zimler e quintanilha

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“Os meus pais não eram nada preconceituosos. Não disse que era gay, não existia essa expressão quando tinha 16 anos. Disse aos meu pais que estava apaixonado por um homem e que não percebia. Não havia role models [exemplos] para isso. O meu pai disse-me que não era uma coisa que ele percebesse, mas que se isso me preocupava podia arranjar uma pessoa com quem eu pudesse falar. E fui falar com um psiquiatra, duas vezes.
Só para situar: isso passa-se em Moçambique, há 50 anos, e o seu pai é um prestigiado biólogo.
Na primeira vez em que estive com esse homem extraordinário, dei-lhe a ler um diário meu. Estava convencido de que era uma obra-prima da literatura [riso]. Na sessão seguinte, entregou-mo e disse: “Você está apaixonado. Isso é uma sensação maravilhosa. Devia estar satisfeito por estar apaixonado”. Eu não tinha a certeza se era mesmo gay ou se era bi. A minha mãe, a única coisa que me disse foi: “Quero é que sejas feliz”.”
Todos os pretextos são bons para voltar a esta entrevista com o Alexandre Quintanilha e o Richard Zimler. Ainda mais quando crescem as formas de fascismo, o discurso do ódio e da intolerância. Que grande lição de amor nos dão, os dois: https://anabelamotaribeiro.pt/alexandre-quintanilha-e…
Alexandre Quintanilha venceu o grande prémio Ciência Viva 2020. Parabéns!
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