crise nos açores, e os hotéis que desmedidamente andaram a edificar

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Esta notícia faz-me relembrar de que há cerca de um ano atrás fazia parte de um movimento cívico para travar a construção de um hotel, em Vila Franca do Campo, com 5 andares, 280 quartos e 583 camas que é de uma ordem de grandeza 7 vezes superior ao Hotel da Caloura e 3 vezes ao Hotel Pestana Bahia Praia.
Um hotel que seria implantado junto a uma pacata zona residencial com acessibilidades não compatíveis com a futura circulação e estacionamento automóvel – cerca de 11 autocarros e entre 100 a 200 veículos ligeiros, veículos de aprovisionamento e de recolha de resíduos – prejudicando a qualidade de vida dos residentes.
Um hotel que iria ter uma pegada ecológica que não foi calculada.
Um hotel que teria uma volumetria exagerada, junto à orla costeira o que iria contribuir para um aumento da vulnerabilidade do território e da poluição luminosa.
Um hotel que corria o risco de resvalar em época baixa para o all-inclusive contrariando a estratégia de coesão porque seriam precisos 3 aviões cheios para ter a taxa de ocupação completa (considerando a estadia média, seriam 10 voos por semana para encher um hotel desta dimensão).
Hoje, fico ainda mais feliz por este projecto não ter sido executado.
Os Açores não previsavam nem precisam de grandes hotéis. Precisam de unidades mais pequenas, com serviço de qualidade.

O mínimo que se pode dizer de Victor Câmara é que é um empresário turístico dinâmico e ousado. E, na realidade, ele é mais do que isso: tem-se mostrado um gestor exímio em tempo de crise. As quatro unidades hoteleiras que gere em São Miguel, que fazem parte do grupo empresarial Açorsonh…

O mínimo que se pode dizer de Victor Câmara é que é um empresário turístico dinâmico e ousado. E, na realidade, ele é mais do que isso: tem-se mostrado um gestor exímio em tempo de crise. As quatro unidades hoteleiras que gere em São Miguel, que fazem parte do grupo empresarial Açorsonh…