EÇA E O PANTEÃO

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A propósito da recente polémica sobre o destino final dos restos mortais do escritor Eça de Queiroz, o Zetho Gonçalves publicou no seu mural a única e inaudita descrição do seu funeral feita por Archer de Lima. Leiam que vale bem a pena.
O ÚLTIMO ADEUS
Segunda-feira, 17 de Setembro de 1900. O povo espera o cortejo levando ao Cemitério do Alto de S. João o Esteta que se extinguira docemente, longe da pátria, e vivendo sempre dela na sua concentração e no seu afastamento do palacionismo. De negro, muita gente girava vendo as montras. Muitos tiveram ocasião de vir fazer compras e assistir ao funeral. Há, por aí disperso, e em grupos de palestra, povoléu e artistas. E, aqui e além, em janelas e do arco triunfal da Rua Augusta, pendem panos negros que se erguem como grandes braços, deixando traços sobre as ruas, como dando luto a Lisboa. Estabelecimentos vários, cheios de gente e animados, expõem muitos o retrato de Eça de Queiroz envolto em crepes, e outros têm a bandeira portuguesa com laços negros. Está bem; quem está de luto é Portugal. As livrarias põem taipais, aproveitando a ocasião para encher as montras das obras do mestre – luto e mercantilismo. Semelha um destes dias em que a multidão sai à rua em procura de sensações fortes: há muito luxo que aproveita o momento para se mostrar – e o negro vai bem a tanta mulher! As janelas têm a animação dos dias festivos, fizeram-se convites, houve pedidos para consultórios e mesmo se armou tablados em lojas. Contudo, só em raros a ansiedade da má nova preocupa do resto. Desse exibicionismo, encontra-se, em geral, a curiosidade de ver passar esse carro que leva à sua última morada um artista de Portugal.
Espera-se que se anuncie a saída do corpo, como se costuma anunciar qualquer festival. O sol está quente. Abafa-se. O Terreiro do Paço tem o aspecto da chegada dum rei – e não se enganaram –, tal a multidão que se acerca do mar, num vaivém, procurando o África com os olhos. Cada um aventa sua história, e as mulheres do povo, sentadas nos degraus dos passeios, tiram os lenços, abrem os corpetes para respirarem melhor, abanando-se.
Passam vendedores de jornais, deixando uma nota pitoresca, gritam: O Século!, A Vanguarda!, o Diário de Notícias!, e, ao mesmo tempo, vendedores acrescentam: “Cá está o retrato de Eça de Queiroz a vintém”. Vendem muito. Quem nunca o viu, fixa os olhos nessas folhas de papel, tarjadas de negro e com vários dizeres. E, a meio destes pregões, o eterno grito: “Capilé ou copo com água!”, “Cá estão pastéis!”. Erguendo a vista, depara-se com os telhados dos ministérios cheios de gente, em grupos, fazendo pelo vestuário ramos coloridos, com as cabeças que interrogam o mar. Tudo isto sussurra, vibra, fala, gesticula, enquanto em baixo a mesma vaga humana, tanto se aproxima do rio, como procura defesa do sol nas arcadas dos ministérios. E todo este povo esperava quem? Disse-o Ramalho: “Um simples escritor que, inteiramente recluso na religião da Arte, se não entremeteu nunca nos conflitos seculares da sociedade a que pertenceu, nunca manipulou negócios nem dirigiu empresas, nem exerceu espécie alguma de autoridade ou de poder sobre os homens do seu tempo. Não foi general, nem ministro de estado nem deputado às cortes, e nunca os poderes públicos, nem sociedades sábias ou recreativas, lhe votaram a coroa cívica de herói, de mártir, ou de simples e incategorizado visconde: meramente um artista na mais extrema e estrita acepção da palavra.”
Influência extraordinária esta, que a imprensa tivera sobre Lisboa, e a fizera acordar desse marasmo da labutação fastidiosa e inútil, e a fizera mover, a impelia até ali, sem talvez na maioria nunca o ter lido, para ir ver o enterro. E, de vez em quando, há vozes que notam as figuras célebres que passam, os ministros e outras. Pendem para dentro das carruagens, havendo sussurro ao aproximarem-se os representantes do rei e da rainha: “Olha, lá vai o Hintze”. Voz mais alta que desperta a curiosidade, porque tudo procura ver a pessoa citada, analisando-a no seu vestuário, se vai triste ou alegre, tudo serve a este povo para se entreter em comentários, enquanto o cortejo não chega.
No Arsenal, agora, a animação é enorme, e, às portas, estaca muita gente que não tem bilhete para passar. Oficiais da Marinha davam as últimas ordens para aproximar a galeota que, rebocada pelo vapor Capitania, ia levar a bordo do África o Ministro da Marinha e esse grupo ansioso de artistas e jornalistas. O África, ao largo, quase em frente de Cacilhas, esperava as visitas e, em torno, passavam barcos vários. Só às 2 horas se fez o embarque, tomando lugar muita gente.
Lembra-me de Brito Aranha, Magalhães Lima, Moreira d’Almeida, e outros muitos, que iam fazer a crónica para o jornal. Eu era um deles.
De repente, ouve-se o primeiro tiro de peça. E, de bordo, observa-se que o povo, no Terreiro do Paço, se aperta mais, contido a custo pela polícia. Os navios continuam salvando. Todos compreenderam que chegou o momento esperado.
«É agora! É agora!»
Quando a galeota atraca ao África, a marinhagem faz guarda de honra ao portaló, apresentando armas. O primeiro a passar foi Teixeira de Sousa; depois, oficiais da marinha às ordens; depois, a comissão – e todos nós. Uma impressão tremenda passa no nosso espírito, uma comoção indefinível, pois que ninguém troca uma palavra. Ao avançarem, já no África, todos se descobrem. Um recolhimento imenso, intraduzível, fere a sensibilidade. E ao descermos uma estreita escada para um camarote esguio de mais, e pequeno para o vulto que guardava, encontramo-nos ante uma montanha de coroas cobrindo uma urna. Um momento de silêncio. Os oficiais esperam ordens, sem perturbar esse minuto, como uma oração que sai de todos os lábios, uma saudação envolta de tristeza e de saudade. Depois, alguém consulta o ministro e a comissão, e, à ordem de começar, a marinhagem vai pondo de parte as coroas da família, dos escritores residentes em Paris – tanto ramo! –, até que a urna é posta a descoberto. É enorme a urna, com argolas de prata, e numa chapa lê-se: «Mr. Eça de Queiroz consul de Portugal à Paris.» Para quê, Cônsul de Portugal?! Devia trazer só um nome – esse cargo que ele representou com tanto brilho, nada dizia ali, nada significava. Nós íamos buscar a glória, íamos espalhar flores sobre o mestre – o resto não era senão uma função pública.
«Pode-se partir?», pergunta o oficial. E, à indicação que se leve a urna, avançam para ela galhardos marinheiros portugueses, que a erguem nos seus braços. Parece que o caixão vai entrar no Céu. Momento cheio de grandeza: aos ombros da marinhagem, Eça de Queiroz recebe a homenagem dos navegadores de Portugal, desta Pátria que devassou os oceanos nas suas lindas caravelas; e a urna passa lentamente ante esses homens curvados, e há lágrimas em muitos olhos. O resto dos marinheiros está nas vergas e o África apresenta o corpo à multidão que continua inquirindo de terra o que se dá; ergue-o ante um povo, ante uma raça, a esse sol de Portugal que lhe tece a mais exuberante das auréolas.
E o corpo desce sobre o rebocador Trafaria. Faina difícil e dura: o caixão pesa muito, enterra-se nas carnes. Não admira. O vulto é de tal estrutura que esse punhado de homens livres, lobos-do-mar, acostumados aos vendavais, não tem suficiente força para o suster – só a Pátria em peso, e nos seus braços, poderá imortalizá-lo em bronze. Mas lá o descem, amparando-o cuidadosamente, colocando-o à proa do Trafaria. Alguém traz uma bandeira portuguesa – como se tinham esquecido, ao trazê-lo de Paris, de o cobrir com as nossas cores nacionais!?…
Imprevidência que chegava a ser um crime, pois que a raça orgulhar-se-ia de que o farrapo ilustre mostrasse ao mundo que ia ali, sob o emblema de Portugal, uma figura que enobrecia a História. Agora há pressa: colocam coroas a esmo, tudo vai para terra nesta hora em que a justiça ainda está longe de lhe dar o devido culto. Os navios salvam de novo. O Trafaria em marcha vê-se rodeado de barcos vários: botes à vela, carregados de gente, escaleres a remos, guigas do Clube Naval; e, de bordo dos navios de guerra, vêem-se binóculos assestados sobre o vapor que singra o Tejo em direcção ao Cais das Colunas. Visto do mar, o Terreiro do Paço, as muralhas do Cais, a Alfândega, a estação, tudo produz um efeito curioso, onde esse povo, ávido de comoções enérgicas, vinha ali prestar preito a esse homem que fugira sempre das multidões e que tinha horror da popularidade. Ah, se ele pudesse ver esse quadro, se não fosse ali fechado para sempre; se ele, que tinha horror à publicação dos seus retratos nos jornais, afirmando mesmo que ao ver-se retratado, até adoecia – assistisse a essa chegada e visse o seu rosto, de mão em mão! E contudo, a curiosidade era legítima no orgulho que por vezes temos de ser portugueses – e os jornais tinham semeado obra de louvor, fazendo com que Eça de Queiroz fosse até operários, mostrando-lhes uma das suas glórias.
E o vapor vem suavemente, vagarosamente. E ondas de espuma, batendo a bombordo e a estibordo, saltitando como pérolas, indo até à urna, como tecendo-lhe um diadema divino, que, sob o sol ardente, faiscava como centelhas de astros.
E logo de abordarmos ao Cais: esse silvo de vapor, esse sinal que feria como um apelo, fez-nos sair da nossa meditação, para o desembarque se fazer. Estávamos em terra.
Nova faina. Então avança gente do funeral e vai ser uma profanação. Não me lembra quem se entrepõe, creio que foi Magalhães Lima. «Os estudantes que lhe peguem aos ombros». Estendem-se muitos braços, todos os braços que o rodeiam. Brito Aranha, muito impressionado, murmura: «Eu não posso». Há ali muita mocidade, toda a nossa mocidade, para trazer o estranho cinzelador. E todos o querem levar até à tarimba armada que recebe o caixão. Primeira paragem. Ordens desencontradas, toda uma mistura de gente em redor, centenas de assinaturas em folhas de papel que estão sobre uma mesa coberta de negro junto à delegação da Alfândega, nomes humildes e de celebridades, tudo ali se junta, se confunde na mesma homenagem.
O padre avança para o corpo e lê umas orações. Todos os assistentes ouvem com respeito esse velho que reza e vai seguir no enterro. Agora vão levar o corpo para o carro! Ah, nunca essa maravilhosa mão de Raphael Bordallo teve mais arte: transformou esse coche mortuário num monte de perfumadas cores e, se não fosse esse jogo de flores que o grande desenhador distribuiu com gosto, que tristeza seria esse enterro! Hortênsias e rosas e lúcia-lima, em cachos, pendem numa atitude de desolação, e as flores têm, por vezes, poses coreográficas. É um jardim guardando o génio, e os festões envolvem o carro, encimado por uma coroa de louros, tendo ao centro um bouquet enorme, entrecruzando-se as flores umas com as outras, como pares num minuete dum parque encantado. Em redor, o carro desaparece sob um chuveiro de cores que, nesse sol fulgurante, mais brilham, mais sinceramente espalham e parecem chorar, nessa água de que estão molhadas. As dálias, as rosas, os fetos, que se abrem em frente, dão um leque grandioso, e até as rodas estão envolvidas nos mesmos ramos floridos de onde, aqui e além, pendem farrapos negros. De vez em quando, uma flor desfalece, esfolha-se como para atapetar o caminho do mestre. Quem poderia dizer que é a morte que se cobre neste carro, cheio de tanto perfume, de tanto sol, como uma jarra enorme! E, se não fosse o cocheiro – esse mesmo surgindo entre arbustos –, tudo diria uma montanha do Olimpo, o monte Salvat, onde se guardasse um Deus. Íamos partir. Os criados levam os cavalos à arreata. E essas quatro parelhas põem-se em movimento, avançado para o arco da Rua Augusta. Cada um procura o seu trem, numa confusão grande, com sérias dificuldades de passar. Abre-se caminho, com dificuldade, e a polícia vê-se em embaraços para dar lugar aos convidados, tal é a multidão que se encontra no percurso – porque o próprio Hintze Ribeiro e Arroyo, que estavam ali, viram-se maltratados à partida do carro.
Raphael Bordallo é que não estava contente ainda. Andava em volta da sua obra, dispondo ali, apertando mais longe, estudando o efeito, como se estivesse ante a sua jarra Beethoven. Logo tudo vai seguindo: o prior de S. Julião na sua carruagem, representantes da família real, e convidados e admiradores. E toda esta gente grada da minha terra tomou os seus carros e lá entraram pelo Arco da Rua Augusta, cujas sanefas negras acenavam violentamente. Toda a Rua Augusta, vista da praça, tinha um aspecto cheio de animação. As janelas repletas de senhoras com ramos de flores nas mãos esperam o carro para deixar também o seu tributo, e os seus candeeiros, a meia-luz, dão uma nota fúnebre, envolvidos também em crepes. Às embocaduras, há carros e gente em cima que se descobre; e em várias lojas vêem-se numerosos retratos de escritores: Camilo, Herculano, a par. Noto uns trabalhos em esmalte, numa das montras, que são dignos de registo. São retratos coloridos. De um lado, o solitário de S. Miguel de Seide, Eça de Queiroz e, também, não sei porquê, Mousinho da Silveira. Passa a montanha florida e as pétalas vão caindo sempre, deixando manchas vermelhas, como sangue derramado. A lentidão é grande e as quatro parelhas marcham devagar para as poderem acompanhar os criados. Ao chegarmos ao Rossio, o vaivém aumenta. Muita gente subiu pela Rua do Ouro para apreciar de novo a ornamentação do carro, que dá a volta, para passar ante o Teatro D. Maria II, que tem colgaduras negras e, pendendo do alto, faixas, que dão um tom grandioso ao monumento. Então, numa doçura de violinos gementes, ouve-se a Marcha Fúnebre, de Chopin. O coche pára e, nesse silêncio trágico, parece que o som dos violinos deixa notas de uma agonia pungente. E, contudo, que fraca expressão de sentimento nacional! Como nessa praça – nesse tempo, o Rossio era uma bela praça – se sentiria bem uma grande orquestra portuguesa, com várias bandas, com centenas de violinos e violoncelos, tendo a Banda da Guarda o primeiro lugar, e executando a Marcha Fúnebre do Crepúsculo dos Deuses! Era pobre, tão pobre. Aventei esta ideia ao director do jornal de que era colaborador, que me respondeu ser impossível, demorando muito tempo os ensaios. Santo Deus, tinham tido um mês, todo um mês!
Aqueles violinos gementes deram uma nota sumida do que devia ter sido essa apoteose. E seguimos. Ante o Teatro do Príncipe Real, também decorado, gente à janela, mas nada mais. Creio que nem flores houve nas mãos dessas artistas. E o carro segue mais depressa, os ramos pendem mais, como braços que se abrissem, com os solavancos que o carro vai dando. Em vários pontos o Kodak trabalha: são os ilustradores no seu ofício. E o coche segue mais depressa.
Esperam-nos, ao chegar ao Cemitério do Alto de S. João, muitas pessoas que vêm apanhar o enterro e se meteram no eléctrico. Toda essa gente sabe que haverá discursos e quer-se aproximar da igreja. Trabalho baldado. A polícia contém à força: a avalanche rompe. O coche estacou ante o portal. Aperto maior, que o calor torna insuportável. De nada serve alegarmos que temos bilhete de convite. Na confusão, a polícia está louca, não dando ouvidos a nada. É preciso que se meta gente a explicar. Dos últimos trens, os convidados ficam quase à porta. Por mais que se queiram aproximar, é impossível.
A primeira impressão, ao entrar no Cemitério, é a Capela que está armada em espaldar, de veludo e ouro, tendo num laço duas grandes letras brancas: E.Q.. A essa está armada com um pano, onde o ouro usado e a prata já velha dão uma nota de tristeza. Logo que o corpo entra no Cemitério, para se dirigir à igreja, começa a faina dos turnos.
O dr. Magalhães Lima procura em volta, chama, dá o lugar: agora é o Conde d’Arnoso, cujo rosto traduz uma grande emoção; mais além, o Conde de Sabugosa, muito pensativo; Luiz de Soveral, sempre na sua elegância; Camelo Lampreya; a admirável figura de João Rosa; esse amorável D. João da Câmara; Raphael Bordallo – estes, entre tantos, que é impossível fixar. Da capela segue para o jazigo, onde vai falar um ministro, o Brito Aranha. Ah, onde estão os oradores do meu país, que não vieram falar à beira desta campa?! Onde está António Cândido, e tantos outros, e, por que faltaram neste momento? Estes pensamentos são cruéis. Era assim. A cerimónia acaba neste entardecer fulgurante. Abre-se a porta do jazigo: uma capela pequena e elegante, e, quando lhe vão a pegar, uma voz diz:
– Não pode ser! É escusado!
– Não pode ser o quê?! – pergunta Brito Aranha.
– O caixão não entra.
– Como não entra!?…
– É grande de mais!
Um estremecimento passa em todos, comoção indescritível. «O caixão não pode entrar.». Há um momento em que ninguém sabe o que há-de fazer. Que grande admiração para esta gente. Pensaram estes homens, estes artistas, estes jornalistas, estes escritores, que Eça de Queiroz poderia ficar nesta pequena capela?! Não, aquele vulto pedia um pórtico de catedral para entrar – e esse, era o caso dos Jerónimos.
Como tudo isso se convenceu que o meteria, como qualquer cidadão, num cantinho de jazigo, num vão qualquer? Puro engano.
– «E que fazer agora?
– Arrancar as argolas, cortar o caixão?!»
O pensamento arrepiou. Decidiu-se levá-lo para a igreja do Cemitério. Ao menos, ali, cabia mal, mas cabia – era a maior capela nesse campo de mortos, e, ainda assim, pequena para Eça de Queiroz.
Pôr de sol. Ele lá ficou, entre outros corpos, esse que foi o maior escritor do seu tempo, enquanto tudo debanda rapidamente.
O povo desapareceu, perdendo-se agora pelas tabernas próximas. Voltámos à cidade que já tirou os crepes, que já esqueceu na sua eterna ingratidão, como se pudesse esquecer este homem cujo nome enche de fulgor a História Literária.
(Archer de Lima, Eça de Queiroz Diplomata, pp. 225-237, Lisboa, s/d.)
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Zetho Gonçalves

Obrigado, caríssimo Rui, pelo sublinhado, mas ninguém irá ler tão longo texto (desconhecido em absoluto do geral das côrtes, académicas ou adjacentes fundamentalistas do vasto opinar vigente), muito embora já ali se mostre como, por incabimento físico,…

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