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578. eu canto do maio, maio 1, 2013
eu canto do maio as mortes inúteis
os deportados para timor
o sangue derramado
tudo o que se pedia eram 8 horas
de trabalho, 8 de descanso e 8 de recreação
eu canto do maio a memória de 1886
do degredo, do cárcere, das torturas
das manifes proibidas, das bandeiras
vermelhas do sangue inocente
sem olhar a partidos nem a pessoas
apenas o direito inalienável
ao trabalho, ao descanso, à recreação
para que os novos fascistas de hoje
não roubem essas memórias
esses direitos, essas lutas
eu canto do maio o dia do trabalhador
hoje desempregado, sem-abrigo, doente
nos novos gulags e campos de concentração
sem grades nem gás mortal