o embelezamento da costa da Lagoa foi sol de pouca dura

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A saga da baía de Santa Cruz continua. Por agora, a poça continua interdita, o verão daqui a pouco acaba, o inverno tratará de destruir o resto da obra de cosmética política que a CML optou por fazer à pressa para eleitor ver. Ora, se fosse apenas isso, era apenas mais um “tesourinho” das autárquicas, mas não é.
Neste caso é preciso apurar responsabilidades dado que estamos a falar de saúde pública, e para não se perder a memória do que se passou, ficam aqui as declarações do Sr. Vereador em resposta aos alertas de risco, que na altura apelidou de eleitoralistas, mas que 9 dias (nove, não é uma gralha) acabou por reconhecer, sendo ele próprio, “por precaução”, a interditar a poça a banhos dado o risco para a saúde pública.
Numa democracia madura, já se teria demitido como é óbvio, mas em Portugal e nos Açores, responsabilidade política é coisa que não existe para nada, salvo a honrosa excepção, que todos conhecem, de Jorge Coelho. Pior que isso, é o Sr. Vereador ser um técnico relacionado com o Ambiente, e portanto, nem pode alegar desconhecimento técnico. Se fosse um democrata, se fosse um Engenheiro, teria de se demitir dado tão grosseiro erro. Não tenho qualquer esperança que o faça, mas é evidente que não tem condições para continuar ligado a este processo, e muito menos continuar a exercer as funções no executivo, nem como político e nem como técnico.
Resta saber, e tudo farei para o saber, o que fez a Inspecção Regional do Ambiente neste processo. Aguardemos.
E claro, resta também saber qual o papel da Sra. Presidente neste fiasco que além de esbanjar dinheiro dos contribuintes, potencialmente colocou em risco a saúde pública dos seus eleitores.
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