despesismo Açores Carlos A César

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Merece a nossa reflexão este Artigo de Carlos Rezendes Cabral publicado no jornal “Correio dos Açores” de 22-12-2020
DESPESISMOS
Durante a campanha eleitoral todos os partidos teceram duras críticas ao despesismo que a delegação local do Partido Socialista, então no governo, fazia. Foi um tal zurzir nos sucessivos governos rosa, por demonstrar apetências megalómanas como são (prova provada) alguns dos investimentos por eles executados, ou mesmo financiados. Eu próprio também fiz muitas críticas ao despesismo demonstrado pelos governos PS.
Por este estar mais à mão, posso dar como exemplo o “hotel” para os sem-abrigo na Rua Domingos Rebelo, que não funciona como estava previsto levando a que os vizinhos daquele imóvel se insurjam contra os “desmandos” protagonizados pelos ébrios utentes daquela infra-estrutura de apoio social.
Há mais, não só em S. Miguel como também nas outras ilhas, mas seria fastidioso relacionar.
Daí, eu ter tido alguma esperança quando os candidatos a deputados prometeram que, se fossem governo, governariam com a austeridade necessária para não sobrecarregar a dívida pública que, já de si representa, se não estou em erro, quase 50% do nosso produto interno bruto; também disseram que governariam com transparência e que governariam para as pessoas!
Chegados ao “poleiro” da forma que todos sabemos, pese embora ser legal e institucional, parece terem tido um forte ataque de amnésia.
A começar pela composição do governo que quando todos nós pensávamos que seria um governo comprimido e que se apoiasse na estrutura governamental existente, eis que se aumenta o número de secretarias regionais com os consequentes aumentos de directores regionais, assessores da mais variada espécie para assessorar quem desconhece as matérias; dito em linguagem popular:- quem não sabe “peva” do que administra.
Pessoa amiga fez-me chegar à mão a composição do gabinete do senhor Presidente do Governo Regional. O que vou escrever a seguir nada tem a ver com as pessoas, mas sim com os cargos e vencimentos que lá constam.
Francamente que, para além da chefia de um gabinete, um assessor, uma secretária particular e pouco mais, eu sempre julguei que os restantes serviços seriam assegurados pelos funcionários do quadro do Palácio de Santana.
Pela relação que me enviaram, e a ser verdade o que ali está escrito, considero ser uma negação total ao prometido em campanha eleitoral, que interpretei ir ser um governo transparente, austero e eficiente.
O que ali está é, para mim, uma relação de Jobs for the Boys.
Exceptuando o Chefe de Gabinete, a Secretária Geral e mais um ou dois assessores, o resto são, quanto a mim, dispensáveis.
Para quê ter um fotógrafo privativo com a categoria de Técnico Superior Especialista e com vencimento lá para cima? Com a excelência da técnica em matéria fotográfica qualquer pessoa pode tirar uma boa fotografia. Não seria mais barato recorrer a um funcionário do quadro que tivesse jeito para a coisa, ou então, recorrer a serviços externos?
Para quê duas secretárias pessoais? Uma só não dá? Para quê um Técnico Superior Especialista em segurança e defesa? A P.S.P. já não tem como missão a protecção do Presidente do Governo Regional?
Para quê cinco assessores para a comunicação, imagem, enfermeiro e dois sem classificação especial que presumo ser para todo o serviço?
Não. Assim não dá. É que a relação que tenho em meu poder custa ao erário público a módica quantia de 43.463,79 € por cada mês que Deus nos dá.
Atenção que, penso eu, não estão incluídas as “alcavalas”!
Fazendo as contas, incluindo os subsídios de férias e natal, este gabinete, custa anualmente à Região, ou seja, a nós todos, 608.493,06! Mais de meio milhão de euros!
Isto é só o Gabinete do senhor Presidente e não está contabilizado o vencimento e “achegas” do próprio Presidente.
Poder-me-ão dizer que nos anteriores governos também era assim. Se era, ou não era, não sei. Isto porque não me chegou ao conhecimento as despesas do gabinete do Dr. Vasco Cordeiro.
Contudo, a avaliar pelo que se passa com o gabinete do senhor Presidente do Governo, poder-se-á concluir que, atendendo ao tamanho do actual executivo, as despesas de funcionamento da totalidade deste governo irá ser maior do que as dos governos anteriores.
Não são governos despesistas que os açorianos querem!
Haja respeito!
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Luis Monteiro, José Carlos San-Bento and 14 others
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  • Qual era o custo anterior, para podermos fazer a comparação!
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    • 6 h

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