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Silvina Carmen Furtado de Sousa (Iracema)
[N. Horta, 19.1.1877 ? m. Ibidem, 6.9.1973] Distinguiu-se como poetisa, professora de música e impulsionadora da cultura. Fundou o colégio Insulano, onde eram leccionadas diversas disciplinas, nomeadamente Língua e Literatura Francesas, Música e Dança, e colaborou com Lídia Furtado na fundação do Salão Teatro Éden (1916) que se manteve em actividade por cerca de 25 anos e por onde passaram récitas teatrais e filmes da época.
Nascida numa uma família de músicos distintos, era sobrinha-neta de José Leal *Furtado, foi pianista de qualidade reconhecida e, tal como seu tio, também mestrina da capela da Matriz.
Todavia, foi como poetisa, sempre com o pseudónimo Iracema, que mais se destacou. Deixou alguma poesia recolhida no livro Saudade e outra dispersa pelos jornais do Faial e do Pico, onde também deixou alguns contos. Desses poemas, Ruy Galvão de Carvalho incluiu nove na Antologia Poética dos Açores e sobre a autora escreveu: «[…] neste género literário [o soneto] temos de confessar que a poetisa faialense é geralmente feliz, vazando em forma trabalhada à moda dos poetas parnasianos, todo o lirismo da sua alma idealista e nostálgica» (Carvalho, 1979, 1: 263-264). Em 1967, foi-lhe atribuído o 1.º prémio na modalidade de soneto, nos Jogos Florais «Açores, 1967» (Telégrafo (O), 1967).
Em 1965, foi galardoada com as insígnias de Cavaleiro da Ordem de Instrução Pública e na casa onde viveu, foi colocada uma lápide com a inscrição: «Silvina Furtado de Sousa / ?Iracema? / Aqui viveu e ensinou / 21.8.1965», entretanto desaparecida. Luís M. Arruda
Obra: (1960), Saudade. Coimbra, s.e. [prefácio de Rui Galvão de Carvalho].
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José Ferreira
Minha vizinha.
Minha professora de Francês, Português, Aguarelas e Óleo, (professora não oficial).
A D.Silvina e a prima, D.Lidia moravam na parte da casa onde hoje é o “Ilha maior”, e nós morávamos na outra parte.…
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