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Crimes contra a humanidade
Um dos episódios mais sombrios da interferência americana no Médio-Oriente, daqueles que mancham sem apelo a reputação de qualquer potência, foi certamente o da privação de medicamentos imposta às crianças e doentes cancerosos do Iraque através de sanções atrabiliárias. Coube a Madeleine Albright, secretária de Estado da presidência de Clinton e, depois, embaixadora dos EUA junto das Nações Unidas, aplicar tal política que a Lancet estimou ter causado a morte de 500.000 crianças iraquianas entre 1993 e 1996, e outras 500.000 nos cinco anos que se seguiram. Entrevistada no 60 Minutes, Albright afirmou então ter sido “uma escolha muito difícil”, mas que “pensamos ter valido a pena pagar esse preço”. Ou seja, por esse acto de secretaria, morreram mais inocentes do que em todas as guerras israelo-árabes, na 1ª e 2ª Guerras do Golfo e da guerra da Síria.
