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445. ACABEM COM A GUERRA 25.2.2022
No fim da vida assisto incrédulo a mais uma guerra em solo europeu. A humanidade nunca aprende e repete a história. Um Putin louco, ou czarista, quer expandir a Rússia para a antiga grandeza, a NATO beligerante cerca-a com ameaças. E os povos sem serem ouvidos morrem na destruição dos seus países. Concordaram os países ocidentais em sanções, mas o dinheiro fala mais alto, os italianos querem exceção para produtos de luxo, os belgas para diamantes, consoante os interesses financeiros de cada um. Nem sei se Portugal pediu exceção para o Vinho do Porto. As sanções vão dificultar a vida do cidadão e nunca dos oligarcas que alimentam o poder de Putin. A solução era congelar os bens dos oligarcas russos (imóveis ou clubes de futebol) e expropriá-los, retirar-lhes as múltiplas nacionalidades. Só assim, afetavam Putin e a clique que o apoia. O resto são ameaças vãs.
Não admiraria saber de um pacto secreto Rússia – China em vingança do imperialismo, guerras e invasões sem conta dos EUA. Assim, redefiniriam a divisão do mundo numa espécie de Tratado de Tordesilhas II. E nós, indefesos peões, nesta e noutras guerras, vamos pagar com a vida, a fome e a miséria, tal como os ucranianos e russos, que morrem às mãos de loucos e czaristas. Disso não restem dúvidas. Nos Açores onde tudo se importa, vamos sentir os efeitos secundários desta guerra. Já é tarde para começarmos a produzir, seja o que for. E a nós e pacifistas, sem exércitos nem armas, que nos resta? Usar as palavras. Aguardar que os loucos se inibam de alastrar o conflito armado e que não carreguem no botão mágico botão e apaguem da face da terra 90% de seres pensando sobreviver no seu bunker algures na Sibéria e daí comandar os aborígenes australianos, esquimós e outros sobreviventes. Ele pode acabar com o mundo como o conhecemos e reiniciar do zero a vida na Terra.
“Acabem com a guerra”, bonita exigênia! Mas só que o princípio da guerra começa com a tomada de partido pelos interesses de uma só parte!
A Ucrânia não passa de um “Cavalo de Troia” usado por EUA-EU-NATO e Rússia para impor interesses meramente geoestratégicos à custa do povo ucraniano e indirectamente também do povo europeu e russo.
António Justo