para que serve a poesia pergunta o poeta daniel gonçalves

Views: 0

o poeta daniel gonçalves anda a perguntar nas redes sociais para que serve a poesia e eu respondo assim

 

  • Chrys Chrystello a poesia serve para os sonhadores pensarem que têm utilidade (chrys há muias luas atrás…) in crónica do quotidiano inútil volumes 1 a 5 das obras completas 2012 de j chrys chrystello: nº 561 …e eu carregado de experiência e saber
    escrevo desabafos mudos em poesia
    impotente sem nada poder fazer
    eivado de utopias antigas, democracia
    igualdade, fraternidade e liberdade
    abafadas neste neoliberalismo selvagem
    a minha voz será flor murcha
    neste deserto de ricos prepotentes
    e às massas sem forças para marchar
    só resta gritar antes de perecer
  • Chrys Chrystello 563.
    a poesia é uma arma
    carregada de solitude
  • Chrys Chrystello 590. 590. a alma dos poetas, 3 junho 2013

    não sei da alma dos poetas
    nem mesmo da do ramos rosa
    não conheço o cheiro da poesia
    nem mesmo do nuno júdice
    nem sei a cor de qualquer verso
    nem mesmo do alexandre o’neill
    perco-me em Maiakovski
    visito o uivo de allen ginsberg
    por entre as denúncias de daniel filipe
    e os alertas de lawrence ferlinghetti

    não sei da alma dos poetas
    não sei nem dos poetas
    emigraram todos desgostosos
    fugiram envergonhados
    desta escravidão que nos impõem
    destas grilhetas invisíveis
    meros robôs em mundos alternativos
    comandados à distância
    dentro de um jogo de computador
    a que insistimos em chamar vida
    e alguém joga com ela
    sem o sabermos

    não sei da alma dos poetas
    não sei dos poetas
    não sei da vida

View more comments
701 morrer como o mar aral 701. morrer como o mar aral, 14/10/17
o rio da minha vida está assoreado
a minha barragem secou
as nuvens não trazem chuva
a essência da poesia não se discute
faz-se, escreve-se, lê-se
a poesia liberta-nos
voamos nas suas asas
abrimos todas as grades
o meu destino
é rumar na musa
desaguar na foz
morrer como o mar aral