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  • É improvável que alguém nascido depois de 1939 viva até aos 100 anos – ZAP Notícias

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    Embora o número de centenários possa estar a aumentar, uma nova investigação revela que, estatisticamente, ninguém que viva atualmente deve esperar viver até aos 100 anos.

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  • Há um “pontinho” remoto no fundo do Oceano Índico. Tem 50 pessoas e milhares de pinguins – ZAP Notícias

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    Frio, isolado e solitário. Assim se vive nas ilhas Kerguelen, um dos lugares mais remotos do mundo — onde a grande companhia são os pinguins. Em Port-aux-Français, nas ilhas Kerguelen, só se juntam cientistas. E no verão os habituais 50 tornam-se cerca de 80, o que se pode justificar pelas baixas temperaturas que se experimentam no local, tão afastado do equador, situado (literalmente) no meio do oceano Índico, entre África e a Oceânia. Mas a pouca densidade populacional não significa falta de convívio: existe mesmo um espaço de convívio, do tamanho de um ginásio, descreve a Geo. Durante 3 meses,

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  • O “monstro” Ventura vai perseguir o “ladrão” Isaltino

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    Troca de palavras pouco simpáticas entre o presidente do Chega e o presidente da Câmara de Oeiras – que ainda “deveria estar preso”.

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  • O Andrézito, por enquanto, ainda só nos faz rir…

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    Roberto Rodrigues

    O Andrézito, por enquanto, ainda só nos faz rir…

    Excelente texto do meu amigo Luís Galego.
    Deixo-lhe um forte abraço.
    May be an illustration
    Luís Galego added a photo to the album: Diário de um Gallego — with Luís Galego II.
    Estás nervoso, Andrézito?
    A política portuguesa, esse teatro barroco onde os atores ora gesticulam com ardor shakespeariano, ora se atiram uns aos outros com o entusiasmo de crianças no recreio, mas com doutoramentos em egos inflados e lancheiras recheadas de ressentimento, brindou-nos esta semana com uma peça de antologia. Não é farsa, não é tragédia, não é daquelas revistas em que o La Féria obriga todo o staff a bater palmas como se a divina Sarah Bernhardt estivesse no elenco. É qualquer coisa que se situa entre Sófocles, Bumba na Fofinha e um grupo de WhatsApp de clones da Joana Amaral Dias numa segunda-feira de cinzas.
    Isaltino Morais, figura quase mitológica da política autárquica nacional, uma espécie de Ulisses de Oeiras mas com mais rotundas e menos sereias, ergueu-se uma vez mais da pasmaceira nacional para nos entregar, com mão firme e voz de pai divorciado que já perdeu a guarda mas não a paciência, uma obra-prima da ironia. E fá-lo não num comunicado, não numa conferência, mas num vídeo que já deveria estar em exposição no Museu da Língua Portuguesa ou, na sua ausência, a passar em repeat nos cafés de Mem Martins.
    Isaltino olha para a câmara que o filma como quem contempla o boletim de voto, com a serenidade de quem já foi eleito mais vezes do que muitos sabem conjugar verbos, e pergunta, com o à-vontade de quem já não tem de agradar a ninguém para continuar a vencer: “Estás nervoso, Andrézito?” E o país treme. Porque ali, naquele diminutivo, naquele “Andrézito” dito com a elegância de quem já viu muitos opositores se exibirem, todos distintos, alguns memoráveis, outros mais discretos, como orcas a deslizar ao largo da Costa da Caparica, está condensado tudo o que muitos oeirenses sempre quiseram dizer, mas nunca tiveram cargo, coragem ou léxico afinado o suficiente para arriscar em público.
    E não se ficou por aí. No vídeo, Isaltino, com a calma de quem tem mais urbanizações licenciadas do que vogais abertas, dispara uma rajada de considerações que deixaria um puritano vitoriano a pedir água com gás e sais de frutos. Chama Ventura de tudo menos de bom como o milho, acusa-o de mentiroso, de cobarde, de monstrinho de feira política e insinua que só lhe falta andar com o ‘Livro de Estilo’ do Salazar debaixo do braço. Tudo isto com a serenidade de quem pede uma bica curta, paga em moedas de dois cêntimos e ainda exige fatura com contribuinte.
    E Ventura? Ventura reage como um gato molhado a quem chamaram caniche. Incha, indigna-se, sobe o tom, ameaça, faz-se vítima e, claro, responde. Porque a pior coisa que se pode dizer a alguém que vive da indignação como quem vive de pão sem côdea é que está nervoso. Dizer “Andrézito” é como atirar um balde de glitter a um touro. Dá espetáculo. E Ventura, mestre do circo político, não resiste a mais um número no picadeiro.
    Mas este duelo não é só entretenimento. É uma lição. Porque na política, tal como na boa literatura e nos jantares regados a vinho barato da malta que não desistiu do mestrado, as palavras certas valem mais do que mil PowerPoints. Dizer “Andrézito” em direto é como levar uma vacina na pila sem anestesia.
    Este vídeo já devia ser exibido nas escolas, estudado nos cursos de Ciência Política, citado nos discursos de Natal do Presidente do Supremo Tribunal Administrativo e, com alguma justiça poética, projetado antes dos filmes russos na Cinemateca. Porque enquanto uns gritam, outros escrevem. E depois há os que, como Isaltino, olham para a câmara, baixam a voz e perguntam “Estás nervoso, Andrézito?”, deixando o país a rir, a aplaudir e, no fundo, a agradecer por ainda haver quem saiba usar o português com a lâmina bem afiada.
    .
    (Vídeo completo aqui: https://streamable.com/qdoq32).
    (Imagem: Saturno devorando a su hijo, Francisco de Goya. Representação alegórica do momento em que a velha guarda política decide fazer um snack de ironia com recheio de populismo. Ventura é o filho. Isaltino, o Saturno. O país assiste, com pipocas e latim rudimentar.).
  • diagnósticos errados, o uso excessivo de medicamentos

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    Concordo em absoluto.
    “O psicólogo Guido Palomba oferece uma reflexão contundente sobre os diagnósticos apressados e a banalização de doenças como burnout, TDAH e depressão. Com uma crítica à psiquiatria ocidental e ao uso excessivo de medicamentos, Palomba alerta para a falta de um olhar mais humano nos tratamentos e destaca o impacto das redes sociais e da digitalização na saúde emocional. Em sua visão, a verdadeira solução não está no consumo desenfreado de remédios, mas na retomada das interações genuínas e no fortalecimento do apoio emocional nas relações humanas.
    Confira abaixo a transcrição adaptada da fala de Guido Palomba no programa Pânico.
    Hoje podemos falar sobre qualquer assunto, inclusive saúde mental. Dizem que o brasileiro é o povo mais ansioso do mundo. Isso é verdade? Não, não é. É um diagnóstico mal feito. O brasileiro até é bem tranquilo, o problema está nos diagnósticos errados. Isso acontece, não só na psiquiatria brasileira, mas na psiquiatria ocidental. Por exemplo, hoje, se você briga com a namorada, se está sem dinheiro para pagar as contas, ou até se perdeu o cachorro e está triste, é fácil que você receba um diagnóstico de bipolaridade ou depressão. Mas será que é isso mesmo? Não. Isso não existe.
    Romantizar essas condições também não ajuda. Vamos falar sobre o caso do burnout. Quando começou a se falar sobre burnout, era algo relacionado a viciados em drogas nos Estados Unidos, era uma gíria. Hoje transformaram isso em um diagnóstico. O protocolo do burnout é simples: você responde um conjunto de perguntas, soma os pontos, e dependendo do resultado, você é diagnosticado com burnout. Mas se qualquer um de nós aqui fizer esse protocolo, todos vamos ter algum grau de burnout, seja leve, moderado ou grave. Então, o que é isso? O que realmente é o burnout? O que existe, de fato, é a estafa, uma condição bem descrita desde 1777, mas não precisávamos dessa nova “inovação”.
    O grande problema está na banalização dos diagnósticos. Todos esses termos, como TDAH, autismo, e até o burnout, estão sendo usados de maneira superficial. Agora, as pessoas têm autismo e se sentem orgulhosas, mas será que o diagnóstico está correto? O que estamos vendo é uma banalização desses diagnósticos. Claro, as doenças reais existem, como a depressão, mas o diagnóstico precisa ser mais preciso. Infelizmente, muitas vezes, as pessoas recebem diagnósticos errados, seja por médicos mal preparados ou pelo excesso de protocolos.
    E, como paciente, você não sabe distinguir um bom médico. O diploma não garante que ele seja competente em diagnóstico. O erro médico acontece, mas é um erro de prática, não uma falha do paciente. O paciente precisa confiar no médico, mas como fazer isso sem saber se está realmente sendo atendido por um bom profissional? Esse é um grande dilema.
    Além disso, estamos vendo pessoas tomando antidepressivos e ansiolíticos desnecessariamente. Muitos são diagnosticados sem uma avaliação adequada, como crianças sendo medicadas com Ritalina por simplesmente não se adaptarem ao sistema educacional. Esse diagnóstico superficial está prejudicando muitos.
    A nova geração de estudantes está mais atenta a isso. Eles estão vendo que o uso excessivo de medicamentos e diagnósticos apressados não é a solução. Muitos psiquiatras hoje em dia estão tão focados em protocolos que deixam de ser terapeutas de verdade. Eles não olham para o paciente, não dialogam. Só seguem um script, o que é extremamente prejudicial.
    O número de suicídios entre jovens aumentou, e isso é alarmante. Mas o problema não é que os jovens querem se matar. O que eles não suportam são as situações que enfrentam: bullying, brigas, a pressão de estar sempre perfeito. Eles querem escapar da dor daquela situação, mas não sabem como. O suicídio não é uma busca pela morte, mas uma tentativa de escapar do sofrimento. O que os jovens precisam é de alguém que os ouça e que os ajude a enxergar outras alternativas, a lidar com suas dificuldades. Não é necessário um remédio, mas sim apoio emocional.
    E aqui entra a questão das redes sociais e da digitalização. A constante comparação nas redes sociais, a pressão para estar sempre bem e fazer mais, afeta muito a saúde mental. As pessoas estão constantemente se comparando com os outros, o que aumenta a autocrítica. Isso é ainda mais intenso nas novas gerações, que vivem o tempo todo nesse ambiente digital.
    Como sair disso? Eu acho que devemos voltar a viver de forma mais natural, mais simples. O problema não está na falta de remédios, mas na falta de apoio humano. Não podemos viver isolados, não podemos nos perder nas telas e na busca por validação online. O ser humano precisa de conexões reais, de interação, de apoio. O uso excessivo de redes sociais, a comparação constante e a pressão para alcançar um padrão irreal são prejudiciais. Precisamos redescobrir a importância das interações humanas genuínas e do autoconhecimento.
    Agora, quanto à inteligência artificial, ela é uma excelente ferramenta, mas ela não tem a inteligência abstrata que o ser humano possui. A inteligência artificial é útil para algumas áreas, como a radiologia, mas para áreas como psiquiatria, onde o ser humano precisa entender o contexto emocional e psicológico, ela é limitada. Não é “inteligência” no sentido real, é apenas uma ferramenta que trabalha com algoritmos baseados no que já existe.
    Então, em resumo, os diagnósticos errados, o uso excessivo de medicamentos e a falta de apoio emocional verdadeiro são grandes problemas na saúde mental. A solução não está em mais medicamentos, mas em uma abordagem mais humana, mais atenta ao ser humano como um todo. Precisamos de médicos e profissionais que realmente escutem, que realmente se importem. E as novas gerações estão mais conscientes disso, e talvez seja isso que nos dará a chance de fazer as mudanças necessárias.”
    Transcrição feita e adaptada pelo Provocações Filosóficas do trecho da participação de Guido Palomba no programa Pânico.

  • (eleições à vista) viver é uma canseira

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    viver é uma canseira abr 2025

     

    Li há dias numa parede grafitada que viver é uma canseira, quem o disse e recriou para a posteridade deve ter tido uma vida desastradamente monótona e desinteressante.

    A minha maior canseira foi chegar à 4ª idade com o cérebro de 25 anos e um corpo de 125.

    Nem queiram saber o rol de maleitas que surgem, umas atrás das outras num corpo aparentemente saudável e não muito escalavrado pelos anos. É esta canseira que ora me aflige pela expectativa daquilo que de pior ainda está por chegar.

    Sempre pedi à minha mulher que não me deixasse conhecer este estado civil de viuvez pois já pressentia as dores que traria.

    É precisamente agora que pareço ter perdido toda e qualquer réstia de paciência, para ouvir as promessas ocas dos políticos balofos, que nunca fizeram nada na vida a não ser venderem promessas vazias. E de eleição em eleição reciclam-se e prometem o que já tinham prometido e que tanto eles como os eleitores se esqueceram.

    E tudo aquilo que ainda não fizeram, em mandatos anteriores, será agora que vão fazer, até melhor do que seria de esperar dada a conjuntura, que, conjuntamente com a ingrata mãe natura, o clima, a economia, a guerra (qualquer uma, não importa), algumas potências estrangeiras, a globalização, o protecionismo ou outro qualquer asteroide impediram anteriormente que fosse realizado.

    Entre outras notícias de somenos importância desfilam pelos entediantes ecrãs da nossa realidade destilando palavras inócuas que parecem encher o mundo de bolas de cristal coloridas plenas de futuros acontecimentos inconseguidos.

    O tempo, esse mestre maior, acaba sempre por se ver livre dos seus seguidores e, mais cedo ou mais tarde, transita para outra dimensão onde deles jamais se ouvirá falar. Mas logo outros políticos de carreira surgirão para lhes tomar o lugar. Escrevo isto e lembro a história de Roma ao longo de séculos, e sorrio ao vê-la aqui reproduzida já no curto espaço da minha vida.

    Está aí mais uma eleição à sua espera, e de nada servirá o seu voto exceto para justificar que a democracia ainda é o melhor sistema de todos, apesar das suas fragilidades, desigualdades, iniquidades e abusos e se estiver numa fase da vida que é uma canseira, como eu estou, sabe bem que a autocracia e a ditadura ainda o fariam bem mais infeliz.