proibido comer: TEMPOS DIFÍCEIS, JÁ DECIDIRAM POR TI

Views: 0

proibido comer já decidiram por ti chrys Pages from 2019-09-22-1-3

imagens no pdf acima

ler a minha crónica em https://blog.lusofonias.net/2019/09/18/cronica-287-proibido-comer-tempos-dificeis-ja-decidiram-por-ti/

CRÓNICA 287 proibido comer: TEMPOS DIFÍCEIS, JÁ DECIDIRAM POR TI 18.9.19

Foi notícia a proibição de carne de vaca nas cantinas da vetusta Universidade de Coimbra. O reitor da UC tem o direito de não comer ou de não gostar de carne de vaca, mas terá o direito de impor as suas opções aos outros?

Admira-me não terem proibido o leite, queijo e demais derivados que provém dos mesmos animais. E os agrotóxicos que estão na maioria dos alimentos? E não proíbem a carne de porco? Pombos, rolas, bodes, cão, cavalo, gato ou lebre?

E a feijoada que cria tanto CO2 além doutros aspetos mais indesejáveis?

E os aviões? E os autocarros poluentes? E todos os carros, motociclos, tratores e demais consumidores de gasolina e gasóleo?

“É isto que defendemos, política com coragem”, reagiu o porta-voz do PAN nas redes sociais, onde antes escrevera que “queria uma espécie de SNS para cães e gatos”.

E os outros animais de estimação como o crocodilo, tubarão branco, dragão de Komodo pitão, piranha e tantos outros? São menos animais e não têm também uma ADSE para animais?

Devia igualmente ser proibida a comercialização de Baygon e outras armas de animalcídio que visam a eliminação de piolhos, carraças, ácaros, lombrigas, etc.

Isto foi apenas uns dias depois de terem surgido, por todo o mundo, apelos para separar galos e galinhas a fim de evitar que estas sejam violadas. O humorista Ricardo Araújo Pereira sugeriu, e bem, que devemos “prender os galos que violem galinhas”. Tal como os crocodilos, o PAN era muito querido e engraçado quando era pequenino, mas depois cresceu e quer “comer-nos uma perna”

Em resposta, a CAP afirma que “a invocada ’emergência climática’ (…) não pode servir de pretexto para a tomada de decisões infundadas, baseadas em alarmismos incompreensíveis” .

A APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal, quer tornar público um veemente protesto…

” Quem se preocupa com a pegada ecológica dos alimentos pode começar por escolher carne nacional, sem consumo de combustíveis na importação e baseada na pastagem ou cultivo de terras que de outra forma ficariam abandonadas sendo pasto privilegiado para incêndios que, além do perigo de vida para as populações, são uma enorme libertação de carbono para a atmosfera. Nós, os produtores de leite e técnicos que restamos e resistimos às crises, somos descendentes de outros produtores e técnicos que, no passado, com estudo, investigação e trabalho, foram capazes de contrariar os profetas da desgraça que previam que a humanidade morreria à fome perante o aumento da população. Não ignoramos as alterações climáticas. Como agricultores, seremos os primeiros a sofrer. Faremos a nossa parte para que a agricultura e pecuária sejam parte da solução, mas precisamos da massa cinzenta das Universidades para sermos mais eficientes numa agricultura de precisão. E esperamos que estudantes e professores possam ter uma alimentação completa, equilibrada e variada, sem falta de ferro e vitamina B12, que permita estudar, investigar e decidir com bom senso.

Na Austrália os vegan atacam quintas e supermercados com violência, nos EUA há cientistas a dizer quedemos comer gafanhotos, baratas e outros simpáticos seres. Em Portugal consta que já se faz farinha para o pão à base desses insuportáveis insetos.

Tempos perigosos os que vivemos…. Isto nada tem que ver com o ambiente… é apenas doutrinação e preconceito! É Orwell revisitado com requintes de malvadez e desta vez, os porcos vão triunfar.

Para o Diário dos Açores (desde 2018), Diário de Trás-os-Montes (desde 2005) e Tribuna das Ilhas (desde 2019)

Chrys Chrystello, Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713 / AU 3804 [Australian Journalists’ Association] MEEA/AJA]