Views: 0
Ainda sobre José Sócrates e a nossa justiça, de Artur Vaz.
AS COISAS QUE EU SEI DE JOSÉ SÓCRATES!…
Confesso que sei muitas, muitas coisas sobre JOSÉ SÓCRATES. Não sei tudo, naturalmente, mas o muito que sei é-me suficiente.
Meia dúzia de exemplos (apenas):
1. Sei que José Sócrates nunca foi amigo de Ricardo Salgado, nem jantou em sua casa. Como não recebeu centenas de milhares de euros para financiamento de campanhas eleitorais por parte do BES… Esse, foi um outro Primeiro-Ministro e Presidente da República…
2. Como sei que José Sócrates nunca teve milhares de ações do BPN que vendeu, meses depois de as ter adquirido, com alto lucro. Sócrates que não tem uma “Gaivota azul” no loteamento da Coelha (também dito de “loteamento BPN”). Moradia recebida por permuta de uma outra mais modesta; construída ao arrepio das normas do loteamento; só legalizada depois de terminada e cujo IMI não foi atualizado durante anos… Esse, é bem sabido quem é.
3. José Sócrates não tem genros que tenham comprado o Pavilhão Atlântico que custou ao Estado 50 milhões de euros e era um equipamento rentável (os seus lucros triplicaram entre 2009 e 2010). Pavilhão que foi vendido em 2013, por 21,2 milhões de euros, com o BES (Ricardo Salgado) a emprestar 19 milhões de euros e a MEO (Zeinal Bava) a financiar de pronto o projeto com um contrato de publicidade de 11 milhões de euros. O feliz contemplado de tais benesses, esse é genro do tal mesmo que foi Presidente da República e Primeiro-Ministro. E a Procuradora Joana e o seu Ministério Público deixaram que o assunto morresse sem a investigação que se impunha…
4. Também José Sócrates não ia a torneios de ténis com Ricardo Salgado. Nem com ele passava férias e passagens de fim de ano na sua mansão do complexo turístico de luxo “Txai Ressorts” (Salvador da Baía, Brasil). E não consta que Sócrates tivesse como “namorada” uma Senhora que foi longos anos alto quadro do BES e amiga frequentadora (e acompanhada!) da casa dos Salgados… Esse, é um outro Senhor Presidente da República.
5. Sei que não foi José Sócrates quem recebeu indevidamente um subsídio de reintegração, quando deixou de ser deputado. Como não foi ele quem não declarou os rendimentos ao IRS e não pagou a Segurança Social, ao longo de vários anos. Como também não recebeu – e utilizou fraudulentamente – dinheiros comunitários do fundo social europeu, em formações que devia ter feito, mas não fez… Esse, foi um outro senhor Primeiro-Ministro, e a Procuradora Joana e o seu Ministério Público não quiseram preocupar-se com estas minudências…
6. Recordo que não foi José Sócrates quem recebeu uns milhões como contrapartidas pela compra dos dois submarinos e dos blindados Pandur. Como também não foi na conta de José Sócrates (nem na do seu partido!) que foi depositado um milhão de euros pelo Jacinto Leite Capelo Rego e comparsas; milhão que foi um agrado pela autorização do abate de milhares de sobreiros para licenciamento do resort Portucale (BES). Assuntos sobre os quais Paulo Portas e Companhia estão mais que devidamente informados, com a Procuradora Joana e o seu Ministério Público também a estes casos fazerem orelhas moucas e olhinhos bem fechados…
(sei mais, mas depois conto!…)
Rui Guimarães and 1 other
1 share
Like
Comment
Share
1 comment
Rui Guimarães
O flop da Operação Marquês demonstrou que o Rosário Teixeira, o Carlos Alexandre e outros, deliberadamente inventaram motivos para prender várias pessoas, incluindo o ex-primeiro ministro (supostamente por receber um empréstimo dum amigo), anos depois de ter algum cargo público (o que é perfeitamente legal). Prenderam-no durante quase um ano, violando os mais básicos direitos previstos num estado de direito, e excedendo todos os prazos legais. Ironicamente, o mesmo juiz, e amigos procuradores, esses sim, ainda em funções e com dever acrescido de isenção, receberam empréstimos “de amigos”, os quais foram tornados públicos há mais de 4 anos, e até agora ninguém investigou as contrapartidas.
Que fique claro: o Ministério Público recusou investigar os seus próprios procuradores e os juízes que têm demonstrado irregularidades que são inaceitáveis na justiça, incluindo manipulações de escolhas de juízes.
Há uns meses o juiz Ivo Rosa demonstrou que a maioria dos suposts crimes foram inventados de forma grosseira e criminosa pelo juíz Carlos Alexandre, procurador Rosário Teixeira e com a conivência da Joana Marques Vidal. Até agora ainda não vimos qualquer investigação a estas pessoas que manipularam o sistema judicial para favorecer partidos de direita, sempre em vésperas eleitorais. Pior ainda, arrastaram processos desses mesmos partidos de direita sem qualquer investigação, para justificarem o arquivamento por prescrição, como se nunca tivessem acontecido. A Joana Marques Vidal recusou investigar a fuga de impostos do Cavaco na questão da vivenda da Urbanização da Coelha, do seu genro no negócio criminoso do Pavilhão Atlântico ou mesmo no papel do Marcelo Rebelo de Sousa no BES, incluindo a sua namorada, gestora de topo do BES, os submarinos e blindados do Paulo Portas, o caso Portucale, entre outros.
Partidos de direita como o PSD e o CDS-PP estão entranhados na pior corrupção em Portugal nos últimos 40 anos, mas os agentes da justiça (juízes e procuradores), inamovíveis mas movidos por um salazarismo bafiento, insistem em esconder esses crimes e destacar qualquer incidente por alguém de Esquerda como sendo um crime grave.
Se ainda não perceberam que no mesmo processo, o Sócrates foi preso (sem razão) e o Ricardo Salgado não, mesmo quando claramente cometeu vários crimes milhares de vezes provados e demonstrados, e que arrastaram esse processo durante quase 7 anos. O motivo? Gerar opiniões sobre o Sócrates e o PS foram objectivo, mas o objectivo principal foi mesmo aguardar a prescrição dos crimes graves do Ricardo Salgado. Ou ainda não tinham percebido?
Agora que ficaram mal vistos, em vez de serem suspensos ou expulsos (que seria o mínimo que a vergonhosa Procuradora Geral da República deveria fazer – ou deveríamos chamar-lhe Inquisitora Geral da República?), Rosário Teixeira e Carlos Alexandre continuam o seu justicialismo. Prendem o Joe Berardo e agora o Luís Filipe Vieira. Não tenho qualquer simpatia por qualquer um deles, mas não acham estranha a coincidência destes casos logo após o flop da Operação Marquês, após ANOS em que estes processos de “amigos” ficaram parados? E agora que a sociedade está a questionar as ilegalidades (e crimes!) destes elementos da justiça, aparece este fogo de vista? Não, não é coincidência.
Vimos no que deu no Brasil há uns anos, com a mentira para prender o Lula, a mentira para destituir a Dilma, e o endeusamento dum juiz corrupto com desejos de poder. A manipulação das eleições e eleição dum fascista genocida (que já o declarava públicamente antes de ser eleito), confirmado por 530 MIL mortos, são o exemplo do que tem sido tentado também em Portugal nos últimos anos, mas, felizmente, os Portugueses não são tão facilmente manipulados.
Não podemos também esquecer o papel da comunicação social detida pela direita, que tem manipulado a informação, de forma populista e muitas vezes criminosa, e bem longe da isenção obrigada pelo Código Deontológico dos Jornalistas. A mesma comunicação social que sabe na véspera quando vão decorrer rusgas (e se eles sabem, também sabem os criminosos), mas que tem que receber a informação de alguém na justiça. Quem comete a fuga de informação, que é um crime grave? Quanto ganham com isso? Ninguém investiga? Onde andam as centenas de queixas na ERC? Oh, a ERC é composta por pessoas associadas à direita, imagine-se… Se isso não explica muita coisa.
INVESTIGUEM os procuradores. INVESTIGUEM os juízes. INVESTIGUEM a comunicação social e a ERC. INVESTIGUEM a oposição como investigam o Governo.
E que haja julgamentos sérios, respeitando os direitos constitucionais dos arguidos, mas que sejam condenados de forma célere para evitar a conveniente prescrição dos “amigos” de direita.
View 1 comment