aumentam as mortes em Portugal, mais casos nos Açores

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Começarei a análise de hoje pelo Arquipélago dos Açores relativamente ao Covid-19.
O número de casos aumentou hoje na Região para os 63, distibuídos por 6 ilhas. A evolução tem ocorrido dentro do expectável, tendo-se aqui como mecanismo de previsão: correlações entre evoluções em vários locais do globo com políticas semelhantes, uma vez que se tratam de pequenos números. Assim, tem-se menos um caso de infeção do que o número que era previsto para hoje.
O isolamento social nas ilhas tem produzido um grande efeito na redução da infeção, resultado de ações antecipadas em relação aquelas que foram tomadas no território continental.
Relativamente ao país, o isolamento social continua a ter efeitos, tendo-se registado um aumento de 783 casos de novas infecções, mas evitámos, com o isolamento, o aparecimento de novos 762 casos (de ontem para hoje) que se iriam reproduzir grandemente nos próximos dias. Isso corresponde a uma diminuição de casos relativamente ao previsto de cerca de 50% (49,3%), o que é compensador para o esforço coletivo que estamos a fazer. De ontem para hoje a curva continuou a baixar (apesar de já termos um acumulado de 9034 casos) e isso deve-se claramente ao isolamento social.
No que se refere à mortalidade, infelizmente não estamos a baixar a tendência, registando-se até ao momento 209 mortes por Covid-19. De ontem para hoje tivemos mais 22 mortos, ou seja, mais 4 do que era expectável. Tal como anteriormente referi isso pode ser explicado pelo facto do vírus ter entrado em lares da terceira idade que, como sabemos, têm uma taxa de mortalidade mais elevada. Esperemos que esse aumento não seja explicado pela “saturação” do Sistema Nacional de Saúde.
Não se pense que a mortalidade está predominantemente associada aos “velhinhos” (Letalidade de 9,2% para o escalão com mais de 70 anos), pois tal como se pode perceber pelos dados publicados no jornal o Público de ontem, a infeção distribui-se por todos os escalões etários, o que significa que mata em todos os escalões, mas não na mesma percentagem.
Temos que ter cuidados adicionais com as pessoas mais vulneráveis da nossa sociedade, continuando a evitar contactos sociais.

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