Views: 0
A ler. Modernices, como se percebe logo.
![May be an image of 1 person](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/349658299_1712813072472317_4357782217671960423_n.jpg?_nc_cat=111&ccb=1-7&_nc_sid=730e14&_nc_ohc=OvG8a-8V9NYAX97_8-6&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=00_AfCfapqjpIb1538V1N9hOlDq4ZYxRu7ay9GI40mIyFzTrg&oe=6474E352)
Um problema sem fim à vista…
DA NOTA
“(..) É claro que em tais condições a matéria ministrada nas escolas não pode interessar o aluno normal. O estudo é um trabalho a que ele não vê finalidade: é como um burro a andar à nora. E o que é que nós inventamos para obviar a esta situação, para criar na escola um interesse e um objectivo visível a alcançar? Inventámos, como sabeis, o sistema do exame e da nota. A nota torna patente ao aluno o resultado do seu esforço. Se o aluno não pode interessar-se – a não ser que um jovem monstro – pelas declinações, interessa-se, em todo o caso por um catorze, um dezoito, ou simplesmente um dez, pelas consequências que o caso pode ter nos prémios e castigos da família, ou no simples amor próprio pessoal. (…)
As nossas turmas tornam-se desta maneira ajuntamentos de fraudulentos inconscientes, fracassados e pequeninos sabichões inúteis e sem unhas para a vida. A Escola parece um asilo.
António José Saraiva (1947). A Escola – problema central da nação. Lisboa: autor (PP. 24-25)