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O ministro da Educação ameaça. Esteve calado durante muito tempo, no tempo em que faz falta um ministro. Agora vai pôr a inspeção em campo e já diz que vai aumentar o número de inspetores. No ano passado com uma crise em que o próprio primeiro-ministro ameaçou que iria cair o governo, por causa do tempo real subtraído aos professores, em que se recusou a voltar a uma quase normalidade, quem falou por ele foi uma espécie de Cardeal Richelieu, ministro dos Negócios Estrangeiros, como se os professores não fizessem parte do país. Os novos metecos!
Não quis decidir sobre outra forma de acesso ao ensino superior, um problema que deveria ser resolvido e que se mantém iníquo. Em vez disso andou na indecisão contínua sobre o calendário e resolveu por fim acabar com as aulas por videoconferência e plataformas, depois de tanto investimento de professores e famílias, para iniciar as aulas presenciais para os alunos que têm exames, sem sequer fazer testes a professores e alunos.
Prometeu o governo um investimento sério em relação às tecnologias. Já se deveria saber alguma coisa porque o próximo ano letivo tem que ser preparado a partir de agora. Perante este problema premente o ministro diz que tudo o que se disser é adivinhação! Não tem graça, humor é outra coisa mais inteligente.
É mais fácil saber a posteriori ou anteriori (porque quem propôs e/ou aprovou o orçamento de estado sabia, e mal fica quem se desculpa que não leu), que vão ser injetados mais 850 milhões num banco de contínua especulação, do que saber quantos poucos milhões poderão ser investidos nas escolas, alunos e professores, estes uns incógnitos, com quem se conta com as suas casas, a sua Internet a sua eletricidade e trabalho a qualquer hora.
Mas mesmo sem dotes de adivinhação o ministro já disse que iria continuar com o teletrabalho. Como e quando é que não se sabe, mas já se conta com voluntários à força.
Ora isto vi e ouvi eu em notícias da televisão. Como de costume, os suspeitos do costume também não apareceram a dar a voz: veio o ministro e falou, veio um tal Filinto que só representa a administração do seu agrupamento e falou. E mais não foi preciso.
Também gostaria de saber porque é que o primeiro-ministro, que é o primeiro responsável pela governação, continuou de um governo para outro com este ministro. Nada disto é inocente mas poderia ser tudo muito mais claro. E o tempo está a passar muito rapidamente.