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  • a tradição do linho na Lomba da Maia por M Sá Couto

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    agosto é a festa do linho lembremos o amigo Sá Couto

    O linho

    Chegado que era o mês de Março, aproximava-se a preparação da terra para o linho, que era semeado por volta do dia 25 de Março, dia dedicado a Nossa Senhora da Encarnação.
    Há um ditado que diz: “No dia da Senhora da Encarnação, o linho está no saco ou no chão”. Quando o linho tinha a altura de 20/30 centímetros era mondado, isto é, retirava-se a erva, a gorga e a cabaça. As pessoas faziam este trabalho sentadas, uma vez que o linho era empurrado para ficar deitado no chão. Alguns dias depois voltava a ficar direito.
    Enquanto o linho estava em crescimento, e chegado o dia da Santa Cruz, fazia-se uma cruz de cana, que era colocada no meio da cana, e era esta cruz que servia de medida para o linho atingir a altura certa. Algumas pessoas enfeitavam a cruz com flores.
    Quando o linho começa a florir, flor azul, no fim de Junho ou em inícios de Julho, o linho começa a ficar loiro. É, então, a altura da apanha. Convidava-se a família, os vizinhos e os amigos para apanhar o linho. Depois de apanhado passava ao ripanço e ficava na terra a descansar. Parte das pessoas arrancavam o linho, faziam manchos e colocavam-no chão, enquanto outras “acartavam-no” para o ripanço, para que saísse a baganha do pé do linho (caule). Depois de todo o linho ripado era colocado, aos manchos, na terra , durante oito dias, para poder murchar e só depois era recolhido e guardado em casa.
    A apanha do linho era motivo de festa rija, com direito a um bom manjar, acompanhado de uma boa pinga, que era servida num pote de louça da Vila. A preparação do linho exige muito trabalho, já que é tudo feito manualmente. É por essa razão que o linho é muito caro e, o facto de ser todo trabalhado à mão, faz com que esta cultura esteja em extinção.
    O linho ficava a aguardar, porque havia outras culturas que estavam primeiro, e era preciso aproveitar tudo, como, por exemplo, a colheita do trigo, do tremoço, das favas e do milho. Entretanto, havia, ainda as vindimas que fechavam as colheitas do ano. Quando todas as colheitas estavam prontas, começava-se, então, o trabalho do linho, lá por alturas do mês de Novembro.
    Retomava-se, assim, o trabalho do linho que havia sido guardado. Quando se cozia o pão de milho, aproveitava-se o calor do forno para que, depois de tirado o pão, se pusesse o linho no forno a secar. O linho ia sendo tirado do forno à medida que ia sendo trabalhado. Esta operação chama-se “amassar o linho”. As pessoas que cultivavam o linho, e não só, acertavam as datas para poderem ajudar-se umas às outras nesta tarefa. Acabado este serviço, a dona do linho oferecia uma refeição composta por açorda de abóbora e queijo fresco, acompanhado do pão de milho cozido na véspera.
    Depois de “amassado”, isto é, de lhe ter sido tirada a aresta, o linho voltava a ser estendido na terra para amaciar. Mais tarde era, de novo, recolhido e posto no forno para ser gramado, e posteriormente tasquinhado, altura em que é separada a estopa do linho. A primeira estopa, por ser muito grossa, era usada para fazer os sacos onde se guardavam os cereais.
    A estopa de sedar servia para fazer trabalhos mais vulgares, como toalhas de rosto e de mesa, e ainda colchões para as camas.
    Com o melhor linho faziam-se camisas, calças e casacos, ou seja todas as roupas que eram necessárias para a família.

    Lomba da Maia, 18-08-2013
    Maria da Estrela Sá

    Notas:
    Gorga- Planta que nasce nos trigais
    Cabaça-Plantas que dão as cabaça
    Ripanso – Instrumento para limpar o linho da baganha
    Baganha – Casulo, que envolve a semente do linho
    Aresta – Pragana, o que não presta´
    Gramar – Passar o linho pela grama, que é uma peça com uma “espécie de faca” de ferro que vai quebrando o linho
    Tasquinhar – Bater com uma pá, para que o linho fique mais fino
    Estopa – A estopa é a parte grossa que fica após a limpeza do linho

    O linho Chegado que era o mês de Março, aproximava-se a preparação da terra para o linho, que era semeado por volta do dia 25 de Março, dia dedicado a Nossa Senhora da Encarnação. Há um ditado que diz: “No dia da Senhora da Encarnação, o linho está no saco ou no chão”. Quando o linho tinha a altura de 20/30 centímetros era mondado, isto é, retirava-se a erva, a gorga e a cabaça. As pessoas faziam este trabalho sentadas, uma vez que o linho era empurrado para ficar deitado no chão. Alguns dias depois voltava a ficar direito. Enquanto o linho estava em crescimento, e chegado o dia da Santa Cruz, fazia-se uma cruz de cana, que era colocada no meio da cana, e era esta cruz que servia de medida para o linho atingir a altura certa. Algumas pessoas enfeitavam a cruz com flores. Quando o linho começa a florir, flor azul, no fim de Junho ou em inícios de Julho, o linho começa a ficar loiro. É, então, a altura da apanha. Convidava-se a família, os vizinhos e os amigos para apanhar o linho. Depois de apanhado passava ao ripanço e ficava na terra a descansar. Parte das pessoas arrancavam o linho, faziam manchos e colocavam-no chão, enquanto outras “acartavam-no” para o ripanço, para que saísse a baganha do pé do linho (caule). Depois de todo o linho ripado era colocado, aos manchos, na terra , durante oito dias, para poder murchar e só depois era recolhido e guardado em casa. A apanha do linho era motivo de festa rija, com direito a um bom manjar, acompanhado de uma boa pinga, que era servida num pote de louça da Vila. A preparação do linho exige muito trabalho, já que é tudo feito manualmente. É por essa razão que o linho é muito caro e, o facto de ser todo trabalhado à mão, faz com que esta cultura esteja em extinção. O linho ficava a aguardar, porque havia outras culturas que estavam primeiro, e era preciso aproveitar tudo, como, por exemplo, a colheita do trigo, do tremoço, das favas e do milho. Entretanto, havia, ainda as vindimas que fechavam as colheitas do ano. Quando todas as colheitas estavam prontas, começava-se, então, o trabalho do linho, lá por alturas do mês de Novembro. Retomava-se, assim, o trabalho do linho que havia sido guardado. Quando se cozia o pão de milho, aproveitava-se o calor do forno para que, depois de tirado o pão, se pusesse o linho no forno a secar. O linho ia sendo tirado do forno à medida que ia sendo trabalhado. Esta operação chama-se “amassar o linho”. As pessoas que cultivavam o linho, e não só, acertavam as datas para poderem ajudar-se umas às outras nesta tarefa. Acabado este serviço, a dona do linho oferecia uma refeição composta por açorda de abóbora e queijo fresco, acompanhado do pão de milho cozido na véspera. Depois de “amassado”, isto é, de lhe ter sido tirada a aresta, o linho voltava a ser estendido na terra para amaciar. Mais tarde era, de novo, recolhido e posto no forno para ser gramado, e posteriormente tasquinhado, altura em que é separada a estopa do linho. A primeira estopa, por ser muito grossa, era usada para fazer os sacos onde se guardavam os cereais. A estopa de sedar servia para fazer trabalhos mais vulgares, como toalhas de rosto e de mesa, e ainda colchões para as camas. Com o melhor linho faziam-se camisas, calças e casacos, ou seja todas as roupas que eram necessárias para a família. Lomba da Maia, 18-08-2013 Maria da Estrela Sá Notas: Gorga- Planta que nasce nos trigais Cabaça-Plantas que dão as cabaça Ripanso – Instrumento para limpar o linho da baganha Baganha – Casulo, que envolve a semente do linho Aresta – Pragana, o que não presta´ Gramar – Passar o linho pela grama, que é uma peça com uma “espécie de faca” de ferro que vai quebrando o linho Tasquinhar – Bater com uma pá, para que o linho fique mais fino Estopa – A estopa é a parte grossa que fica após a limpeza do linho

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    Chrys Chrystello, An Aussie in the Azores/Um Australiano nos Açores 
    
    
  • o homem que queria voar e não sabia…morreu

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    Quando Flight Simulator sobe à cabeça… #sticktoyourcomputerdude#wtfisavirtualpilot

    NEWSAVIA.COM

    Funcionário De Terra Rouba Dash Q400 Em Seattle E Despenha-Se – Um Morto

     

     


    Um funcionário de terra da companhia aérea norte-americana Alaska Airlines sequestrou um avião comercial Bombardier Dash Q400, registo N449QX, pertencente à empresa subsidiária Horizon Air e levantou voo, clandestinamente, do Aeroporto Internacional de Seattle/Tacoma, no Estado de Washington, na costa oeste dos Estados Unidos da América, ao fim da tarde de sexta-feira, dia 10 de agosto.

    O avião foi depois acompanhado por dois caças-bombardeiros F-15 da Força Aérea dos EUA, que descolaram de uma base aérea próxima, que acompanharam a aeronave em voo, sem contudo fazer fogo. A intenção principal era desviar o aparelho roubado de áreas habitacionais e levá-lo a pousar na base aérea.

    A aeronave e o piloto acabaram por se despenhar em terra, cerca de 90 minutos depois de descolar, na ilha de Ketron, frente à baía de Chambers, devido a um erro de pilotagem, e depois de um diálogo com a torre de controlo do aeroporto, em que o improvisado piloto proponha à companhia admiti-lo como piloto se pousasse o Dash Q400 em segurança. Depois terá dito ao controlador que ninguém lhe iria perdoar, mas “alguns iriam pensar que tinha os parafusos da cabeça fora de sítio”. No aeroporto, colegas disseram que era uma pessoa calma e um exímio praticante de jogos de computador. O certo é que este piloto acidental conseguiu algumas proezas com o avião, inclusive uma passagem com a aeronave em posição invertida e outras passagens a alta velocidade, superiores às normais de cruzeiro para este tipo de aparelho, o que logo levantaram suspeitas entre as pessoas que, nas suas casa, estavam a assistir à evolução do avião de passageiros.

    A queda do Dash Q400 ter-se-á verificado pelas 21h30 locais (04h30 de sábado, dia 11 de agosto, na hora UTC). Perdeu-se a aeronave, um turboélice bimotor que tinha capacidade para transportar 76 passageiros, e o ‘corajoso piloto’, entretanto identificado como funcionário de rampa da Alaska Airlines e com 29 anos de idade, morreu neste inusitado acidente envolvendo um avião comercial pertencente a uma companhia de transporte aéreo regular.

    As autoridades norte-americanas, nomeadamente a Administração Federal de Aviação (FAA), anunciaram que já ordenaram a instauração de um rigoroso inquérito, a fim de apurar, nomeadamente, a forma como o avião e o jovem conseguiram iludir a vigilância e a torre de controlo aéreo e descolar por uma pista que, nesse momento, estava em serviço. O FBI também abriu um inquérito independente, embora já tenha declarado que não existem ligações do jovem a grupos terroristas.

    Na tarde deste sábado, dia 11 de agosto, a família de Richard Russel, o empregado do setor de transporte de bagagens da Horizon Air que desviou o avião e morreu na sua queda, fez uma declaração pública em que se manifestou chocada com o sucedido. Foi também confirmada a identificação da vítima e confirmado que trabalhava em terra e não era mecânico de aviões como algumas notícias continuam a referir.

    Um caso semelhante ocorreu com outro avião turboélice de transporte de passageiros, no dia 11 de outubro de 1999, na República do Botsuana, na África Austral. Um piloto que se encontrava de baixa médica, por motivos psiquiátricos, embarcou num ATR42 que se encontrava estacionado no Aeroporto de Gaborone, capital do país, sem autorização ou plano de voo, e pousou duas horas depois. Quando aterrou colidiu com dois outros ATR da companhia que estavam estacionados no aeroporto, que arderam, destruindo totalmente a frota disponível da companhia. Chris Phatswe, assim se chamava o piloto, única vítima mortal, disse deliberadamente que ia suicidar-se, em protesto contra a atuação da administração da Air Botswana.

    • Notícia atualizada às 10h00 UTC de 12 de agosto de 2018

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  • CHRÓNICAÇORES (vol. 3) uma circum-navegação  DE TIMOR A MACAU, AUSTRÁLIA, BRASIL, BRAGANÇA ATÉ AOS AÇORES

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    ESTÁ EM LINHA O RASCUNHO DO PRÓXIMO VOLUME DE

    CHRÓNICAÇORES (vol. 3) uma circum-navegação

    DE TIMOR A MACAU, AUSTRÁLIA, BRASIL, BRAGANÇA ATÉ AOS AÇORES

    UM DIÁRIO QUASE AUTOBIOGRÁFICO

    ou em

    https://blog.lusofonias.net/wp-admin/post.php?post=76686&action=edit

    e

    https://blog.lusofonias.net/wp-admin/post.php?post=58612&action=edit

  • Segredo do colapso da civilização maia é descoberto no fundo de lago no México – Sputnik Brasil

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    Um estudo baseado em análises isotópicas de sedimentos de gesso confirmou uma teoria científica sobre o desastre natural que acabou com a civilização maia há mil anos.

    Source: Segredo do colapso da civilização maia é descoberto no fundo de lago no México – Sputnik Brasil

     

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  • FILTRO anti-poluição na Austrália

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    Luis Filipe Franco shared a post.

    1 hr

    Que incrível que é isso! Leia mais sobre este projeto > https://kwin.city/2OvikzC

    No photo description available.

    Uma ideia interessante

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  • o desperdício de recursos inútil no deserto (DUBAI)

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    Source: Как пустыня поглощает Арабские Эмираты, Дубай, ОАЭ — Туристер.Ру

    Оживленные мегаполисы Арабских Эмиратов с их ослепительными небоскребами и торговыми центрами возведены на пустынной территории. Причем города выросли в пустыне…

     

    TOURISTER.RU
    Оживленные мегаполисы Арабских Эмиратов с их ослепительными небоскребами и торговыми центрами возведены на пустынной территории. Причем города выросли в пустыне…

    8 hrs

    Não deixem de ver as fotos, meus concidadãos… para melhor entenderem melhor um jeito bizarro e estúpido de gastar dinheiro público.
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    Como o deserto absorve os Emirados Árabes
    Dubai – Emirados Árabes Unidos

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    Корабли пустыни.

    Песок в каждом эмирате отличается цветом, в Дубае он с оранжевым оттенком.

    Настоящая пустыня начинается за 50 км от берегов: исчезает растительность и остаются одни песчаные барханы — это стоит заснять на фотоаппарат!