ANDRÉ COUTO NAS CORRIDAS

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André Couto regressa às pistas no campeonato TCR China. 🇵🇹🇲🇴🇨🇳
André Couto está de regresso à competição, depois de uma paragem de dois anos.
O piloto português assinou contrato com a equipa oficial da Honda para disputar quase todo o campeonato TCR China.
Couto ainda não correu no passado fim-de-semana, porque o seu novo carro ainda não chegou, devendo estrear-se na segunda jornada, em Junho.
“Esta era uma oportunidade que eu não podia recusar”, disse André Couto ao Jornal TRIBUNA DE MACAU.
A derradeira prova do calendário será na RAEM, incluída no Grande Prémio e assim tudo se conjuga para que o piloto volte a correr “em casa”
As restrições impostas pela pandemia afectaram nos últimos três anos as corridas nas várias categorias no Interior da China e só agora, em 2023, é que o calendário será cumprido na totalidade.
André Couto é um dos que tirará partido do regresso à normalidade do desporto automóvel na RPC, garantindo um lugar na grelha dos carros de turismo TCR.
O piloto luso residente no território assinou contrato com a equipa “MacPro Racing”, de Macau, que vai operar o carro e está ligada à escuderia “Dongfeng Honda Racing Team”.
Terá três pilotos para a nova temporada, sendo que a última vaga foi garantida por André Couto, ao volante de um Honda Civic de fábrica.
Só há dias é que a equipa anunciou a entrada do português, que terá ao seu lado o norte-irlandês Jack Young e o chinês Martin Xie Xin Zhe.
“Já tinha chegado a acordo com eles há algumas semanas, mas estava a aguardar que a equipa confirmasse, o que aconteceu agora”, disse André Couto ao Jornal TRIBUNA DE MACAU.
O campeonato TCR China, onde o piloto de Macau já tinha corrido e triunfado em algumas corridas em 2018, começou no passado fim-de-semana, mas ainda sem André Couto.
“A equipa tinha só dois carros disponíveis”, as velhas versões Type R, e “por isso apenas os meus companheiros estiveram em pista”.
Em Junho, entre 23 e 25, aquando da segunda ronda dupla em Zhejiang, “já espero participar, nessa altura com os três novos carros Honda Civic”, versão FL5-spec, “construídos pela JAS, departamento oficial de corridas da marca”, refere André Couto.
O piloto lamenta os problemas criados pelo Covid-19 e que lhe tiraram a estabilidade que tinha em 2020 na Lamborghini.
“Fiquei sem esse lugar e também não podia entrar na China”, assevera Couto, que a partir dessa altura não mais conseguiu fazer o que mais gosta, correr.
“Volto a ter a oportunidade de correr na equipa onde tinha estado anteriormente e estou bastante satisfeito, ainda por cima porque a equipa tem um bom projecto”.
O campeonato TCR da República popular da China apresenta este ano várias alterações que o vão tornar numa das mais competitivas provas de carros de turismo do panorama internacional.
Vão estar na grelha 32 automóveis, das marcas Honda, Lynk & Co, Audi, Hyundai e MG6.
“Uma competição TCR com tantos pilotos nunca aconteceu na China, o que significa que este será um campeonato bastante competitivo, com a nossa equipa a dispor de uma boa estrutura por trás, por isso a apostar em bons resultados e concretamente para ganhar”, acentua André Couto.
Com a entrada nesta categoria, o piloto da RAEM, de 46 anos, tem novamente possibilidade para correr em casa, ou seja, no Circuito da Guia.
“Sim, sabendo-se que o calendário deverá fechar em Macau, inserido em mais uma edição do Grande Prémio, estão reunidas as condições para que regresse à pista que eu adoro”, sublinha André Couto,
que saúda também o regresso das corridas de maior prestígio, F3 (onde o português venceu em 2000) e Taça GT FIA, a que se junta a competição de Motos.
“Vai ser excelente para pilotos e marcas, porque todos adoram ir ao Grande Prémio de Macau.
É também muito bom para a cidade e para todos nós, ainda por cima numa data especial, quando se celebram os 70 anos do evento”, sublinhou.
Ávila recupera de acidente que motivou “grande susto”
O piloto de Macau Rodolfo Ávila não ganhou para o susto quando testava no circuito de Zhuzhou, tendo em vista a temporada de TCR na China Continental.
O MG6 de Ávila ficou sem travões e não conseguiu fazer uma curva no final da principal recta do circuito, embatendo de traseira nos pneus de protecção da pista.
“Essa foi a minha sorte, não ter batido nos rails”, disse Rodolfo, que sofreu uma concussão cerebral e perdeu a memória durante algumas horas.
“Acordei no hospital e não me lembrava de nada, isto nunca me tinha acontecido, apesar de já ter tido alguns acidentes na minha carreira”.
Ávila recuperou lentamente e já teve alta.
“Foi um grande susto para mim e para a minha família, mas já passou”, frisou.
O piloto sabe agora que a equipa onde iria correr em mais uma temporada dos TCR China (a mesma em que alinhará este ano André Couto), desistiu de participar, “porque o novo patrão da marca quis cortar corridas e eventos e este acidente pode ter contribuído para a decisão final”.
O piloto de 36 anos fica a aguardar por convites “que sejam interessantes e apresentem boas condições”, para saber se correrá ou não em 2023.
Rodolfo Ávila conquistou este TCR China em 2021.
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