zezé camarinha, o algarve é uma nação

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Zezé Camarinha: o Algarve é uma nação.
Num guia de viagens sobre Portugal continental, publicado em meados do século XIX, o pastor anglicano John Mason Neale ainda definia o Algarve como um lugar à parte, “o mais pequeno reino da Europa”.
Com cerca de 160 por 40 quilómetros, o território, de facto, não era nem é vasto, pouco mais de cinco mil quilómetros quadrados.
E a noção de que constituía um reino autónomo fundava-se numa evidência histórica: os cristãos só assumiram o seu controlo em 1229,
ao fim de 500 anos sob o poder do Califado Omíada e dos Estados que lhe sucederam,
e depois seria associado ao reino de Portugal mas não absorvido por este.
Até finais do século XVIII cobravam-se impostos sobre as importações e exportações feitas entre a sua fronteira e o resto do país
e até 1809 o Algarve teve o seu próprio governador-geral, como se fosse uma colónia do Brasil ou das Áfricas.
A geografia e o clima, a singularidade da vegetação autóctone e as tradições próprias da exploração e do uso da terra, assim como a original arquitectura e os costumes das gentes, contribuíram também para diferenciá-lo no contexto mediterrânico, inclusive do seu vizinho Alentejo,
e para fazer dele um território “tão africano quanto europeu”, como dizia um geógrafo norte-americano ainda nos anos 60,
ou um “país extra-europeu”, nas palavras do escritor Júlio Lourenço Pinto em monografia publicada em 1894 (cf. Ricardo Costa Agarez, A Construção do Algarve, 2023, pp. 33-34).
Não por acaso, sempre que se fala da regionalização do país é o Algarve que logo nos acorre ao espírito, como nesga de terra mais apta à consumação daquele intento criminoso, eterna e felizmente adiado.
O turismo e as vias de comunicação aproximaram o Algarve do todo de que faz parte, tornando-o mais português e mais europeu,
mas, ainda assim, persistem traços da autarcia antiga de génese mourisca.
E se a explosão turística aprofundou os laços com o país e o mundo, contribuiu de igual sorte, e paradoxalmente, para adensar uma identidade própria,
já não baseada nos figos e nas açoteias, ou nas noras e nas alfarrobas, mas na monocultura do turismo de massas, barato e em quantidade.
Para albergar tanta gente construiu-se à farta e sem rei nem roque, sobretudo sem cultura nem educação,
assim se destruindo o litoral de uma ponta à outra, salvo honrosas e muito limitadas excepções.
Agora é tarde para arrepiar caminho e refazer tudo de novo, até porque isso implicaria a implosão de vastas zonas de edificado, horrível e calamitoso.
O cidadão Domingos Felisberto, que adoptou o nome artístico ou profissional de Zezé (ou Zézé) Camarinha, nascido em 16 de Outubro de 1953, tem sido o rosto mais visível dessa transformação do Algarve,
o homem que melhor exprime e simboliza os caminhos trilhados pela região nas últimas décadas (os que duvidam do que dizemos sugiram um nome alternativo: quem?).
A sua trajectória de vida irmana-se, de facto, com a da terra onde nasceu,
pois, à semelhança desta, também ele foi abandonando os sucessivos empregos que teve para se dedicar a um modus vivendi mais fácil e prazeroso,
passado na praia ao lado ou em cima de turistas estrangeiras de várias nacionalidades.
“Nasci numa família pobre”, diz ele, acrescentando que passou os primeiros anos de vida no Alvor, onde seu pai era comerciante de peixe, trabalhando de sol a sol, e a mãe fazia limpezas numa pensão da Praia da Rocha.
Com duas irmãs mais novas, uma das quais morreu aos nove anos de um problema de coração, foi mandado em criança para Faro, onde morava uma tia solteira, senhora de algumas posses,
em casa da qual encontrou, “para além de uma vida mais condigna e sem miséria, o carinho que não recebia dos meus pais”.
Estes, sobretudo o pai, “nunca foram de demonstrar grandes afectos”, frase que talvez permita encontrar uma chave freudiana para os seus comportamentos futuros.
Só visitava os pais durante as férias de Verão, mas mesmo então a mãe deixava-o sozinho na praia o dia inteiro, enquanto trabalhava na Residencial Pinguim,
um estabelecimento adquirido por um casal de ingleses nos anos 60 e que, curiosamente, muito expressivamente, no ano 2000 veio queixar-se ao Ministério do Ambiente, sem sucesso, do ensurdecedor ruído proveniente dos estabelecimentos limítrofes, a saber: Katedral, Nicho, Diagonal e O Outro Bar.
Zezé era, nas suas próprias palavras, uma “criança solitária”, deixada ao deus-dará no areal, sem amigos e afectos, sem nada que o estimulasse.
Para matar o tempo, observava as actividades venatórias dos mais velhos junto das inglesas, sonhando ser como eles,
os mangas que davam toques de bola à beira-mar e a seguir corriam pelo mar adentro, com mergulhos acrobáticos e mortais de costas na água rasa.
Na escola, não gostava de estudar, odiava os professores e os seus tiques autoritários e já então era um rebelde,
o que talvez explique ter concluído a 4.ª classe somente aos 13 anos de idade, não passando daí.
A mãe, claro, pô-lo a trabalhar.
Zezé ainda disse que gostava de ser baterista, mas, na ausência de dinheiro para comprar o instrumento, foi para aprendiz de mecânico.
À época, esclarece, já tinha perdido a virgindade com uma empregada da tia, que, tinha ele 11 anos, foi a sua “professora privada” nas artes do amor e do sexo,
talvez somente deste último, já que, confessaria ao Goucha, só se apaixonou e namorou pela primeira vez quando já tinha 30 anos, ou mais.
Na oficina, não suportava as ordens do encarregado e cedo deixou de aparecer,
tanto mais que um dia, quando ia de bicicleta para o trabalho, foi desviado por duas jovens residentes no aldeamento de Três Bicos, que o chamaram da janela, disseram-lhe para subir e dele fizeram o que quiseram.
Tomou-lhe o gosto, voltou no dia seguinte e depois nos outros, até que a mãe percebeu que ele não ia ao trabalho e deu-lhe uma coça valente, daquelas de criar bicho.
Aos 14 saiu de casa, foi viver para a praia, enrolado numa manta.
Às noites, pela madrugada fora, caçava passarinhos para vender na manhã seguinte nas tascas e nos restaurantes locais.
Começava aí a sua vida de praia e de expedientes.
No Inverno, ia trabalhar para o golfe, como caddy, na mira das bolas e das gorjetas, ou como apanhador dos pinos do bowling da Praia da Rocha.
Saltou de emprego em emprego, ainda trabalhou uns tempos nas obras, ajudando a edificar “muitos dos prédios que hoje estão em frente ao mar aqui na Praia da Rocha”, porventura o seu maior crime.
Um dia, no encalço de um amor, viajou até Paris, à boleia, mas o pai da amada descobriu que era menor e pô-lo dali para fora com guia de marcha do consulado.
Descobriu então o ofício de passador de clandestinos para o estrangeiro, fosse dos que queriam fugir à tropa, fosse dos que queriam apenas conhecer o mundo civilizado.
Por cada um ganhava 300 escudos, um bom dinheiro para a época.
Fez disso o seu modo de vida.
Depois pouco se sabe sobre que profissão abraçou ou que negócios teve.
A sua autobiografia (O Último Macho Man Português: Zézé Camarinha, Publicações Dom Quixote, 2008) alude a uma incursão no whisky a martelo e no aluguer de umas máquinas de venda de amendoins e pistáchios na Praia da Rocha,
mas prefere concentrar-se no relato das muitas sucessivas conquistas de mulheres estrangeiras.
Ainda assim, Camarinha garante nunca ter vivido à conta das suas amantes, que foram muitas e variadas, por vezes duas ou três por noite.
Zezé Camarinha iniciou o seu percurso de “macho latino” (ou, como ele prefere, de “macho man português”) nos alvores da década de 70, antes da SIDA e dos preservativos, o tempo do “escape livre”, como o designa.
É contemporâneo, portanto, de uma época em que às estâncias balneares do Sul da Europa se associava a ideia de uma intensa liberdade de costumes e até de desbragados excessos,
patentes em livros como Filhos de Torremolinos, de James Michener, saído em 1971, ou numa saga bizarra de filmes germânicos, todos pavorosos: Summer Night Fever, de 1978, Die Schönen Wilden von Ibiza/Beldades Selvagens de Ibiza, de 1980, Sunshine Reggae auf Ibiza, de 1983, just to name a few.
Imaginário que, como é sabido, ecoou num célebre e famigerado acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, proferido em 1989,
que não só se referiu ao Algarve como a “coutada do macho ibérico” como o descreveu como “uma zona de turismo de fama internacional, onde abundam as turistas estrangeiras com comportamento sexual muito mais liberal do que o da maioria das nativas.”
Na verdade, e além da droga e do álcool, o sexo, ou a promessa dele, constituía – e constitui – um dos principais ingredientes de férias de praia e um dos mais apelativos chamarizes ou cartazes das zonas turísticas costeiras.
Sea, Sex and Sun foi o título de uma inenarrável canção de Serge Gainsbourg, datada de 1978, e que hoje, provavelmente, não passaria no crivo do politicamente correcto.
Com o tempo, a expressão converteu-se num conceito académico, usado nos estudos sobre turismo,
objecto de teses universitárias que analisam realidades tão fascinantes como a “erotização do lazer” no período estival,
as diferenças entre “turismo sexual” e “turismo de romance” ou entre “empresários do romance” (enterpreneurs in romance) e “amantes românticos” (romantic lovers),
a acção dos “caça-gringas” das praias do Nordeste brasileiro ou dos beach boys e gigolôs de todo o mundo.
Em Sun, Sand, Sea and (of course) Sex. Práticas e Representações da Sexualidade e da Intimidade em Contexto Turístico no Algarve, interessantíssima dissertação de doutoramento apresentada em 2021 na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve,
a socióloga Milene Lança conclui, curiosamente, que a esmagadora maioria dos turistas que visitam o Algarve não o fazem motivados pela promessa de sexo ou de romance e que, ao contrário do que sucede noutras partes do mundo, o Algarve não é um destino de turismo sexual ou de romance.
De acordo com o inquérito feito por aquela investigadora, na esteira dos trabalhos de autores como João Filipe Marques ou Fernando Bessa Ribeiro,
a maioria dos encontros sexuais e românticos que ocorrem no Algarve emerge no contexto da conjugalidade ou de relacionamentos estáveis
e, mesmo entre os jovens, é reduzida a rotação de parceiros, desde logo porque o período de permanência entre nós é relativamente curto, em média 12,2 dias.
São os homens, claro está, os que mais ambicionam ter um ou vários novos relacionamentos nas férias,
enquanto as mulheres idealizam o tempo estival como uma oportunidade de passar mais tempo com os seus parceiros habituais.
Do ponto de vista das nacionalidades, os irlandeses, os portugueses e os alemães são os que menos mudam de parceiro nas férias e no quotidiano,
os holandeses e os ingleses mantêm em férias o padrão de rotação do quotidiano
e apenas os espanhóis são os que mais trocam de parceiros durante as férias.
Outro dado interessante, surpreendente: é entre os adultos e os seniores que as férias no Algarve contribuem, e de forma inequívoca, para aumentar a frequência da actividade sexual;
nos mais jovens, curiosamente, o ritmo da actividade sexual não é intensificado pela experiência turística.
Como se vê, uma paisagem erótica muito distinta daquela que Zezé Camarinha descreve,
o que não significa, naturalmente, que esteja a mentir-nos,
podendo até confirmar, porventura, o seu superior talento na arte de seduzir turistas
(ou a apetência destas em ser seduzidas por um homem como ele, de tanga e tatoo, o que talvez diga alguma coisa sobre o perfil socioeconómico e cultural dos turistas que nos frequentavam e frequentam).
Saber se Camarinha mente ou não é totalmente irrelevante e secundário, já que ele interessa muito menos pelas suas aventuras românticas ou sexuais do que como metáfora da região onde nasceu e vive,
a qual, como ele, desistiu de ter uma actividade produtiva para além do turismo e dos estrangeiros,
de que foi exemplo a desastrosa e pacóvia campanha promocional “Allgarve”, lançada em 2007 pelo ministro Manuel Pinho e com poucos ou nenhuns resultados.
O turismo representa cerca de 66% do PIB regional e ocupa mais de 60% da população activa do Algarve, dados de 2018.
A região é hoje a segunda mais rica do país, logo seguida de Lisboa e Vale do Tejo,
e, para os saudosistas do Algarve das açoteias e das praias vazias a perder de vista, para os nostálgicos do tempo passado, anterior à construção desenfreada e ao turismo de massas, importa recordar que entre 1950 e 1970 o Algarve perdeu 18,3% da sua população residente, que literalmente fugiu da miséria ali reinante em busca de melhor vida.
Falam os especialistas, a este propósito, de “geografia das oportunidades perdidas”, no que estão carregados de razão.
Também em Camarinha, a pobreza como raiz de tudo: “Tive uma infância complicada, passei um mau bocado”, confessou Zezé a Diana Chaves e a João Baião, no Casa Feliz, da SIC, em 29/20/2020.
É esse justamente o problema, dele e do Algarve: Zezé fala no “chamamento da praia”, que o desviou dos estudos e do trabalho, em prol de uma vida mais fácil, em maratonas de sexo, gozando o sol do Sul,
tal qual a região onde nasceu, que, depois de ter apostado tudo no betão e no modelo “sol e praia”, procura agora alternativas de qualidade sem conseguir livrar-se da sina da massificação e dos preços módicos:
de acordo com o Barómetro do Custo de Férias do Reino Unido, o Algarve é a segunda zona balnear mais barata da Europa, com um custo médio diário por turista, excluindo o alojamento, de 65,11 euros,
bem diferentes dos 149,29 euros de Ibiza ou dos 160 euros de Sorrento.
A alternativa, de facto, seria melhorar a oferta e subir os preços, mas tal implicaria afugentar os turistas portugueses sem garantias de obter em troca mais visitantes estrangeiros, sobretudo os de mais altos níveis de rendimentos.
Num conhecido e inquebrável ciclo, a pobreza impôs o barato, o betão desmesurado, ficando enredada e sequestrada nele, eternamente.
Como uma mancha de óleo ou mau olhado ancestral, o fenómeno alastra agora pelo país fora, com Lisboa à cabeça, sendo eloquente sinal de atraso – e do primitivismo das lideranças.
***
A televisão deu uma segunda vida a Zezé Camarinha/Domingos Felisberto, trazendo-lhe a fama e, espera-se, algum proveito.
Chega a dizer, com exagero, “posso avisar que sou um dos impulsionadores da TVI e do José Eduardo Moniz.
Foi graças a mim que tiveram a maior audiência daquele Verão em que me visitaram”,
mas o facto é que, quando Zezé apareceu, um país inteiro entrou em delírio com as suas boçalidades misóginas e homofóbicas e com as suas calinadas de inglês de praia,
as quais lhe valeram, entre o mais, ser rosto de uma campanha publicitária de uma escola de línguas (cf. “Camone desenrascate o beef: o regresso de Zezé Camarinha”, Diário de Notícias, de 13/7/2020).
Hoje, quando o vemos e ouvimos, interrogamo-nos como foi possível alguém tão desinteressante e sem graça ter sido alcandorado ao estatuto de estrela da televisão,
o que se explica por ter sido descoberto e lançado numa altura em que a SIC e a TVI, em guerra de audiências, promoveram o “sexo desinibido” como forma de conquistar espectadores,
de que foram exemplos programas com títulos sugestivos como Na Cama com… (Alexandra Lencastre), ou Sex Appeal (com Elsa Raposo),
para não falar dos reality shows Big Brother e O Bar da TV, o pior de todos, produção de Ediberto Lima.
Zezé Camarinha não só não destoava deste panorama como trazia consigo um suplemento de autenticidade popularucha e era, no fundo, uma versão sexualizada e 2.0 do Zé Povinho de Bordalo.
Na sua existência há, pois, duas etapas distintas: aquela em que praticou sexo com mulheres estrangeiras e, depois, aquela em que falou do sexo que antes praticara com mulheres estrangeiras.
Sendo homem de um tema só, portanto, não tardou muito em que se esgotasse, ficando tão-só a memória, pintada nos WC, do “Joseph from Praia da Rocha with the moustache”.
Hoje, muitos encaram-no tão-só como um pobre diabo, que assumiu uma persona de macho alfa, sendo incapaz de se libertar dela.
Outros vêem-no como a quintessência da alarvidade, rótulo que não parece incomodá-lo e para o qual, aliás, tem contribuído com inúmeras tiradas do pior mau gosto ou bazófias como “eu sou o rei da Praia da Rocha, o playboy dos playboys”.
Actualmente retirado do mercado sexual, mantém negócios variados, sendo até caracterizado como “empresário algarvio”.
Até há pouco explorava uma gelataria e dois comboios turísticos
e, no plano sentimental, assentou com Tatiana, uma ex-modelo ucraniana que conheceu quando ele ia comprar pão e lhe disse “hello” na rua.
Vive com ela e um cão e, garante, é realizado e feliz.
Tem dois filhos de duas mulheres diferentes
(o Joel, de uma finlandesa, e a Lisa-Jane, de uma irlandesa)
e um adoptivo, de Tatiana,
mas admite poder ter alguns mais, fruto da sua vida passada, em que “as mulheres vinham cá para cruzar”.
Tem-se envolvido em polémicas várias: com Bruno de Carvalho, cujo casamento tentou invadir para lhe dar uma chapada na cara, segundo disse (mas uma chapada “de mão aberta”, nem sequer “de mão fechada”, especificou);
com José Castelo Branco, a quem chamou “ladrão”;
com Duarte Siopa, Filipa Castro e Ágata Rodrigues, o que obrigou à interrupção de um programa em directo da CMTV;
com Adriano Silva Martins, a quem chamou “rabinossauro” depois de aquele comentador da CMTV e especialista em “assuntos de realeza” ter dito de Teresa Guilherme: “Se esta estúpida volta a dizer qualquer coisa, eu parto-lhe os dentes”;
com Cláudio Ramos, depois de este ter acusado Lili Caneças de possuir “duas caras” (na verdade, tem só uma, mas parecem duas, de facto).
Esteve em guerra judicial com a irmã, a quem acusou de burla, rapto e maus-tratos à mãe octogenária,
e, ao que parece, meteu também um processo a Ricardo Araújo Pereira, coisa que não se faz.
Talvez este frenesi polemista e judiciário seja uma prova de vida, a única forma que o antigo concorrente do Big Brother VIP encontrou para se manter à tona de água e na ribalta dos “famosos”.
O facto de ser uma celebridade nacional diz-nos pouco sobre ele mas muito desta nação.
* Prova de vida (22) faz parte de uma série de perfis.
António Araújo (historiador).
Jornal Diário de Notícias, 3 de Dezembro de 2023.
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Carlos Nery

Ninguém lê, aqui, um texto tão longo!
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Luis Almeida Pinto

É só para quem quiser, Carlos Nery. 😊
Embora tenha razão, mas o texto é interessante.
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