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A propósito da parvoeira “todes” (em vez de todos/todas).
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« (…) A obsessão pela busca de uma língua “neutra” frequentemente esbarra no ridículo – e na mais absoluta inutilidade. Na verdade, querem contemplar questões de gêneros – que não param de se multiplicar.
E não tente alertá-los do ridículo. São blindados por uma arrogância típica de quem está muito enganado. Paradoxalmente, são marcados por um vitimismo sem precedentes, embora muitos vivam e se reproduzam em cativeiros de universidades, muitas deles prestigiadas internacionalmente.
Por aqui, no Brasil, gerou justa indignação o convite que conclamava “todes” para a reinauguração do Museu da Língua Brasileira, em São Paulo. Não era escárnio: os “identitários” tomaram de assalto um valioso espaço – no qual deveria ser democratizado e estendido a jovens e estudantes o acesso à fala e à escrita, culta e popular.
Num país de milhões de analfabetos funcionais, em que o desempenho de jovens em português é sofrível, os intelectuais preferem a lacração que causa apenas estranhamento e entropia cultural. É muita miséria de pensamento e precariedade ética. Gente muito mal-educada.»
[ Marco Antonio Araujo, no portal brasileiro R7, 9/08/2021]
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Identitários são pequenos tiranos e negacionistas da cultura e da língua portuguesa
Em um país de milhões de jovens e adultos analfabetos funcionais, os militantes preferem a lacração que causa estranhamento