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A capa da conhecida revista Time. Há 11 anos a revista publicava a mesma pessoa eleita “homem do ano”. Como muda o conto. Nesta plataforma publicamos os nossos trabalhos, ideias, sentimentos, comunicamos virtualmente com pessoas que nunca vimos e com as que partilhamos gostos, interesses, uma parte da nossa vida que não se acha nas ruas, nem no lugar de emprego, nem nos meios de comunicação. Nem em nenhum outro lado.
Porém, a plataforma é privada, tem dono absoluto que pode acabar com o negócio sem consultar mais ninguém. Se isso acontecesse, muitas eleições seriam mais limpas. Mas também perderíamos os avanços do reintegracionismo, a publicação de trabalhos e investigações, a circulação de informações alternativas aos meios de comunicação, a presença d@s sem voz, o alto-falante digital das ruas, a possibilidade de uma nova forma de comunicação social.
Talvez não haja que “deletar” Facebook, só obrigá-lo a cumprir umas garantias democráticas e de direitos humanos. Como deveria acontecer em toda a parte já na vida analógica.
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