CABO DE AMARRAÇÃO CAUSOU ESTRAGOS

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Mulher atingida por cabo de amarração no Porto da Madalena
Uma colaboradora da empresa Pico Sport foi atingida no passado dia 8 por um cabo depois de ter rebentado um cunho de amarração dos pontões flutuantes instalados no Porto Velho da Madalena.
A mulher foi transportada ao Centro de Saúde da Madalena onde recebeu assistência médica, mas além do valente susto, o acidente terminou, apenas, com algumas mazelas físicas.
“Um dos cunhos de amarração partiu, porque o material é velho e a maré estava forte. O cabo de amarração, que segurava o barco ao pontão, soltou-se e atingiu uma das nossas colaboradoras. Felizmente, não foi o pedaço de metal. Se isso tivesse acontecido ela teria morrido imediatamen- te”, explicou a Ilha Maior Frank Wirth, proprietário da Pico Sport.
Este acidente vem levantar várias questões em torno de segurança no Porto Velho, bem como em relação à manutenção que é feita, ou não, aos equipamentos ali instalados pela Portos dos Açores.
A 23 de junho, em declarações a Ilha Maior, Frank Wirth alertou para a necessidade de se olhar de outra forma para as condições de trabalho no Porto Velho, insistindo na implementação de medidas de segurança: “O Porto Velho não tem segurança. As crianças podem brincar nos barcos e se alguma coisa acontecer seremos nós os culpados. Há 10 anos que ando a alertar para a possibilidade de um cabo ou de um cunho de amarração rebentar, mas até agora nada foi feito. Temos de ter condições mínimas para servir os nossos clientes. Pago impostos e preciso de condições para exercer esta atividade. Lamento que as decisões sejam tomadas por quem está sentado numa secretária sem conhecer a realidade das outras empresas que trabalham na Madalena, sobretudo nos meses de julho e agosto”.
Menos de um mês depois, Frank Wirth insiste na necessi- dade de se adotarem novos procedimentos de segurança, lançando um apelo ao governo para que tenha coragem de limitar o acesso de pessoas ao Porto Velho antes que aconteça um acidente de maiores dimensões: “Nos portos das Lajes, das Velas e da Horta há áreas limitadas, evitando-se assim o acesso de todas as pessoas aos barcos e a uma área que é perigosa. Estes cabos, ou os cunhos de amarração, podem rebentar a qualquer momento, tal como aconteceu agora. Por isso, é importante ter um sistema de segurança para que as pessoas não tenham acesso ao porto. Estamos em 2023 e não em 1990. As duas empresas que trabalham neste porto no verão movimentam na observação de cetáceos mais de 8.000 pessoas e o porto é um dos mais movimentados no Grupo Central, mas não há condições de segurança”.
Frank Wirth insiste nessa limitação, afirmando que “ninguém precisa morrer por negligência” por não se tomarem medidas para alterar o funcionamento do porto, lembrando que o acidente mortal ocorrido em 2014 no porto do Cais do Pico, na sequência do rebentamento de um cabeço de amarração, devia servir de exemplo e de alerta, mas parece que já foi esquecido por quem manda nos portos dos Açores.
(Jornal Ilha Maior de 14.07.2023)
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David Rodrigues

David Rodrigues

Importam se de repetir ???
Manutenção ou manobra mal feita ?
Temos o mesmo tipo de material na Marina de PDL a aguentar com embarcações de 3 vezes o peso e só mesmo com uma manobra mal feita é possível tal feito … e sim já aconteceu por cá também !
Quanto à lembrança do cabeço do Porto de São Roque não havia condições para operar, mas “ lembraram se “ que sim , sendo o resultado trágico … deveriam ter aprendido com o que se tinha acontecido na Madalena pouco tempo antes com o rebentamento de dois cabeços , mas o que fizeram foi mesmo e só mudar a bitola dos cabos de amarração .
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