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18 janº situação Helena Chrystello

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HELENA CHRYSTELLO internada desde 22.12.23

 

as primeiras fotos 8 janeiro após internamento de 22.12

18 janº muito agitada, nervosa, temerosa das noites sem dormir, níveis de saturação de O2 baixos , trémula, lúcida, pedia para não sairmos quando chegou a hora (20..00) extremamente instável….falamos com o diretor da poneumologia sobre possíveis acontecimentos, pois não poderá permanecer na pneumologia para sempre, não reúne critério para paliativos e há apenas uma vaga hipótese de entrar na rede de cuidados continuados, mas elka terá de concordar com a situação, caso contrário mandam-na para casa onde não há condições nem apoio suficiente para a situação grave dela…mais um dilema ou problema a resolver nas próximas 24 horas…

17 janº estabilizada a situação….nada como a vigilância médica e de enfermagem…

16 janº ontem chegou do hospital pelas 22.30, dormiu até pelas 03.20, depois começou a piorar sem que a medicação surtisse efeito e a respiração sempre a piorar, pelas 10.00 a viatura de emergência médica levou-a de novo para o hospital, dizendo que devíamos tê-los chamado mais cedo, mas ela não queria nem deixava, sempre na esperança de estabilizar a respiração e os níveis de saturação do oxigénio… saiu em grave crise…pelas 15.30 a médica disse que estava mais calma e estabilizada, e aguardava na urgência a ida para Pneumologia onde iremos tentar vê-la no horário normal de visitas das 18.00-20.00 deu entrada pelas 19.00 estabilizada, muito debilitada…ninguém imagina como a crise desta madrugada a colocou num patamar perigoso, está muito pior do que quando a internei em 22 de dezº… começa a aceitar a ideia depois da noite de terror de ontem, que não é possível viver em casa, sem assistência médica e de enfermagem e que a cuidadora seria sempre insuficiente no estado atual de saúde, com uma tão grande degenerescência, e tão rápida…o sofrimento dela é enorme sem conseguir respirar e o nosso que estamos em volta dela totalmente impotentes é indescritível…

obrigado pelas vossas mensagens de apoio mas já estamos capacitados dos dias que se seguem…quantos? ninguém sabe, mas que não sofra mais…entre as 03.15 e as 10.00 em que ambulância a levou chegamos a temer o pior…..ainda tem esperança de que vai superar a crise e um dia recupera forças e regressa…

  • A doença pulmonar obstrutiva crónica é o estreitamento (bloqueio ou obstrução) persistente das vias aéreas, que ocorre com enfisema, bronquite obstrutiva crónica ou ambos os distúrbios.
    • O tabagismo é a causa mais importante da doença pulmonar obstrutiva crónica.
    • As pessoas desenvolvem tosse e, então, começam a sentir falta de ar.
    • O diagnóstico é feito com radiografia do tórax e testes de função pulmonar.
    • Parar de fumar e tomar medicamentos que ajudam a manter as vias aéreas abertas é importante.
    • As pessoas que têm doenças graves podem precisar tomar outros medicamentos, usar oxigénio, fazer reabilitação pulmonar ou, raramente, cirurgia para redução do volume pulmonar.

    Nos Estados Unidos, cerca de 16 milhões de pessoas têm doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Ela é a causa mais comum de morte, respondendo por mais de 150.000 mortes a cada ano.

    Globalmente, o número de pessoas com DPOC está aumentando. Os fatores que contribuem para a DPOC incluem o aumento do tabagismo em muitos países e, em todo o mundo, a exposição a toxinas presentes em combustíveis de biomassa, como madeira e gramíneas. As taxas de mortalidade podem estar aumentando em países com assistência médica deficiente. Em 2030, prevê-se que a DPOC se torne a terceira maior causa de morte no mundo.

    A DPOC leva a uma diminuição persistente da taxa de fluxo de ar dos pulmões quando a pessoa expira (exala), um quadro clínico conhecido como obstrução crónica do fluxo aéreo. A DPOC inclui o diagnóstico de bronquite obstrutiva crónica e enfisema. Muitas pessoas têm ambos os distúrbios.

    • A bronquite crónicaé definida como tosse que produz catarro por pelo menos três meses, durante dois anos consecutivos. Quando a bronquite crónica envolve obstrução do fluxo aéreo, ela se qualifica como bronquite obstrutiva crónica.
    • Enfisemaé definido como a destruição generalizada e irreversível das paredes alveolares (as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que compõem os pulmões) e alargamento de muitos dos alvéolos.

    A bronquite asmática crónica é semelhante à bronquite crónica. Além da tosse produtiva, as pessoas apresentam sibilos e uma obstrução parcialmente reversível do fluxo de ar. Isso ocorre predominantemente em pessoas que fumam e têm asma. Em alguns casos, a distinção entre a bronquite obstrutiva crónica e a bronquite asmática crónica não é clara. Nesses casos, o quadro clínico pode ser chamado sobreposição de asma e DPOC.

    As vias aéreas de pequenas dimensões (bronquíolos) dos pulmões contêm músculos lisos e normalmente são mantidas abertas por sua ligação às paredes alveolares. No enfisema, a destruição das ligações da parede alveolar resulta em colapso dos bronquíolos quando a pessoa expira, causando obstrução do fluxo de ar permanente e irreversível. Na bronquite crónica, as glândulas que revestem as vias aéreas de grandes dimensões (brônquios) dos pulmões se expandem e aumentam sua secreção de muco. Desenvolve-se inflamação dos bronquíolos, que faz com que os músculos lisos no tecido pulmonar sofram contrações (espasmos), obstruindo ainda mais o fluxo de ar. A inflamação também causa inchaço das passagens das vias aéreas e secreções nas mesmas, limitando ainda mais o fluxo de ar. Subsequentemente, as vias aéreas de pequenas dimensões nos pulmões tornam-se estreitadas e destruídas. A asma também é caraterizada por obstrução ao fluxo aéreo. No entanto, ao contrário da obstrução ao fluxo aéreo na DPOC, a obstrução ao fluxo aéreo na asma é completamente reversível na maioria das pessoas, seja espontaneamente ou com tratamento.

     

     

     

    Doença pulmonar obstrutiva crónica

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    Enfisema

    A obstrução ao fluxo aéreo na DPOC faz com que o ar fique preso nos pulmões após uma expiração completa, aumentando o esforço necessário para respirar. Também em pacientes com DPOC, o número de capilares nas paredes dos alvéolos diminui. Essas anomalias prejudicam a troca de oxigénio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue. Nos estágios iniciais da DPOC, os níveis de oxigénio no sangue podem estar reduzidos, mas os níveis de dióxido de carbono permanecem normais. Nos estágios mais avançados, os níveis de dióxido de carbono aumentam e os níveis de oxigénio caem.

    A pandemia da COVID-19 representou um risco específico para pessoas com DPOC. Ter DPOC aumentou o risco de uma pessoa ser hospitalizada ou morrer de COVID-19. No entanto, em geral, pessoas com DPOC foram hospitalizadas com menor frequência durante a pandemia da COVID-19 do que antes. Acredita-se que o aumento das precauções contra infeções respiratórias (por exemplo, máscaras e distanciamento social) seja o motivo pelo qual as pessoas com DPOC foram menos hospitalizadas. Além disso, pessoas com sintomas, como uma exacerbação aguda da DPOC, podem ter evitado o pronto-socorro local por medo de contrair COVID-19.

    Causas da DPOC

    A principal causa da DPOC é

    Fumar cigarros e enfisema

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    Tabagismo

    Apenas cerca de 15% dos fumantes desenvolvem DPOC. Com o envelhecimento, fumantes de cigarro suscetíveis perdem a função pulmonar mais rapidamente do que os não fumantes. A função pulmonar melhora apenas um pouco se as pessoas param de fumar. No entanto, a taxa de declínio da função pulmonar retorna ao de não fumantes quando as pessoas param de fumar, retardando, assim, o desenvolvimento e a progressão dos sintomas. Fumantes de cachimbo e charuto desenvolvem DPOC com mais frequência do que não fumantes, mas não tão frequentemente quanto fumantes de cigarros. Não está claro se fumar maconha contribui para a DPOC.

    Trabalhar em um ambiente poluído por vapores químicos, poeira ou fumaça pesada de fornos a lenha interiores pode aumentar o risco de DPOC (consulte Visão geral sobre doenças pulmonares ambientais). A exposição à poluição do ar e à fumaça de fumantes de cigarro nas proximidades (exposição passiva ao tabaco) pode causar crises em pessoas que têm DPOC, mas, provavelmente, não causa DPOC.

    A DPOC tende a ocorrer com mais frequência em algumas famílias, portanto, pode haver uma tendência hereditária em algumas pessoas.

    Uma causa rara de DPOC é uma condição hereditária em que o corpo não produz proteína alfa 1-antitripsina suficiente. A função principal dessa proteína é evitar que a elastase de neutrófilos (uma enzima em certos glóbulos brancos) danifique os alvéolos. Consequentemente, o enfisema se desenvolve no início da meia-idade em pessoas com deficiência de alfa-1 antitripsina grave (também chamada deficiência de alfa-1antiprotease), especialmente naquelas que também fumam.

    Sintomas da DPOC

    A DPOC leva anos para se desenvolver e progredir.

    DPOC precoce

    Em pessoas com DPOC, uma leve tosse com expetoração de catarro transparente se desenvolve quando a pessoa chega aos 40 ou 50 anos. A tosse e a expetoração de catarro são geralmente piores logo quando a pessoa levanta da cama pela manhã. A tosse e a expetoração de catarro podem persistir durante todo o dia.

    A falta de ar pode ocorrer durante o esforço. As pessoas costumam pensar inicialmente que o envelhecimento ou estar em má condição física é a causa e tendem a diminuir sua atividade física em resposta. Às vezes, a falta de ar ocorre a princípio somente quando a pessoa tem uma infeção pulmonar (geralmente bronquite), período em que a pessoa tosse mais e ocorre um aumento na quantidade de catarro. A cor do catarro frequentemente passa de transparente ou branco para amarelo ou verde.

    Progressão da DPOC

    No momento em que as pessoas com DPOC chegam na faixa dos 60 anos, especialmente se continuarem fumando, a falta de ar durante o esforço se torna mais problemática.

    Pneumonia e outras infeções pulmonares ocorrem com mais frequência. As infeções podem resultar em falta de ar grave, mesmo quando a pessoa está em repouso, e podem exigir hospitalização. A falta de ar durante as atividades quotidianas, como ir ao banheiro, lavar-se, vestir-se e atividade sexual, pode persistir depois que a pessoa se recuperou de uma infeção pulmonar.

    Cerca de um terço das pessoas com DPOC grave apresentam perda de peso grave. A causa da perda de peso não é clara e pode variar em diferentes pessoas. As possíveis causas incluem falta de ar, que faz com que comer seja difícil e aumenta os níveis sanguíneos de uma substância denominada fator de necrose tumoral.

    Pessoas com DPOC podem expetorar sangue de forma intermitente, o que geralmente é decorrente de uma inflamação nos brônquios, mas que sempre traz preocupação quanto a cancro de pulmão.

    Cefaleia matinal pode ocorrer porque a respiração diminui durante o sono, o que causa aumento da retenção de dióxido de carbono e diminuição dos níveis de oxigénio no sangue.

    Conforme a DPOC progride, algumas pessoas, especialmente aquelas que têm enfisema, desenvolvem padrões respiratórios anormais. Algumas pessoas respiram através de lábios franzidos. Outras acham que é mais confortável ficar diante de uma mesa com seus braços estendidos e apoiar seu peso nas palmas das mãos ou cotovelos, uma manobra que melhora a função de alguns músculos respiratórios.

    Com o tempo, muitas pessoas desenvolvem tórax em tambor, pois o tamanho dos pulmões aumenta por causa do ar aprisionado. Os baixos níveis de oxigénio no sangue podem trazer uma coloração azul para a pele (cianose). O baqueteamento dos dedos é raro e levanta a suspeita de câncer de pulmão ou outras doenças pulmonares.

    Áreas frágeis nos pulmões podem se romper, permitindo que o ar escape dos pulmões para o espaço pleural, um quadro clínico denominado pneumotórax. Esse quadro clínico muitas vezes causa dor súbita e falta de ar e exige intervenção imediata de um médico para remover o ar do espaço pleural.

    Crise de DPOC

    Uma crise (ou exacerbação) de DPOC é um agravamento de sintomas, geralmente tosse, aumento da produção de catarro e falta de ar. A cor do catarro muitas vezes muda para amarelo ou verde; às vezes, ocorrem febre e dores no corpo. A falta de ar pode estar presente quando a pessoa está em repouso e pode ser grave o suficiente para exigir a hospitalização. Poluição intensa do ar, alérgenos comuns e infeções virais ou bacterianas podem causar crises.

    Durante crises graves, as pessoas podem desenvolver um quadro clínico potencialmente de risco à vida chamado de insuficiência respiratória aguda. Entre os possíveis sintomas estão falta de ar (uma sensação comparada ao afogamento), ansiedade grave, sudorese, cianose e confusão.

    Complicações da DPOC

    Se os baixos níveis de oxigénio não forem tratados com oxigénio suplementar, podem ocorrer complicações. Os baixos níveis de oxigénio no sangue, se não forem tratados, estimulam a medula óssea a enviar mais glóbulos vermelhos para a corrente sanguínea, um quadro clínico conhecido como policitemia secundária (também denominada eritrocitose). Os baixos níveis de oxigénio no sangue também causam constrição dos vasos sanguíneos que levam sangue do lado direito do coração para os pulmões, aumentando assim, a pressão nestes vasos. Como resultado do aumento da pressão, denominado hipertensão pulmonar, pode ocorrer insuficiência do lado direito do coração (denominado cor pulmonale). Inchaço nas pernas se desenvolve em pessoas com insuficiência cardíaca direita.

    Níveis altos de dióxido de carbono tendem a tornar o sangue acídico (acidose respiratória). As pessoas ficam sonolentas e podem entrar em coma e morrer se o problema não for corrigido.

    As pessoas com DPOC também têm risco aumentado de desenvolver anormalidades no ritmo cardíaco (arritmias). As pessoas com DPOC que fumam têm um risco maior de desenvolver câncer de pulmão do que as pessoas que não têm DPOC, mas fumam a mesma quantidade. As pessoas com DPOC parecem ter um risco aumentado de desenvolver osteoporose, depressão, doença arterial coronariana, desgaste muscular (atrofia) e refluxo gastroesofágico. No entanto, não é claro se o risco é aumentado por causa da DPOC ou outros fatores.

    Diagnóstico da DPOC

    • Radiografias do tórax
    • Testes de função pulmonar

    Os médicos diagnosticam bronquite crónica com base no histórico da pessoa de tosse produtiva prolongada por pelo menos três meses, durante dois anos consecutivos, após a exclusão de outras causas de tosse crónica.

    O enfisema é diagnosticado com base em resultados observados durante um exame físico e nos resultados dos testes de função pulmonar. No entanto, no momento em que o médico perceber essas anormalidades, o enfisema está moderadamente grave. Os achados da radiografia ou tomografia computadorizada (TC) do tórax também podem ajudar no diagnóstico de enfisema e bronquite crónica algumas vezes. Não é importante que os médicos diferenciem entre bronquite crónica e enfisema e, frequentemente, a bronquite crónica e o enfisema ocorrem juntos na mesma pessoa. O fator mais importante de como a pessoa se sente e atua é a gravidade da obstrução do fluxo de ar.

    Na DPOC leve, os médicos podem não encontrar nada anormal durante o exame físico. Conforme a doença progride, os médicos podem ouvir sibilos ou notar uma diminuição nos sons normais da respiração (diminuição dos sons respiratórios) quando escutam os pulmões com um estetoscópio. Os médicos podem notar que leva muito tempo para que a pessoa expire o ar que foi inspirado (expiração prolongada). O movimento do tórax durante a respiração diminui e a pessoa pode usar os músculos do pescoço e ombros para respirar.

    Na DPOC leve, a radiografia torácica geralmente é normal. Conforme a DPOC se agrava, a radiografia torácica indica que os pulmões contêm excesso de ar (superinflação dos pulmões). A superinflação, o afinamento dos vasos sanguíneos ou a presença de cistos nos pulmões (chamados vesículas) sugerem a presença de enfisema.

    Testes de função pulmonar

    Os médicos podem avaliar a obstrução do fluxo de ar com espirometria expiratória forçada (testes que medem o quanto e quão rapidamente o ar pode ser exalado dos pulmões — veja Teste de função pulmonar). Reduções na quantidade máxima de ar que a pessoa consegue expirar em um segundo (volume expiratório forçado em um segundo, ou VEF1) e a razão entre o VEF1 e a quantidade de ar que uma pessoa consegue forçar para fora dos pulmões depois de uma respiração o mais profunda possível (capacidade vital forçada, ou CVF) são necessárias para demonstrar obstrução ao fluxo de ar e fazer o diagnóstico.

    Os médicos podem medir a quantidade de oxigénio no sangue por meio de um sensor colocado em um dedo ou uma orelha (oximetria de pulso) ou coletando uma amostra de sangue de uma artéria (Análise de gasometria arterial) ou de uma veia. Os níveis de oxigénio tendem a ser baixos em pessoas com DPOC. Níveis elevados de dióxido de carbono nas artérias ocorrem tardiamente no curso da doença.

    Nas pessoas que desenvolvem DPOC quando jovens, especialmente quando há um histórico familiar de DPOC, o nível de alfa 1-antitripsina no sangue é medido para determinar se há deficiência de alfa 1-antitripsina. Também se suspeita desse distúrbio genético quando a DPOC se desenvolve em pessoas que nunca fumaram.

    Outros exames

    Às vezes, os médicos também testam a função cardíaca com o eletrocardiograma (ECG) ou examinam o coração com um ecocardiograma para garantir que um distúrbio cardíaco não esteja causando falta de ar.

    Eles podem fazer outros exames para detetar outras doenças que poderiam estar causando os sintomas da pessoa.

    Exames durante crises de DPOC

    Quando as pessoas têm uma exacerbação da DPOC, os médicos frequentemente usam medições dos gases no sangue para determinar a quantidade de oxigénio e dióxido de carbono presente no sangue da pessoa. Os médicos também podem fazer uma radiografia do tórax para procurar evidências de infeção pulmonar. Caso suspeitem de uma infeção pulmonar, particularmente se a exacerbação for grave o suficiente para que a pessoa seja tratada no hospital, os médicos farão exames adicionais para identificar o vírus ou bactéria que está causando a exacerbação porque o tratamento depende do organismo responsável.

    Tratamento da DPOC

    • Parar de fumar
    • Alívio dos sintomas (por exemplo, com medicamentos)
    • Tratamento de suporte (por exemplo, reabilitação pulmonar, uma dieta nutritiva)

    O tratamento mais importante para a DPOC é parar de fumar. Parar de fumar quando a obstrução do fluxo de ar é leve ou moderada, muitas vezes diminui a tosse, reduz a quantidade de catarro e retarda o desenvolvimento de falta de ar. Parar de fumar a qualquer momento durante o processo da doença fornece algum benefício. Tentar várias estratégias ao mesmo tempo tem mais chances de funcionar. Entre essas estratégias estão o compromisso com uma data específica para parar de fumar, o uso de técnicas de modificação do comportamento (por exemplo, dificultar a obtenção de cigarros e recompensar-se por se abster por períodos cada vez mais longos), aconselhamento em grupo e sessões de apoio, bem como reposição de nicotina (por exemplo, mascar chiclete de nicotina, usar um adesivo de nicotina na pele ou usar um inalador de nicotina, pastilhas de nicotina ou spray nasal de nicotina). Os medicamentos vareniclina e bupropiona também podem ajudar a diminuir o desejo de fumar. No entanto, mesmo com os métodos mais eficazes, menos da metade das pessoas que tentam conseguem parar de fumar após um ano.

    As pessoas também devem tentar evitar a exposição a outras substâncias irritantes no ar, incluindo o fumo passivo e a poluição.

    Contrair influenza ou pneumonia pode piorar a DPOC intensamente. Portanto, todas as pessoas com DPOC devem receber a vacinação contra influenza todos os anos. É provável que a vacinação pneumocócica, tanto com a vacina pneumocócica polissacarídica e a vacina pneumocócica conjugada, também ajude. A vacinação contra a COVID-19 também ajuda.

    Como a DPOC pode causar perda de peso grave, as pessoas devem manter uma alimentação balanceada e nutritiva.

    Tratamento de sintomas

    O sibilo e a falta de ar são aliviados quando a obstrução ao fluxo aéreo diminui. Embora a obstrução do fluxo de ar devido a enfisema não seja reversível, os espasmos do músculo liso brônquico, a inflamação e o aumento das secreções são todos potencialmente reversíveis.

    Broncodilatadores inalatórios são administrados com um dispositivo que permite ao utilizador pulverizar uma dose específica e consistente de um medicamento nas vias aéreas através da boca e da garganta (inaladores, incluindo os inaladores de doses controladas e inaladores de pó seco). Broncodilatadores inalatórios incluem

    • Medicamentos anticolinérgicos
    • Medicamentos beta-adrenérgicos

    Tanto anticolinérgicos quanto beta-adrenérgicos relaxam os músculos ao redor dos bronquíolos.

    Os medicamentos anticolinérgicos incluem ipratrópio, umeclidínio, aclidínio, revefenacina e tiotrópio. Ipratrópio é administrado aproximadamente quatro vezes por dia, aclidínio duas vezes por dia e tiotrópio, revefenacina e umeclidínio uma vez por dia.

    Medicamentos beta-adrenérgicos de ação curta, como o albuterol, aliviam mais rapidamente a falta de ar do que os medicamentos anticolinérgicos e, por isso, podem ser mais úteis durante as crises. Salmeterol, formoterol, arformoterol, vilanterol, olodaterol e indacaterol são medicamentos beta-adrenérgicos de ação prolongada. Salmeterol, arformoterol e formoterol são administrados a cada 12 horas. Indacaterol, olodaterol e vilanterol são administrados uma vez por dia. Umeclidínio e vilanterol estão disponíveis como formulação inalatória que combina ambos os medicamentos. Olodaterol também está disponível em combinação com tiotrópio. Medicamentos beta-adrenérgicos de longa duração são úteis para alívio prolongado dos sintomas em algumas pessoas, especialmente à noite, mas eles não devem ser usados para alívio rápido dos sintomas.

    Anticolinérgicos e medicamentos beta-adrenérgicos estão disponíveis combinados. Glicopirrolato é um medicamento anticolinérgico disponível em combinação com os medicamentos beta-adrenérgicos de ação prolongada, formoterol ou indacaterol.

    Muitas pessoas podem usar inaladores de dose controlada de forma mais eficaz quando inalam o medicamento através de um dispositivo de administração chamado de espaçador (consulte Como utilizar um inalador de dose controlada). Broncodilatadores inaláveis também podem ser administrados usando-se nebulizadores. Essa modalidade de tratamento deve ser reservada às pessoas que têm doença grave ou para aquelas que não podem usar um inalador de doses controladas corretamente. Um nebulizador cria uma névoa de medicamento e o momento de sua inalação não precisa ser coordenado com a respiração. Os nebulizadores são portáteis e algumas unidades podem até mesmo ser conectadas à entrada acessória do carro.

    Inaladores

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    Os corticosteroides são úteis para muitas pessoas com DPOC de moderada a grave cujos sintomas não podem ser controlados por outros medicamentos ou para aquelas que têm crises frequentes, apesar do uso de outros medicamentos. Corticosteroides inaláveis não previnem o declínio da função pulmonar ao longo do tempo. No entanto, seu uso diminui os sintomas e a frequência das crises de DPOC. Como o medicamento é disponibilizado nos pulmões, as doses típicas de corticosteroides inaláveis provocam menos efeitos colaterais do que o tratamento com corticosteroides administrados por via oral. No entanto, doses elevadas de corticosteroides inaláveis podem ter efeitos por todo o corpo, como agravamento de osteoporose, particularmente em pessoas mais idosas. Os corticosteroides administrados por via oral são, em grande parte, restritos ao tratamento das crises de DPOC ou são administrados a pessoas que apresentam crises periódicas ou continuam a ter sintomas devido à obstrução do fluxo de ar e que não estão respondendo a um regime mais simples.

    Inibidores de fosfodiesterase 4, como roflumilaste, reduzem a inflamação e dilatam as vias aéreas. Inibidores de fosfodiesterase 4 podem ser usados em conjunto com outros broncodilatadores para reduzir o risco de crises de DPOC. Os efeitos colaterais comuns incluem náusea, cefaleia e perda de peso, mas esses efeitos podem diminuir com o uso contínuo do medicamento.

    Tomar o antibiótico azitromicina ou eritromicina por períodos prolongados pode ajudar a prevenir as crises de DPOC, particularmente em pessoas propensas a crises frequentes ou graves e que não fumam.

    A teofilina é dada raramente, apenas para pessoas que não respondem a outros medicamentos. A dose deve ser cuidadosamente controlada pelo médico, e, em algumas pessoas, os níveis do medicamento no sangue devem ser medidos periodicamente. A forma de ação prolongada do medicamento permite dose única diária ou duas vezes por dia em muitas pessoas e ajuda a controlar a falta de ar durante a noite.

    Os médicos costumavam administrar medicamentos (expetorantes) para ajudar a tornar as secreções menos espessas e torná-las mais fáceis de serem expetoradas. No entanto, não há evidências boas de que esses medicamentos funcionem. No entanto, evitar a desidratação pode evitar o espessamento das secreções. Uma regra de ouro é beber bastante líquido para manter a urina clara, exceto a primeira expelida pela manhã.

    A oximetria de pulso é muitas vezes utilizada para monitorar sintomas. Coletar uma amostra de sangue de uma artéria ou veia e medir a quantidade de oxigénio e dióxido de carbono no sangue pode fornecer informações adicionais úteis no monitoramento da doença grave.

    Tratamento de crises

    As crises devem ser tratadas o mais cedo possível. Quando se suspeita de infeção bacteriana, um curso de tratamento antibiótico de sete a dez dias é receitado normalmente. Muitos médicos dão às pessoas que têm DPOC um fornecimento de um antibiótico para ser mantido à mão e tomado no início de uma crise. Uma série de antibióticos podem ser tomados por via oral, incluindo trimetoprima/sulfametoxazol, doxiciclina, amoxicilina/clavulanato e ampicilina. Muitos médicos reservam certos antibióticos, como azitromicina, claritromicina e levofloxacino, para pessoas com infeções pulmonares mais graves, pessoas em quem o tratamento com os medicamentos mais antigos não funcionou, pessoas com sintomas graves e pessoas em risco de infeção com organismos que não são suscetíveis de serem eliminados pelos medicamentos antigos (bactérias resistentes). Pessoas cujo sistema imunológico está deprimido ou aquelas que vivem em asilos são mais suscetíveis de ser infetadas com bactérias resistentes.

    Pessoas com crises graves necessitam hospitalização e tratamento com medicamentos beta-adrenérgicos de ação curta e ipratrópio, corticosteroides administrados por via oral ou intravenosa, bem como oxigénio. Elas podem necessitar de máquinas para auxiliar a respiração (ventilação mecânica) e, algumas vezes, a colocação de um tubo endotraqueal (para respiração).

    Algumas pessoas com doença grave ou crises frequentes se beneficiam de tomar antibióticos em longo prazo. Os antibióticos administrados comummente incluem azitromicina, claritromicina ou eritromicina. No entanto, o uso de antibióticos em longo prazo pode não ser possível ou recomendado por causa dos efeitos colaterais incómodos ou porque o uso prolongado pode tornar as bactérias resistentes aos efeitos do antibiótico.

    Oxigenoterapia

    Algumas pessoas com DPOC precisam receber oxigénio extra para manterem um nível de oxigénio suficiente no sangue. Algumas pessoas precisam de oxigenoterapia por apenas um curto período de tempo, por exemplo, quando são liberadas de um hospital depois de uma crise de DPOC. A oxigenoterapia de longa duração prolonga a vida das pessoas que têm DPOC avançada e níveis de oxigénio no sangue gravemente reduzidos. Embora a terapia em tempo integral seja melhor, o uso de oxigénio 12 horas por dia também tem alguns benefícios. Essa terapia reduz o excesso de hemácias causado por níveis baixos de oxigénio no sangue e ajuda a aliviar a cor pulmonale causada pela DPOC. A oxigenoterapia também pode diminuir a falta de ar durante o exercício.

    Diferentes dispositivos estão disponíveis para oxigenoterapia. Concentradores de oxigénio acionados eletricamente são usados quando há tomadas elétricas disponíveis. Oxigénio comprimido está disponível em pequenos tanques que permitem que as pessoas saiam de casa por duas a seis horas. Sistemas de oxigénio líquidos são mais caros, mas são preferíveis para pessoas ativas, pois permitem várias horas de distância do reservatório fonte. Concentradores de oxigénio portáteis acionados por bateria são uma outra opção e podem ser usados durante viagens em aviões comerciais. As pessoas nunca devem usar oxigenoterapia perto de chamas ou ao fumar.

    Reabilitação pulmonar

    A reabilitação pulmonar pode ajudar as pessoas que têm DPOC, mas não melhora a função pulmonar. Programas abrangem educação sobre a doença, exercícios e aconselhamento nutricional e psicossocial. Esses programas podem melhorar a independência e a qualidade de vida, diminuir a frequência e a duração das estadias hospitalares e melhorar a capacidade de exercício. Programas de exercícios podem ser realizados em uma instalação de tratamento ambulatorial ou em casa. Andar a pé (às vezes em uma esteira) é uma medida utilizada normalmente para exercitar as pernas. Às vezes, também são utilizadas medidas como andar de bicicleta ergométrica e subir escadas. Musculação é utilizada para os braços. Muitas vezes, é recomendado oxigénio durante o exercício. Como acontece com qualquer programa de exercícios, os ganhos de condicionamento são rapidamente perdidos se a pessoa para de se exercitar. Técnicas especiais são ensinadas para diminuir a falta de ar durante as atividades, como cozinhar, fazer passatempos e atividade sexual.

    Outros tratamentos

    Antitussígenos de venda livre geralmente não ajudam e não são recomendados.

    Algumas vezes, são usados opioides para aliviar acessos de tosse graves ou dor, mas estes devem ser evitados sempre que possível, pois podem causar sonolência e constipação, suprimir a tosse (o que pode causar infeção ou agravá-la) e, se usados regularmente, podem causar dependência ou vício.

    Para as pessoas com grave deficiência de alfa-1-antitripsina, a proteína faltante pode ser substituída. O tratamento requer infusões intravenosas semanais da proteína.

    A cirurgia de redução do volume pulmonar pode ser realizada em pessoas com enfisema grave nas porções superiores dos seus pulmões. O objetivo é melhorar a capacidade de praticar exercícios e a qualidade de vida. Nessa cirurgia, as partes dos pulmões mais afetadas são removidas, permitindo, assim, que as partes restantes dos pulmões e do diafragma funcionem melhor. A melhora dura, pelo menos, vários anos. As pessoas são obrigadas a parar de fumar por pelo menos seis meses antes da cirurgia. Elas devem ser submetidas a um intenso programa de reabilitação para determinar se a função total pode ser significativamente melhorada sem cirurgia antes de a realizarem, pois esta acarreta um risco de morte de cerca de 5%.

    Válvulas podem ser colocadas dentro de partes das vias aéreas para bloquear estas partes (chamada válvulas endobrônquicas). Fazer isso ajuda somente algumas pessoas com DPOC. Para implantar essas válvulas, o médico utiliza um tubo de visualização flexível.

    O transplante pulmonar de um ou ambos pulmões pode ser utilizado em certas pessoas que, normalmente, têm menos de 65 anos e têm obstrução do fluxo aéreo grave. O objetivo do transplante do pulmão é melhorar a qualidade de vida, pois o tempo de sobrevida não é necessariamente aumentado. É necessária imunossupressão ao longo da vida, o que põe as pessoas em risco de infeções.

    Prognóstico e questões sobre o fim da vida

    A própria DPOC geralmente não causa a morte ou sintomas graves se a pessoa parar de fumar em uma época em que o fluxo de ar está apenas levemente obstruído. Continuar a fumar, no entanto, praticamente garante que os sintomas piorarão. Com obstrução moderada e grave, o prognóstico torna-se progressivamente pior.

    Pessoas em estágios avançados de DPOC tendem a necessitar de ajuda considerável com assistência médica e atividades quotidianas. Elas podem, por exemplo, organizar-se para viver em um único andar da casa, comer várias pequenas refeições todos os dias ao invés de uma grande refeição e evitar o uso de sapatos que devem ser amarrados.

    A morte pode resultar de insuficiência respiratória, câncer de pulmão, doenças do coração (por exemplo, insuficiência cardíaca ou arritmias), pneumonia, pneumotórax ou bloqueio das artérias que irrigam os pulmões (embolia pulmonar).

    As pessoas com doença em estágio terminal que desenvolvem crises podem precisar de um tubo para respiração e ventilação mecânica. A duração da ventilação mecânica pode ser prolongada e algumas pessoas permanecem dependentes de ventilador até a morte. É importante para as pessoas discutirem com seus médicos e entes queridos se desejam ou não esse tipo de terapia de suporte e fazê-la antes que ocorra uma crise.

    Uma alternativa a essa terapia de suporte é um tratamento que visa o conforto (e não a prolongar a vida). A melhor maneira de garantir que os desejos da pessoa em relação à ventilação mecânica prolongada sejam respeitados é preparar instruções prévias e nomear um intermediário para os cuidados com a saúde.

     

11 janº 2024 manteve-se o quadro de leve melhoras, com esforço fez 3 ou 4 telefonemas tentando recuperar o contacto com o mundo exterior, alimentou-se um pouco mais pelo próprio punho e viu fotos da casa que a espera com as mudanças que foi preciso fazer para acesso de cadeira de rodas em permanência. Em princípio, apesar de muito debilitada regressará sábado à tarde num longo processo de reabilitação sem autonomia (exceto mental), em que falar uns 2 ou 3 minutos a colocam num estado de exaustão…uma nova etapa complicada vai agora iniciar-se em pleno inverno que tanto a afligiu em anos anteriores. Grato a todos pelas centenas ou milhares de mensagens recebidas e que lhe foram transmitidas logo que foi possível …

10 janº quarta-feira a doente com muito leves melhoras, especialmente a nível psíquico, contando que ao regressar a casa iria tomar banho na cadeira sanitária e iria continuar todos os esforços para recuperar a mobilidade nas pernas…fez umas recomendações e encomendas pois se tudo correr bem dão alta sábado, pois não há mais melhoras ali e em casa pode ser que melhore algo mais…À hora de almoço teve forças para telefonar à nossa funcionária (governanta) a dar instruções para a semana que vem, sinal de que sente que ainda pode ter algum controlo…amanhã levo e mostro-lhe as fotos das mudanças que tivemos de fazer no quarto e sala para acomodar cama articulada, cadeira de rodas em permanência, etc….a cadeira sanitária estava prevista para hoje mas não chegou (deve ser o temporal Hipólito)… foi dos dias em que se notaram minúsculas melhoras em relação às semanas anteriores (mais positiva e com menos medos que em dias anteriores). O médico e o enfermeiro de dia confirmaram que hoje estava levemente melhor que ontem…

9 janº ao entrar acesa discussão da helena com o enfermeiro Luís, que a admoestava dado ela ter prometido ir ao banho na cadeira sanitária e agora não queria, ou por medo ou por outra desrazão qualquer…com a minha chegada lá foi e aguentou bem o banho e a sessão de 15 minutos. Depois começou a arrebitar e a dizer que estava a fazer tudo para recuperar e provou-o comendo metade da malga da sopa (pela 1ª vez, comeu tanto) depois petiscou um pouco do peixe e comeu o gelado, tudo pela própria mão. Sabe que não se consegue aguentar em pé e vieram os medos do retorno a casa e as angústias da falta de ar, da ansiedade, os medicamentos para as dores, os da prisão de ventre, ..mostrei-lhe a cama articulada já montada no quarto e disse que queria estar mais tempo na cadeira na sala…vamos lá a ver se o consegue…prevê-se para sábado o retorno, com apoio da filha que vem cá assistir aos trabalhos por uma semana mas se até ontem queria ir para casa depressa, agora são os medos e os “ses”… clinicamente nada mais há a esperar a não ser que ela consiga lutar contra esses medos e outros e ganhar forças para se soerguer nas pernas e ter alguma mobilidade…continua sem tocar nos chocolates nem quis ver o último catálogo da Yves Rocher (o que me preocupa pois isso indicaria um retorno a uma certa normalidade)…Não consegui falar com o médico mas expressei as minhas dúvidas e perguntas ao enfermeiro de serviço… continua com, muita dificuldade em falar e cansa-se imenso ao fim de 3 ou 4 minutos…

8 janºencontreia-a mais faladora, menos queixosa e comuniquei-lhe que das mensagens de melhoras das últimas 24 horas sobressaía a do prémio Nobel da Paz 1996 atual Presidente da RD de Timor-Leste, Dr Ramos Horta

José Ramos-Horta

As minhas orações, votos de recuperação. Abraço forte.

Pois nem exultou com estes votos, a que se juntaram alguns membros do executivo açoriano e outras personalidades. Comeu sólidos pelo terceiro dia sem ajuda, mas comeu muito pouco, e mostrou-se muito receosa do regresso a casa, dos ataques de falta de ar, dos de pânico ou ansiedade, das dores peitorais. Não consegui falar nem com o médico, diretor dos serviços, nem com a assistente social e a enfermeira de serviço hoje era a única pessoa antipática naquele serviço… foi recomendada a aquisição de uma almofada de gel contra escárias, que já fui adquirir…

7 janº domingo estável como ontem….

6 janº sábado animicamente encontrei-a melhor, sempre sonolenta com tanta droga para tirar dores, a comer pouco ainda, a enfermeira diz que se conseguiu manter uns segundos em pé, pela primeira vez, ainda não tocou nos chocolates que estão lá desde 22 dezº, o que é mau sinal…nunca um chocolate sobreviveria mais de 48 horas…queixa-se de cansaço apesar de estar a dormir bem e a descansar…veremos como isto evolui…

Agradecemos as vossas mensagens, das quais 135 foram sumariadas hoje à doente que ainda não lê SMS, nem mail e cuja dificuldade e cansaço pela fala, impede visitas além de filhos e marido……desculpem se não vos telefono ou agradeço, um a um, mas isto tem sido uma montanha russa de emoções para digerir e gerir…

5 JANº SEXTA-FEIRA, estive na RIAC (Loja do Cidadão) a meter os papéis para o reembolso parcial da ADSE relativo a fraldas, hoje cheguei ao (HDES) hospital quando tinha acabado de sair do banho e lavado a cabeça, uma preocupação que a consome semanalmente, não tinha apetite, comeu apenas o gelado de sobremesa, e estava mais mortiça que o habitual a queixar-se de dores e a pedir mais analgésicos para aliviar as dores..Mostrava-se preocupada com o regresso a casa naquele estado de fraqueza, sabe que não se consegue pôr em pé e eu atualizei-a sobre a cuidadora e a cama que iremos colocar no nosso quarto. Falei com a assistente social a quem dei conta do que se conseguiu e o médico nada me disse mas creio que se se mantiver assim daqui a uma semana mandam-na para casa, desde que tenhamos todas as condições de apoio doméstico.

4 janº 24, o Raio X nada mostrou de quebrado e as análises da infeção melhoraram em relação às anteriores, conseguiu comer sozinha sem ninguém a ajudar, mas sentia-se com poucas forças para se sentar no cadeirão. Muito ensonada, apesar de ter dormido bem, creio que mais resignada às novas limitações mesmo que as não interiorize ainda em toda a sua dimensão….

NO Centro de saúde da Ribeira repetiu-se a indisponibilidade de camas articuladas para empréstimo, a compra do modelo mais barato é de 1250 euros…aluguer mensal mais barato acima de cem euros, tratei de fraldas e a assistente social do hospital avisou que havia uma cama articulada ,manual disponível mas ia tentar uma elétrica..

Recebemos cotações de cuidadores que iam dos 1999€ 8 horas/dia 7 dias, a 4800 24 hrs 7 dias. De tarde recebi a visita de uma cuidadora com qualificações formais e que reside ao fundo da rua, com preços mais acessíveis e que conhecia da disponibilidade de uma cama elétrica que se prontificou a obter e virá já no sábado….ufa, o problema mais difícil resolvido. AGORA é a hora de fazer contas e cortes a gastos para se suportarem estas despesas da cuidadora, mais fraldas, mais o que venha a ser necessário.

Na alimentação vamos manter a nossa governante que vinha dois dias por semana e pode cozinhar para ambos mesmo dieta…

O médico, Dr Carlos Pavão pensa que se ela se mantiver assim, na próxima semana talvez esteja em condições de ter alta e vir para casa, numa etapa complicada, em que não pode apanhar mais nada, pois a próxima infeção será fatal, dado que esta a levou aos limites…

3 janº 2024, continua a queixar-se de dores torácicas, amanhã vai ver no Raio X se não tem costelas partidas ou algo do género dada a osteoporose dela. Achei-a mais combalida, mas o médico, diretor da pneumologia nota leves melhoras desde que a viu na sexta feira passada, amanhã fará novas análises e o seu estado de saúde será reavaliado.

Entretanto continuam os preparativos para a trazer para casa, ainda não se arranjou cama articulada, fraldas estão asseguradas, assistência doméstica e higiene de 2 a 6ª idem em 24 horas, falta a assistente social mexer-se na burocracia …e tentar arranjar assistência aos fins-de-semana e feriados.

Sei que há muitos colegas e amigos a quererem visitar mas não é aconselhável, veremos depois como poderá ter visitas muito curtas e sem ter de falar, esforço demasiado nesta fase da doença….

2 janeiro 2024 sempre com dores grandes na cavidade torácica, só alivia com morfina, começa a alimentar-se um pouco melhor meia dúzia de colheres de sopa e umas de fruta passada, iogurte ao pequeno-almoço. O filho João foi visitá-la depois do almoço, eu vou sempre do meio-dia à uma. Oxigénio ainda irregular (mas sem máscara), varia muito com as dores. A assistência domiciliária garantida a dias de semana mas não consegui ainda arranjar a cedência de cama articulada, amanhã fala-se com a assistente social e o Dr Carlos Pavão decidirá sobre se continua naqueles cuidados intensivos da pneumologia ou se vai ter alta. Sem força nas pernas ainda, não se consegue aguentar de pé…esperamos que recupere alguma coisa, mas são muitas as dúvidas que ameaçam confiná-la a uma cadeira de rodas ou a uma cama. Com a ajuda da filha à distância e eu aqui iremos tentar conseguir criar condições para ela vir para casa…mas eu não tenho forças para a levantar da cadeira e meter na cama…Tempos difíceis se aproximam, pois ela hiperativa como sempre foi vai-se enervar ao constatar as suas novas limitações de mobilidade.

2024, 1 janeiro, dormiu sem ajuda medicamentosa, alimentou-se pouco mas alguma coisa, cheia de dores na caixa torácica durante a minha visita de hoje foi medicada…muito cansada, de novo…ao fim da tarde teve uma curta visita duma colega mas ficou extenuada, e exausta pediu para mais ninguém a ir ver, por enquanto

Obrigado a todos pelas vossas mensagens

pf não me telefonem até ao fim do dia de 4ª fª em que saberemos melhor a situação

DIA 31, 16.30 horas, os olhos brilharam ao ver a filha Isabel (Bé) e o filho (João) hoje pela visita do meio-dia, até conseguiu comer qualquer coisa pois não andava a comer logo ao fim da tarde vou com o genro vê-la mais um bocado e a filha ainda fica mais um dia o que ajuda a recuperação mental …ainda não está consciente de que perdeu a mobilidade e terá de ficar numa cadeira de rodas ou na cama assistida por pessoal apropriado…pensa que vai recuperar…nem sei como a preparar com toda a genica e dinâmica ativa dela…

31.12 ao meio-dia cheia de dores na caixa torácica, fresca de banho e dormida acolheu pelo segundo dia o filho João e a filha Bé (Isabel) enquanto eu e o genro ficamos na sombra. Não interiorizou ainda gravidade da falta de mobilidade…vamos tratar de meter os requisitos necessários em casa antes de ter alta. O oxigénio quando entrei andava nos 89-90 quando a filha chegou dez minutos depois passou para 96-97, esta muralha psicológica vai ter de ser vencida para ter forças e concentrar as forças no resto.

DIA 29 MÁS NOTÍCIAS.

O diretor dos serviços de pneumologia falou comigo, as hipóteses de melhoras são muito remotas, a Helena não reage aos remédios e está com a capacidade mínima de respiração…o enfisema levou-a ao limite, não recupera mais e está muito fragilizada. Na 4ª fª irá decidir se ela tem pode ter condições para regressar ao lar, mas mesmo se vier para casa, terá DE FICAR LIGADA A OXIGÉNIO EM PERMANÊNCIA SEM FAZER QUALQUER ESFORÇO e ter quem trate dela (banhos, fraldas, etc). Psicologicamente ficou muito afetada com estas notícias (e o Dr Carlos Pavão não lhe disse tudo) e pediu à filha que a viesse ver e pode ficar com a mãe no fim de semana no hospital…O prognóstico é reservado mas não voltará a ser a Helena que foi até dia 21 dezembro…


28 dezº refrescada por banho na cama e lavagem de cabelo que a deixou com melhor aspeto, mas sem melhoras, sem morfina mas cheia de dores no peito que Panasorbe ou Novotil não tiram, oxigénio e tensão estabilizados, hoje pela primeira vez sem máscara só com as cânulas de oxigénio, comeu pouco, vai ser um processo lento mas espero que resulte..


DIA 27 falei com o diretor e enfermeira que me garantiram haver progressos (lentos) e que vai ser uma recuperação lenta, mas a crise parece ter sido estabilizada com toda uma panóplia de drogas médicas. Muito agoniada não almoçou, sonolenta, mal falava, deixei-a a descansar , apesar da fragilidade diz que se sente menos cansada do que estava quando foi internada… na hora de jantar telefonou sentindo-se levemente melhor…


dia 26 medicada a morfina contra dores por 3 dias, estadia prolongada por uma semana ou mais, períodos oscilantes, esta manhã mal, ao almoço conseguia comunicar e comer alguma coisa, vai ter de se convencer de todas as limitações que tem para as atividades domésticas que ainda TEIMAVA EM EXECUTAR…

dia 25 já se sentou na cadeira por algum tempo e conseguiu falar alguma coisa com a máscara de O2,

24.12.23 É O 1º natal (e passagem de ano) que passa internada no HDES (desde 22.12.2023), POR FAVOR não lhe telefonem nem lhe mandem mensagens. Desde já agradeço todos os vossos votos, ela mal consegue falar e não tem acesso ao facebook, nem vê nem atende telemóvel (estão lá dezenas de mensagens) , mas eu transmitirei as vossas mensagens, oportunamente, quando estiver recuperada… Se quiserem podem telefonar-me… Obrigado pelo vosso apoio…
por vezes sinto-me frustrado por não poder parar o tempo que, como areia, se esfuma por entre os dedos…

https://blog.lusofonias.net/internada-no-hdes/