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  • OSVALDO CABRAL SINAIS DE DEGRADAÇÃO

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    SINAIS DE DEGRADAÇÃO
    A candidatura de André Ventura às presidenciais de 18 de Janeiro veio baralhar o cenário político e é muito provável que tenha influência nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de Outubro.
    É sabido que a maior fraqueza do Chega é não ter mais ninguém sem ser Ventura, enfermando do mesmo problema o Chega-Açores, em que a figura do omnipresente José Pacheco trava a expansão do Chega.
    É neste sentido que as autárquicas vão ser interessantes, também aqui nos Açores, para se medir os sinais que o eleitorado vai dar com vista aos actos eleitorais seguintes.
    Quem anda na rua sabe que existe uma crescente insatisfação com a governação da coligação regional, mas também não se vê no PS de Francisco César a alternativa desejada.
    Os sinais parecem evidentes e a observação que nos parece mais clara no espaço público é que muitos eleitores já não querem saber da qualidade dos candidatos, mas antes a melhor forma de demonstrarem o descontentamento, de preferência na força política que mais protesta e fala a mesma linguagem das conversas de café.
    Para estes eleitores, que são cada vez mais, o voto no Chega de Ventura e Pacheco é um voto de catarse, de raiva e vingança contra os “velhos” partidos que não estão a perceber o que está a acontecer e que teimam em governar sempre da mesma maneira.
    Os erros e vícios acumulam-se atrás uns dos outros, como ainda agora aconteceu na última sessão plenária do parlamento regional, em que os deputados do Chega deram um baile às bancadas da coligação em dois temas muito mal geridos pela equipa de Bolieiro: a redução de despesas e da dívida pública e a trapalhada da cedência do complexo do Lajedo ao Santa Clara.
    As pessoas vão-se cansando desta degradação na política regional e a reacção mais básica é protestar juntamente com os que também protestam, à falta de criatividade e profundas reformas.
    É verdade que as eleições autárquicas são diferentes das outras, onde os partidos não estão no centro da decisão de cada eleitor, mas sim a credibilidade dos candidatos, o grau de proximidade e a apreciação pessoal no meio local.
    Por isso, vai ser interessante seguir o movimento dos eleitores no dia 12 de Outubro: ou mantêm a clássica posição de votar nos candidatos que acham mais adequados às suas freguesias e municípios (são as eleições onde há mais transferências de voto partidário), ou mandam às malvas a tradição e votam no Chega ou grupos independentes, só para demonstrarem a sua insatisfação com os partidos do sistema.
    Acho que não é de menosprezar a segunda hipótese, como parecem alguns candidatos incumbentes, até porque não é por acaso que o Chega apresenta-se a todos os municípios dos Açores, mesmo com candidatos “importados”, para capitalizar o tal descontentamento generalizado.
    As eleições não serão, assim, um passeio para os candidatos dos maiores partidos da Região.
    Vão ter que se aplicar e, muitos deles, certamente que preferem não ter ao seu lado os respectivos líderes.
    Seja qual for o resultado, uma coisa é certa: há cada vez mais sinais de degradação da vida política, os protagonistas são cada vez mais fracos e a linguagem utilizada, sobretudo no parlamento e no espaço público, é de uma mediocridade ainda mais degradante.
    ****
    GOVERNAR POR GRUPOS – É um clássico da governação em qualquer parte, mas com mais incidência nos Açores: quando não se tem capacidade para decidir ou realizar obra, cria-se um grupo de trabalho!
    Já perdi a conta do número de grupos e comissões nomeadas pela coligação regional para estudar inúmeros assuntos, sendo os mais ridículos a nomeação de grupos de trabalho para estudar o estudo que já está feito, como o estudo da ampliação da pista do Pico ou do serviço de transporte marítimo de carga.
    Na semana passada o Governo dos Açores nomeou mais dois: um Grupo de Trabalho para as pragas nas vindimas e mais uma comissão para avaliar o futuro do HDES. O primeiro é para estudar o óbvio, de que os vitivinicultores queixam-se há vários anos, e o segundo é para empurrar com a barriga as obras no HDES, que já deviam ter arrancado no primeiro semestre deste ano.
    Outros grupos e comissões que deambulam por aí, sem que se conheçam resultados: Grupo de Trabalho para desenvolver projecto-piloto para a semana de quatro dias; Dois Grupos de Trabalho para planear o rejuvenescimento e os novos modelos de organização do trabalho na Administração Pública Regional; Grupo de Trabalho para rever e melhorar o funcionamento das Comissões para a Dissuasão da Toxicodependência; Grupo de Trabalho para o Projecto Anel Interilhas (este sugerido à República); Grupo de Trabalho para avaliar os danos no HDES; Grupo de Trabalho Recursos Marinhos Não Vivos; Grupo de Trabalho para estudar eventual aumento de deportados dos EUA; Grupo de Trabalho para estudar um regulamento das touradas à corda; Grupo de Trabalho para a revisão do POTRAA; Grupo de Trabalho para estudar a figura do Cuidador de Crianças; Grupo de Trabalho para estudar o parque habitacional de Santa Maria…
    E não acaba aqui. Já nem faço referência à longa lista de comissões, que também é extensa.
    O grupo de trabalho sobre as pragas bem poderia estudar, também, esta praga.
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    GANÂNCIA – Os bancos portugueses andaram a enganar a população durante mais de uma década, trocando entre si informações confidenciais sobre taxas de juro, empréstimos e comissões, para combinarem uma concertação de preços.
    A garotice foi descoberta pela Autoridade da Concorrência e os tribunais condenaram a banca a uma multa ridícula de 225 milhões de euros, que acabou por ser prescrita devido ao lindo sistema judicial que temos no país das maravilhas.
    Ao “cartel da banca” seguiu-se o “cartel da distribuição”, outra praga que merecia um Grupo de Trabalho, que também apostou na combinação de preços, sendo condenado a 700 milhões de euros, que deverão ter o mesmo destino da banca..
    Se o Estado português é o primeiro a dar o exemplo de incumprimento para com os cidadãos, onde tudo falha, não é surpresa que os grandes privados sigam a banda no país dos brandos costumes.
    Os consumidores, como sempre, é que se lixam!
    Osvaldo Cabral
    Setembro 2025
    (Açoriano Oriental, Diário Insular, Portuguese Times EUA, LusoPresse Montreal)
  • DECO vence ação judicial contra operadoras de telecomunicações – Notícias ao Minuto

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    A DECO venceu uma ação judicial contra a Meo, Nos e Nowo que poderá levar à devolução de 40 milhões de euros a clientes por aumentos de preços entre 2016 e 2017, segundo a associação de defesa do consumidor.

    Source: DECO vence ação judicial contra operadoras de telecomunicações – Notícias ao Minuto

  • avião: viajar de pé em 2026

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    Próximo t
    May be an image of 5 people and text that says "STANDING FLIGHTS STANDINGFLIGHTSCOMING COMING SOON AIRLINES PLAN STANDING SADDLE SEATS to PACK MORE PASSENGERS ON SHORT FLIGHTS BY 2026."
    Airlines are considering a radical new seating design that would allow passengers to fly almost standing. The concept, called Skyrider 2.0, replaces regular seats with upright saddle-style chairs that reduce space between rows from around 30 inches to about 23 inches.
    This design could increase passenger capacity by nearly 20 percent and lower aircraft weight, helping airlines cut fuel costs. The seats are aimed at short flights, up to two hours. However, regulators have not yet approved them, and no airline has officially confirmed they will launch by 2026. Safety and comfort remain major concerns.
    If implemented, the change could reshape the low-cost flight market, but travelers may face tighter conditions than ever.
  • recado ao pedro

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    RECADO AO PEDRO
    Eu vou-te avivar a memória, já que não te lembras daquilo que fizeste quando eras Primeiro Ministro.
    A primeira medida que tomaste foi o aumento do IVA, recordas?
    Dessa medida resultou a falência de milhares de PMEs e o desemprego de milhares de trabalhadores.
    Milhares de pequenos empresários ficaram sem meio de vida, cheios de dívidas viram-se obrigados a entregar casas aos bancos e a pedir esmola.
    Conheci vários que se mataram dentro das empresas em desespero porque como eram empresários nem direito tinham a um subsídio de desemprego.
    O desemprego disparou para níveis nunca vistos neste país.
    As IPSSs, a Cáritas e outras organizações de Solidariedade Social não tinham mãos a medir para atender pedidos de ajuda de famílias inteiras que sem apoios da Segurança Social estavam a passar fome e desesperadas sem conseguirem fazer face ás despesas básicas.
    Milhares de famílias foram atiradas para a rua, despejadas das suas casas pela Banca, por senhorios e pelas Finanças através de penhoras por dívidas ao Estado, quando muitas dessas dívidas eram de valor inferior ao valor real das habitações.
    Depois vieram os cortes nas pensões de reforma, no complemento solidário para idosos, nas pensões de viuvez, nos abonos de família e nas pensões não contributivas como por exemplo no RSI que cortaste a torto e a direito sem olhar a quem e sem apelo nem agravo.
    Aumentaste o IMI, começaste a cobrar IUC sobre veículos independentemente de estarem ou não em circulação, chegando ao ponto de cobrares esse imposto a quem nem carro tinha ou sobre veículos já abatidos há anos.
    Aumentaste impostos na gasolina, no gasóleo, no tabaco, nas bebidas alcoólicas, aumentaste as portagens e todos esses aumentos foram reflectir-se no aumento do custo de vida que como é óbvio foi mais sentido pelas classes sociais mais frágeis e carenciadas.
    Criaste as taxas moderadoras e com essa medida muitos idosos deixaram de ir ao médico ou aos hospitais.
    Fechaste Centros de Saúde, Maternidades e Hospitais e muitos idosos morreram por falta de assistência médica, mas também jovens e parturientes morreram por falta de cuidados médicos.
    Doentes oncológicos viram as suas cirurgias adiadas e sem cuidados continuados.
    Doentes crónicos ficaram sem médicos de família e sem comparticipação em medicamentos imprescindíveis ao tratamento das suas doenças.
    Lembras-te dos doentes com Hepatite C a quem negaste um medicamento que podia salvar vidas e mesmo curar?
    Deu até azo a manifestações populares na AR que a tua amiga Assunção Esteves reprimiu e mandou deter alguns doentes que se manifestavam indignados e com razão!
    Não eram suicidas mas tu querias bem lá no fundo que fossem para poupares algum. Fazia-te jeito para ficares bem visto perante a Troika e a tua amiga Merkele.
    Fechaste escolas e fizeste dos professores e das suas vidas gato sapato, obrigando-os a andar em Bolandas sem saberem o que fazer e onde ir!
    Mudaste Freguesias, alteraste comarcas, encerraste Tribunais e deste com os juízes e advogados em doidos com a porcaria do sistema Citius todo baralhado.
    Esqueceste essa cena?
    Eu lembro-te.
    Dessa confusão resultaram prejuízos para empresas, para cidadãos e para todo o país que nunca mais se vai recuperar!
    Pais que perderam a guarda dos filhos conheci 19, 5 mataram-se.
    Fora os que não conheço e olha que não conheço muita gente.
    Mães que se viram sem as pensões de alimentos por culpa da baralhada com o Citius foram milhares.
    Uma era professora e o filho era deficiente.
    Atirou-se da varanda de um hotel.
    Mas também houve mães que envenenaram os filhos e a seguir mataram-se porque não tinham nem emprego nem apoios e nem ajuda de psicólogos.
    Sabes Pedro, moro em Almada.
    Fui obrigada a vir morar para aqui.
    Não, não foi culpa tua.
    As coisas neste país já não estão bem há muitos anos.
    Realmente apanhaste o país num grande caos económico, mas mesmo assim se fosses honesto e um bom gestor terias evitado cortar onde mais doeu!
    Os cortes atingiram os mais fracos e para recuperar um país começa-se por por ordem nas finanças públicas cobrando impostos aos que não pagam.
    Mas para o fazeres, para cobrares aos que sempre fugiram aos impostos terias de começar por ti, não é assim?
    E depois os teus amigos e financiadores não iriam gostar nada de terem de alargar os cordões à bolsa.
    Mas como te dizia, vim viver para Almada há uns anos e sabes, aqui temos uma Ponte onde todos os dias durante o teu governo assistimos a muitos suicídios.
    E também temos o Metro que não é subterrâneo, é como um eléctrico sabes?
    Pois volta e meia para não dizer uma a duas vezes por semana, lá se tinha de chamar o INEM por causa de um velhote ou velhota que “escorregava” e caía à linha!
    E quantos eu vi a chorar de vergonha por serem apanhados no supermercado a guardar uma lata de salsichas ou de atum na mala ou num bolso do casaco!!
    E outros a sairem da farmácia sem aviar a receita porque a reforma tinha encolhido e os filhos tinham-se mudado lá para casa e estavam desempregados e sem subsídios de desemprego!
    Sabes Pedro, sabes qual é o teu mal?
    Teres tido um pai fantástico e uma mãe que tudo te desculpou.
    Os anos de cabulice, as más notas no liceu, as noitadas na vadiagem, a vida boémia, as drogas, a pouca ou nenhuma vontade de estudar ou trabalhar e a falta de respeito por toda a gente.
    Tu não tens noção da quantidade de vidas que deste cabo ao longo da tua vida, não só nos quatro anos em que te tivemos de aturar como Primeiro Ministro, mas desde que te conheci quando vivias na Rua República da Bolívia.
    Tenho pena de não ter adivinhado naqueles anos naquilo em que tu te irias transformar!
    A sério Pedro.
    Naquele dia em que chamei a PSP de Benfica e evitei que a malta do Bairro do Charquinho te desse um arraial de porrada, se eu tivesse adivinhado no que te irias transformar, eu tinha fechado os olhos e fingido que te tinhas atirado da varanda do quinto andar.
    Teria evitado tanta coisa, até ouvir as alarvidades que continuas a atirar pela boca fora.
    Tantos anos depois e continuas a ser o mesmo chulo que conheci na nossa adolescência e juventude.
    Olha Pedro, queres um conselho?
    Reforma-te da política e mete uma rolha na boca ou um dia destes apareces suicidado nalguma esquina da vida.
    É que nem todos os que te conhecem bem são tão pacíficos e compreensivos como eu e como a malta que te aparou as pancas lá em Benfica, tu sabes bem na casa de quem.
    Espero que a Laura recupere depressa da maldita doença.
    Ela não merece tanto sofrimento!
    E se um dia nos voltarmos a cruzar nalguma rua de Lisboa vira o rosto, para que eu não me sinta tentada a sujar as minhas mãos na tua cara.
    É que eu tentei duas vezes o suicídio por tua causa quando me vi atirada para a rua sem qualquer apoio e a lutar contra o cancro e sem ajuda psiquiátrica.
    Não acertei na dosagem.
    Não tinha de ser.
    Quem sabe o que a vida me reserva?
    Talvez me reserve a felicidade de te ver a ti Pedro e aos teus amiguinhos (tu sabes a quem me refiro) atrás das grades e a pagares pelos milhares de vidas dos que se suicidaram ou tentaram em desespero por vossa causa!
    Assino o nick com que me conhecias: Nini Nilo.