores e grandes autonomistas, e estadistas já agora, não se consiga escrever um texto acerca da nossa autodeterminação.
Nunca como hoje a causa autonomista foi tão necessária, mas também nunca foi tão mal defendida. Os Açorianos estão desiludidos com a não concretização das promessas autonómicas que supostamente iriam retirar a Região do fundo da lista da pobreza, desemprego e insucesso escolar. Os sucessos cada vez são menores e o descrédito total da classe política abre portas a movimentos pouco saudáveis e populistas também por cá. O antídoto para o populismo e extremismo é uma classe política responsável centrada no bem comum. Este incidente não abona nada a favor desse desígnio.
Os Açores em vez de andarem a brincar severamente às “ceveras”, deveriam verdadeiramente discutir uma constituição regional, decidir de uma vez por todas que papel querem ter em Portugal e na Europa, e levar a sufrágio dos Açorianos esses princípios de autodeterminação. Coragem houvesse para uma discussão verdadeira e sem fantasmas. Infelizmente é o que há.
Uma região que não consegue, ou não sabe, o que quer para si não é uma região autónoma, é um projeto falhado. Recentemente foi tornado público que a comissão re

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Uma região que não consegue, ou não sabe, o que quer para si não é uma região autónoma, é um projeto falhado. Recentemente foi tornado público que a comissão re
Comments
  • Carmen Ventura Muito bem dito e escrito André Silveira. Mas talvez a explicação resida no facto de já não termos açorianos ao nível dos Grandes que puseram de pé esta Terra. Desde há muito que se nivelou por baixo. Os açorianos nada exigem a quem os representa. Estão preocupados vá-se lá saber com quê.
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  • Carlos Augusto Furtado Isso é inacreditável, só comparável ao caricato do empregado pagar ao patrão para lhe escrever a redação dos seus direitos, isso só acontece quando as “figuras” vão para os sitios sem saberem o que querem e para que querem, é disso que a nossa classe politica atualmente é feita, por isso deixaram de mereder a confiança do povo, que agora já não acreditando em nada, preferem dar vós às novas tendências, chamadas pelos incomodados do sistema de “populismos”.