Temperaturas Atingem Valores Elevados Nos Açores Só Comparáveis A 1940 Com As Máximas A Superar Os 30 Graus – Correio Dos Açores

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Estão a ser batidos todos os recordes de temperaturas do ar e da superfície do mar nos Açores, alterando a forma de estar e de agir dos locais e turistas. Em

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Jornalistas “pressionados a desmentir notícias” sobre fogo na Madeira

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Fontes do Governo Regional “apressaram-se a desmentir a informação numa tentativa de ‘assassinato profissional’”, denuncia o DN/Madeira, que fala em dualidade de critérios na permissão de acesso às zonas afetadas pelos incêndios. A delegação da Madeira do Sindicato dos Jornalistas denunciou esta quinta-feira o que classifica como “clima de pressões e restrições” na atividade dos profissionais envolvidos na cobertura do incêndio que lavra na ilha há dez dias. “As pressões atingem também os responsáveis pelos órgãos de comunicação social, que são pressionados a desmentir notícias que depois se confirmam serem verdadeiras”, refere o sindicato, num comunicado assinado pelo presidente da

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calor a crise térmica nos açores

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Temperaturas atingem valores elevados nos Açores só comparáveis a 1940 com as máximas a superar os 30 graus
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera anunciou ontem que desde 1960 que as temperaturas da superfície da água do mar não foram tão altas como em Julho e a temperatura máxima do ar atingiu recordes em praticamente todas as ilhas com a mais elevada a atingir os 30,9 graus centígrados nas ilhas das Flores e Corvo.
Estão a ser batidos todos os recordes de temperaturas do ar e da superfície do mar nos Açores, alterando a forma de estar e de agir dos locais e turistas. Em Julho, e também em Agosto, a Região deixou de ser apenas um destino de paisagem e passou a ser o que quase ninguém queria, um destino de sol e praia. E mesmo nos trilhos pedestres ao longo de ribeiras ou que vão parar numa cascata, turistas e locais banham-se e mergulham em águas de nascentes naturais de São Miguel, isto quando as condições permitem.
Em praticamente todas as ilhas quase todos os caminhos, para os turistas e para os locais que optaram por passar férias na Região, vão dar às zonas balneares ou, então, a zonas frescas debaixo do arvoredo de paisagens ainda verdes por todas as ilhas ou mesmo debaixo de árvores nas cidades, onde há transeuntes que circulam de guarda-sol.
Este é o tempo em que duplica os espaços comerciais de venda de gelados e de água fresca, em que aumenta o número de pessoas nas superfícies comerciais com ar condicionado ou, então, em que as pessoas preferem ficar em casa do que debaixo do ‘brasileiro’ solar de entre as 11 e as 16 horas.
Nos dias de temperaturas elevadas há profissões em que os trabalhadores sofrem mais, como o caso dos que trabalham na construção civil e na limpeza de caminhos.
Para quem está de férias e para estes trabalhadores, todo o cuidado é pouco com a radiação solar. E os protetores solares ajudam a impedir exageros de exposição mas não são o suficiente. Os especialistas aconselham que, quem possa evitar as radiações solares entre as 11 e as 16 horas, como prevenção para eventuais doenças que podem chegar ao melanoma.
Prejuízos em atividades
E há atividades em que o tempo quente significa prejuízos, como são exemplos a agricultura, com os milhos forrageiros e as ervas a secarem e os frutos a amadurecerem fora de tempo e a caírem.
Além disso, esta seca em algumas ilhas dos Açores já significa escassez de água para os animais e se começa a pensar em racionar a água de consumo para as pessoas. O cidadão comum não compreende, por exemplo, que numa ilha, como São Miguel, em que há tantas nascentes de água, se possa falar em escassez de água para consumo humano. Mas, também, está a diminuir o caudal de água nas ribeiras e nas lagoas das ilhas, sinal de que se tem de pensar em soluções no curto e médio prazo se as alterações climáticas mantiverem esta evolução na Região.
O que aconteceu em Julho
Já em Julho, segundo o IPMA, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, as temperaturas mensais do ar e da superfície do mar na Região atingiram os valores mais altos desde 1940.
Nesta altura, o Anticiclone Subtropical do Atlântico Norte (ASAN), estendia-se em cunha na direção do golfo da Biscaia; apesar de centrado a SW dos Açores com intensidade de 1024 hectopascais (medição da pressão atmosférica), contrariamente ao que seria esperado climatologicamente para esta época do ano.
Na mesma altura, face à evolução das condições climatéricas, passaram próximas da Região algumas perturbações associadas à Frente Polar, com situações de precipitação geralmente fraca e baixa visibilidade, sobretudo nas zonas de cota mais elevada das ilhas.
Ainda relativamente a Julho, a anomalia do campo da temperatura média mensal do ar na Região apresentava valores de 0,8 a 1,6 graus centígradas nas ilhas de São Miguel e Santa Maria e de 1,6 a 2,4 graus centígrados nos grupos Central e Ocidental (Flores e Corvo), onde já em Agosto chegou a ultrapassar o 30 graus centígrados.
A temperatura média do ar, em média, no mês de Julho foi de 21.04 entre 1940-2023 e de 22.97 graus centígrados em 2024.
A temperatura máxima no mês de Julho entre 1940-2023 foi de 23.62 e no mesmo mês de 2024 foi de 24.15 graus centígrados.
A temperatura média da superfície do mar em Julho foi de 21.78 em 1940-2023 e de 23.67 graus no mesmo mês em 2024.
A temperatura média máxima da superfície da água do mar entre 1940-2023 no mês de Julho foi de 24.53 graus centígrados e atingiu os 25 graus em 2024.
A temperatura média mínima em Julho foi de 19.75 graus centígrados no período entre 1940-2023 e de 22.31 graus centígrados em 2024.
A temperatura mínima mais baixa foi 11,9 graus centígrados (S. Miguel/Pico) e a máxima mais alta foi 30,9°C (Flores e Corvo).
A temperatura da água do mar à superfície em Julho apresentava no início do mês valores médios de cerca de 22 graus centígrados, aumentando gradualmente e, a partir de penúltima semana de Julho, a temperatura da água do mar ultrapassou os 24 graus centígrados em toda a Região, situando-se entre os 25 graus centígrados (nos grupos Oriental e Central) e os 26 centígrados nas Flores e Corvo no final do mês.
Julho foi, assim, um mês quente em toda a Região e geralmente seco, exceto em Santa Maria e na Terceira. Foi também um mês com noites tropicais em todas as ilhas (mais de 20 graus centígrados em quase todas as estações a partir do dia 20 de Julho).
A temperatura da superfície da água do mar apresenta (desde Maio) um padrão de intensas anomalias positivas a noroeste dos Açores, numa zona muito próxima da corrente fria do Labrador, e uma outra zona também de anomalias positivas a sudoeste dos Açores na direção da corrente quente do Golfo. A unir estas duas zonas existe uma faixa curva onde se registavam também anomalias positivas, a qual passava precisamente pelos Açores, influenciando os valores de temperaturas mais altas da superfície da água do mar que se têm verificado no arquipélago.
Pelo contrário, a anomalia do campo da precipitação média diária apresentava em Julho nos Açores valores de 0 a -2 mm/dia. Ou seja, choveu menos do que o normal para a época na Região.
O estado do mar em Julho caracterizou-se por ondas médias de noroeste de 1,5 metros.
No mês de Julho a circulação média de larga escala do vento na Região dos Açores foi fraca nos grupos Oriental e Central e moderada de oeste nas Flores e Corvo.
No mês de Julho, a percentagem da irradiação global mensal relativamente ao valor esperado no topo da atmosfera foi de cerca de 61 % na Graciosa; 60 % no Pico e Horta e 57 % em Santa Maria.
O que está a acontecer em Agosto
Agosto tem sido também um mês muito quente nos Açores, com as praias a encherem e a ser difícil encontrar lugar em algumas zonas de banhos, como são exemplos, o Ilhéu de Vila Franca do Campo, a Poça da Dona Beija e a Caldeira Velha, entre outros exemplos.
No mês de Agosto, a grande procura turística deste Verão na Região levanta problemas em termos de lugar nos aviões para os Açores e dentro do arquipélago. E o mesmo acontece em termos de falta de espaço nos barcos de passageiros no grupo Central da Região.
As temperaturas continuaram a atingir recordes em Agosto. A temperatura à superfície da água do mar estava ontem nos 26 graus, e a temperatura do ar rondava os 30 graus. Em contrapartida, chove muito pouco para a época, as ondas do mar andam entre 1 e 2 metros e o vento sopra a 10 a 20 km.
O tempo continua, assim, condicionado pela posição do anticiclone mesmo em cima dos Açores.
João Paz

https://correiodosacores.pt/2024/08/23/temperaturas-atingem-valores-elevados-nos-acores-so-comparaveis-a-1940-com-as-maximas-a-superar-os-30-graus/
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e fenómeno oposto no oceano….https://www.unilad.com/news/world-news/atlantic-ocean-cooling-down-927744-20240821

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Mobilizados Canadair espanhóis? Portugueses demoravam “3 dias” a chegar

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O Governo disse hoje estar a acompanhar a situação do incêndio “intenso e extenso” da Madeira, que deve “preocupar todo o país”, mas, tal como o executivo regional, sublinha que não existem vítimas, nem habitações ou infraestruturas críticas afetadas.

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“Começam amanhã”. Madeira pede aviões de Espanha para combater incêndio

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Um incêndio deflagrou na quarta-feira na Madeira, não tendo, numa semana, havido registo de vítimas ou “danos” patrimoniais. Esta quarta-feira, o Governo ativou o Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia para mobilizar dois aviões Canadair, para ajudar no combate às chamas em zonas de difícil acesso.

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BYE BYE ERNESTO

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INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA – FURACÃO “ERNESTO” – (Última actualização)
De acordo com o mais recente aviso do NHC, às 9h00 (UTC), o centro do furacão “Ernesto” estava
localizado próximo da latitude 47,3º Norte, longitude 50,0º Oeste, deslocando-se
em direção a nordeste à velocidade de 57 km/h.
Os ventos máximos sustentados diminuíram para a ordem dos 120 km/h,
com rajadas mais altas.
Prevê-se um enfraquecimento contínuo e o “Ernesto” deverá perder suas características tropicais ainda hoje, dissipando-se amanhã.
Conforme se previra, extinguir-se-á sem afectar o nosso Arquipélago.
Votos de um bom dia!