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SER LIBERAL É TER NA ALMA A CHAMA IMENSA QUE, AO CONTRÁRIO DA OUTRA, NÃO NOS CONQUISTA NEM LEVA À PALMA, A LUZ INTENSA
Sempre que um liberal me diz, “temos que ter menos Estado e mais mercado”, eu ouco, “temos que desviar dinheiro público para entidades privadas”.
No caso deste O’Leary, personagem que abomino desde a conferência de imprensa onde sugeriu “blowjobs” como fonte de receita, a lata e a desfacatez alcancaram novos máximos históricos.
Depois de andar a promover debates em torno da TAP onde se dizia, como contribuinte em Portugal, chocado pelo facto do nosso governo “roubar” os salários dos enfermeiros e dos professores, para os entregar à transportadora nacional, eis que volta a ter uma terca-feira normal.
Sim, uma 3f normal. A RyanAir voa para onde estiver o subsídio, o desconto nas taxas, a ajuda governamental. E é por isso que acabam a levar passageiros para os pastos da Europa. A Hahn chamam Frankfurt (100km ao lado). A Bérgamo chamam Milão, a Skavsta chamam Estocolmo (100 km a norte).
O O’Leary contribuinte, em princípio, fica aborrecido por ver a RyanAir receber dinheiro do governo regional da Madeira “aka” as Orcamento de Estado da República. Já o O’Leary dos “blowjobs”, abre por esta hora uma garrafa de poncha e celebra o fim da chantagem. Claro que queriam voar para a Madeira. Só não queriam era pagar tudo, correr o risco sozinhos, andar nas asas soltas do liberalismo e, quicá, ter os lucros que o famoso mercado deixasse.
No fundo é um pouco a ideologia Trump aplicada aos slots de aviacão. É sempre mais fácil comecar de “baixo” quando o primeiro milhão é oferta do pai.
Neste caso, parece-me, o pai somos nós.
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