ELEIÇÕES À PORTA

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ELEIÇÕES À PORTA COM SUGESTÕES DE BOA GOVERNANÇA – 28.8.2019, CRÓNICA 282

 

Considero o Presidente Vasco Cordeiro um homem íntegro, nem sempre bem assessorado, e tomo a liberdade de sugerir propostas de difícil execução.

SATA -a servir as 9 ilhas e a ligação Porto e Lisboa, com viagens interilhas baratas que promovam o turismo interno e a deslocação não-turística (estudantes, etc.), integrado na política de arranjar transportes aéreos e marítimos como os que operam nas Canárias (não é preciso reinventar a roda, basta copiar)

Acabar com empresas públicas regionais deficitárias (mesmo que aumente temporariamente o desemprego que é um emprego falsificado)

Usar as visitas estatutárias e o CES para auscultar o povo de cada ilha e satisfazer os seus anseios, escolhendo os candidatos a representantes da região, através de círculos uninominais, ou participação direta.

Criar um Superconselho de artes e humanidades com 6 independentes (música, literatura, pintura, história, 1 doutras ciências, 1 do desporto) para apreciar os pedidos de apoio ao GRA com base nos méritos de cada atividade sem ser por critérios economicistas, visando a validade a médio prazo dos projetos propostos.

Isto evitaria o escândalo de 2020 em que uma peça premiada de Álamo Oliveira, “A solidão da Casa do Regalo” pelo Grupo Alpendre, premiada pela Direção Regional de Cultura – creio que em 2000 – fosse recusada pela mesma Direção da Cultura por falta de valor cultural….

Apertar a fiscalização efetiva dos recipientes de RIS (Rendimento de Inserção Social)

Criar uma carteira profissional e cursos profissionais capazes para a restauração e hotelaria para todos os que já estão na atividade e sem a qual futuros candidatos não possam exercer a profissão

Preservar o meio ambiente face à destruição pelo turismo de massas e massificação descontrolada dos fluxos turísticos. Deve criar-se uma moratória e meter-se travão aos grandes hotéis, pois ameaçam tornar-se elefantes brancos causando mais desemprego.

Apoiar a agricultura (eu não disse pecuária) e novas produções, tal como na crise da laranja que permitam diversificação de produtos e de mercados de exportação. Para tal será necessário assegurar, de forma independente, o transporte da produção para centros de distribuição (Lisboa, Porto ou noutros locais)

Incrementar a fixação de investigadores e cientistas nos polos da academia local

Incrementar as ações de fiscalização marítima da enorme zona económica.

Facilitar o investimento da diáspora

Apostar na introdução de novas tecnologias e cibernética na pecuária, agricultura, etc.

Rever e atualizar os Cadernos Eleitorais

Usar linguagem simples, coloquial, nos comunicados governamentais para que o eleitorado os entenda

Mais haveria a sugerir, como a introdução em termos básicos e não-burocratizados de benefícios diretos aos que usam e divulgam produtos locais, medidas de protecionismo das empresas locais (sem dimensão capaz para competirem com as de fora) e por aí adiante… enquanto os aparelhos partidários forem agências de emprego (jobs for the boys) a abstenção não baixa e só favorece populismos e extremismos de direita.

(Nota dezº 2020:

Não seguiu os conselhos e já não é Presidente.

Como não leu as ChrónicAçores e as suas previsões, azar, os eleitores deram-lhe a resposta em outubro 2020.