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  • AÇORES ENCERRAR AEROPORTOS E JÁ VAI TARDE

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    Casa do Almoxarife is at Aeroporto da Horta.

    3 hrsHorta

    Encerrar aeroportos açorianos!
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    Lei é lei até ser alterada, mas Vasco Cordeiro, com as consequências políticas e outras que essa posição lhe poderá trazer, assume, corajosamente, que ” vale a pena correr o risco de desobediência à legislação nacional”.
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    Apar do vizinho arquipélago da Madeira, o arquipélago dos Açores, em virtude da sua Autonomia Constitucional, é uma região portuguesa com estatuto diferenciado das restantes regiões do país.
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    Até que o governo da República decida alargar a regionalização a Portugal continental e a implemente, quer queiramos quer não, haverá uma diferenciação positiva entre os Açores e o continente português. Bom para os açorianos, menos bom para os continentais do interior e do litoral, mas a história fez-se assim e a culpa da não extensão da regionalização a todo o país não é da responsabilidade dos açorianos.
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    A situação dramática que se vive hoje com a perigosa pandemia que atinge o planeta, em geral, e o território nacional, em particular, com a agravante de já haver registo de um caso confirmado de coronavírus nos Açores, levou o Presidente do Governo Regional dos Açores, Dr. Vasco Cordeiro, a ver-se obrigado a ameaçar desobedecer ao governo da República, caso o Primeiro Ministro, António Costa, se mantenha teimosamente irredutível no que respeita a não permitir o encerramento dos aeroportos açorianos a voos do exterior, decisão que, vai-se lá saber porquê, do ponto de vista constitucional, cabe à República e não ao governo regional dos Açores.
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    Lei é lei até ser alterada, mas Vasco Cordeiro, com as consequências políticas e outras que essa posição lhe poderá trazer, assume corajosamente que ” vale a pena correr o risco de desobediência à legislação nacional”, uma vez estarem primeiro as vidas dos açorianos e residentes nos Açores e só depois questões meramente constitucionais. Diria mais, de excesso de soberania.
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    O facto é que está armado um diferendo entre os Açores e a República, com a Madeira pelo meio, que certamente se juntará aos Açores em idêntico protesto.
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    O caso da recente infetada pelo coronavírus, desembarcada nos Açores, possivelmente não teria acontecido caso António Costa ouvisse a voz da razão, quando Vasco Cordeiro, atempadamente, lhe apelou ao encerramento dos aeroportos açorianos. O arquipélago, até então, era uma zona limpa. A teimosia do Primeiro Ministro é, claramente, a única responsável por estarmos agora nas ilhas açorianas a braços com um primeiro caso de coronavírus e de haver fortes probabilidades de outros passageiros, que desembarcaram da mesma aeronave, estarem também contaminados.
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    Que sentido faz proibir o desembarque de passageiros vindos em navios de turismo quando deixamos desembarcar gente às catadupas nos nossos aeroportos? Fará isso algum sentido? É preciso não esquecer que o arquipélago é composto por nove ilhas, que tem apenas três hospitais, o que significa que seis ilhas têm somente centros de saúde. O que será se a epidemia se alastrar às ilhas sem hospital?
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    A Constituição não é perfeita e traduz certamente as limitações dos homens que a fizeram. Não pode prever tudo, nem parece prever exceções para momentos excecionais, mesmo que isto implique a morte dos cidadãos que pretende proteger. Respeitamo-la, contudo. Rejeitamos, como não podia deixar de ser, qualquer atropelo à Constituição, mas estamos satisfeitos quando, numa questão de vida ou de morte, o nosso Presidente arrisca a sua carreira política para nos ajudar a ultrapassar este momento excecional pela sua perigosidade.
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    Os açorianos, quero crer que na sua totalidade, estão ao lado do seu Presidente. Primeiro a vida, que é o bem mais precioso, o valor supremo. Sem vida, para que serve a Constituição? Queremos crer que futuramente a lei maior da República será revista por forma a poder dar resposta a imprevistos desta magnitude e gravidade, tendo em conta as diferentes geografias do território nacional.

    Visão

  • FÉLIX RODRIGUES, A distância social e o COVID-19

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    Partilha-se o meu artigo de opinião publicado no jornal Diário Insular de Hoje.

    A distância social e o COVID-19

    Temos que recuar aos anos 20 do século passado para recuperar o Modelo Epidemiológico SIR de Kermacke e McKendrick, para termos uma ferramenta que preveja o desenvolvimento de uma epidemia numa extensa população, à semelhança do que se passa com o COVID-19. As variáveis que aí se encontram permitem-nos entender como a infeção se liga a comportamentos e atitudes dos governos e da população.
    A redução da epidemia nesse modelo passa por estabelecer distâncias sociais adequadas e por outro lado tem em conta o número de pessoas que se vão tornando imunes. Isso não é válido neste momento para qualquer lado, exceto China e talvez Itália. Há quem aposte nas duas vertentes, equilibrando o número de infetados com o aumento do resguardo social. A diminuição da taxa de contactos sociais entre indivíduos ocorre normalmente aos fins de semana, onde as famílias estão mais em casa do que durante a semana. No mínimo dos mínimos devemos reduzir os nossos contatos a metade do que era habitual antes desta epidemia.
    Temos também que atender à distância mínima que devemos estar das outras pessoas, especialmente, quando tudo é aleatório. Essa distância mínima tem sido considerada de um metro, mas no modelo epidemiológico em análise isso corresponde a uma unidade, unidade essa que ainda não é muito clara. Assumamos então ser razoável no mínimo um metro.
    A natureza dos contatos sociais é muito diferente nos diversos grupos etários: Normalmente os mais novos têm maior frequência de contactos do que os mais velhos, daí que juntar mais novos com mais velhos claramente só aumenta a taxa de contacto entre todos os elementos dos grupos.
    Com o tempo, tudo isso tenderá para o equilíbrio, pois em média, todos tentarão não ser infetados, mantendo as distâncias de segurança e diminuindo os contactos sociais.
    Dependendo da virulência, e neste caso o COVID-19 é mais virulento que a gripe, as regras de higiene permitem não só que um simples indivíduo não fique doente, mas pretende essencialmente que não seja agente de propagação da doença à comunidade. Não é só uma medida de proteção pessoal mas também uma medida que visa diminuir o aumento dos focos. Restringir os contactos às pessoas que se conhecem, retiram dessa equação as infeções aleatórias, que são as mais frequentes.
    Havendo várias cadeias de transmissão, o isolamento profilático permite por exemplo que o marido possa acompanhar a esposa se ela ficar infetada, como se prepara para ser ajudado por ela quando ele próprio vier a ser infetado e ela curada, pois a probabilidade de tal acontecimento é mais elevada.
    Controlar entradas de pessoas infetadas numa região é aconselhável só até ao momento em que não existam vários focos de infeção num determinado local. Havendo vários focos de transmissão numa comunidade, o controlo de viagens não tem qualquer efeito e o fecho de fronteiras também não, a não ser que se tente evitar contágios noutros locais fora dessa região infetada, e nesse caso é pertinente que as outras regiões não estejam também elas no mesmo grau de infeção. Isso porque até os viajantes querem manter-se em níveis máximos de segurança e reduzem os contactos sociais e aumentam inconscientemente as distâncias de segurança.
    Apesar da epidemia estar a crescer em todo o lado, é facto que vai continuar a crescer, se não se mantiverem por alguma razão as distâncias de segurança e não haja uma diminuição do número de contactos. É óbvio que se isso não ocorrer naturalmente os governos vão implementar essas medidas. Os efeitos dessas medidas não se repercutem no imediato, no máximo podem ter efeitos semanas depois.
    Separar grupos infetados de não infetados é sem dúvida o procedimento normal, apesar de no grupo de não infetados poderem existir infetados.
    Perante o que se expôs, resulta desse modelo que se devem evitar contactos com desconhecidos, pois é aí que não há qualquer controlo de variáveis, mas isso pode implicar apenas e tão só manter-se a uma distância de segurança adequada.
    Se o afastamento social implicar um aumento de contactos, esse isolamento social deverá ser evitado e continuar-se com a atividade normal. Vejamos um exemplo: Um agricultor que trabalha apenas com um funcionário durante o dia, e vice-versa, se eles ao estarem em isolamento social estão em contacto com famílias numerosas, tal isolamento não é tão eficaz como se pode pensar. Essa situação é completamente diferente de quem tem contacto permanente com o público. Quem o tem, deve exigir a distância de segurança.
    Evitar ajuntamentos é manifestamente adequado, pois diminui drasticamente os contatos sociais e como tal este é um dos fatores mais importantes no controlo de uma epidemia.
    O que se passa com as infeções normais onde a taxa de infeção é usualmente 1, ou seja, uma pessoa infeta uma pessoa, o número de casos cresce inevitavelmente. No caso do COVID-19 essa taxa é de 2.2, o que significa uma pessoa infeta em média duas pessoas, implica que o seu crescimento é muito mais acentuado do que vimos nas últimas pandemias.
    É baseado neste modelo SIR e no seu número básico de reprodução de 2.2 que se afirma que o COVID-19 infetará 70% da sociedade. Tal cenário não acontecerá porque tal resultado não conta com os comportamentos das pessoas e dos governos, ou seja, assume que perante um cenário de infeção serão apenas algumas pessoas que começarão a assumir algumas distâncias de segurança até que praticamente toda a gente o faça numa situação de equilíbrio.Não conta com medidas políticas que poderão ser capazes de obrigar a que haja uma diminuição das taxas de contactos pessoais ou regras para as distâncias de segurança.
    Após contágio, a maioria dos casos manifesta-se em 5,1 dias, mas pode de facto vir a desenvolver-se até aos 14 dias. Por questões de elevado grau de segurança, os governos decretaram a quarentena de 14 dias. Há nesses valores, no primeiro caso, um certo conforto psicológico( 5,1 dias) e no segundo, um pragmatismo importante (14 dias).

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    • Ana Ferreira Muito obrigado pela sua delicadeza de,por outras palavras explicar o que se vai passando embora,alguns teimem em não perceber!É mau!Para eles e para nós!
  • Covid-19. Irão anuncia morte de um `ayatollah` e mais de 800 vítimas mortais

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    Fontes oficiais iranianas anunciaram que o ayatollah Bathaei-Golpaygani morreu esta segunda-feira, vítima do novo coronavírus. O Irão conta já com mais de 850 mortes relacionadas com o Covid-19, sendo o terceiro país do mundo mais afetado pelo coronavírus.

    Source: Covid-19. Irão anuncia morte de um ayatollah e mais de 800 vítimas mortais

  • Coronavirus Australia: Queensland researchers find ‘cure’

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    A team of Australian researchers say they’ve found a cure for the novel coronavirus and hope to have patients enrolled in a nationwide trial by the end of the month.

    Source: Coronavirus Australia: Queensland researchers find ‘cure’

  • Espanha intervém em hospitais privados para evitar colapso do sistema público de saúde por Covid-19 – Linha Direta

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    O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez decretou neste final de semana o estado de alerta para deter a propagação do coronavírus no país que aumentou rapidamente nos últimos dias. A Espanha não de…

    Source: Espanha intervém em hospitais privados para evitar colapso do sistema público de saúde por Covid-19 – Linha Direta

  • COVID-19 Updates: Canada

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    provides up-to-date information on the COVID-19, contact information, and numbers on confirmed cases are broken down by province and country around the world

    Source: COVID-19 Updates: Canada

  • REINO UNIDO A MORTE ANUNCIADA

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    Richard Zimler and 3 others shared a link.
    Vulnerable people should not be exposed to Covid-19 right now in the service of a hypothetical future, says William Hanage, a professor of the evolution and epidemiology of infectious disease at Harvard

    Vulnerable people should not be exposed to Covid-19 right now in the service of a hypothetical future, says William Hanage, a professor of the evolution and epidemiology of infectious disease at Harvard