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CRÓNICA 366, Que Anúbis nos proteja 10.11.2020
Que Anúbis nos proteja como protegeu Tutankhamon em Tebas, quando Amon (Amon Ra) era o deus criador todo poderoso, já venerado por seu avô Imhotep III (Amenhotep) e por sua mãe Nefertite, que renegou o deus sol (Atón) idolatrado pelo marido. o faraó Amenófis IV, aliás Aquenáton (séc. XIV a.C.) e a sua cidade sagrada de Amarna (Akhetaton ).
E faço esta invocação faraónica a propósito de quê? Dos faraós que nos Açores em 24 anos quiseram mudar os deuses tradicionais e se centraram num deus-sol em volta do qual tudo girava. Só que no arquipélago, assim como no Antigo Egito, o povo não queria abdicar dos velhos deuses e recusou o deus-sol. Foi destronado, a sua capital dedicada a Atón arrasada, e as pedras trasladadas para outras cidades.
É o que acontece quando se querem mudar as divindades. Agora os novos faraós terão de erigir uma nova Gizé com pirâmides de Quéops (Khufu), Quéfren e Miquerinos (Menkaure) em plena pandemia e tempo de vacas magras, depois de terem prometido tudo e mais alguma coisa (exceto um tunel submarino a ligar o Faial e o Pico).
São tantas as promessas e exigências dos parceiros, que não sei quantas vidas levaria cumpri-las isto se os parceiros não se divorciassem litigiosamente antes do termo. Como sempre fiz, darei cem dias para ver em que direção vamos, mas já ouço queixas de que isto afinal, está muito pior do que se previa e que o governo anterior nos deixou um campo minado. Só a dívida das empresas públicas e parapúblicas levará toda a ajuda económica pandémica e pode não chegar. Depois, é preciso dar tempo ao tempo (que é aquilo de que não dispomos) para as pessoas se inteirarem dos dossiês e adotarem medidas, enquanto a economia mergulha profundamente, o desemprego alastra, as empresas a fechar, o turismo estagna e tão cedo não irá recuperar, a miséria e a pobreza aumentarão sem resposta capaz.