ZECA MORREU HÁ 36 ANOS

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ZECA AFONSO ( 1929-1987)
Hoje, 23 de Fevereiro de 2023 passam 36 anos sobre a morte de José Afonso – Zeca Afonso.
Símbolo da resistência ao regime que escureceu o país e o povo, Zeca Afonso foi e sempre será recordado como um grande poeta, como o reconstrutor da palavra pública ensaiada em canções que nos iam transmitindo uma crítica intensa sublinhada por maravilhosos acordes que todos nós, os desta geração, sabemos cantar de memória.
Toda a vida de Zeca se passou num desenhar fiel e constante de um perfil colectivo que tardava em vingar, num foco de luz a iluminar a dimensão política possível.
E, sempre pelos poemas e pelas canções, nos inúmeros álbuns que gravou, o país e a Europa foram tomando consciência da inutilidade e da incompreensão daquele regime opressor, maldito.
Quem poderá algum dia esquecer “Os Vampiros” ou “O Menino do Bairro Negro” com letras inspiradas na miséria nacional que, desde o norte ao sul, apontavam a miséria e indigência social e cultural? Quem poderá algum dia esquecer “Grândola Vila Morena” entoada até à exaustão, do mesmo modo como se agitou a bandeira da liberdade no dia 25 de Abril de 1974?
Um herói inesquecível, uma atitude que não se esquece, de dádiva permanente e alerta constante; uma vida de dura luta em todas as direções, esse percurso de Zeca Afonso que tão cedo nos deixou.
Acredito não haver ninguém que não conheça a sua poética, as suas canções, a fibra de resistência e a força que o marcou. Essa força que nos transmitiu para sempre.
Zeca Afonso nunca será esquecido.
(e poucas lamechices nos discursos, que era uma coisa que ele detestava.)
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ZECA AFONSO ( 1929-1987)
Hoje, 23 de Fevereiro de 2023 passam 36 anos sobre a morte de José Afonso – Zeca Afonso.
Símbolo da resistência ao regime que escureceu o país e o povo, Zeca Afonso foi e sempre será recordado como um grande poeta, como o reconstrutor da palavra pública ensaiada em canções que nos iam transmitindo uma crítica intensa sublinhada por maravilhosos acordes que todos nós, os desta geração, sabemos cantar de memória.
Toda a vida de Zeca se passou num desenhar fiel e constante de um perfil colectivo que tardava em vingar, num foco de luz a iluminar a dimensão política possível.
E, sempre pelos poemas e pelas canções, nos inúmeros álbuns que gravou, o país e a Europa foram tomando consciência da inutilidade e da incompreensão daquele regime opressor, maldito.
Quem poderá algum dia esquecer “Os Vampiros” ou “O Menino do Bairro Negro” com letras inspiradas na miséria nacional que, desde o norte ao sul, apontavam a miséria e indigência social e cultural? Quem poderá algum dia esquecer “Grândola Vila Morena” entoada até à exaustão, do mesmo modo como se agitou a bandeira da liberdade no dia 25 de Abril de 1974?
Um herói inesquecível, uma atitude que não se esquece, de dádiva permanente e alerta constante; uma vida de dura luta em todas as direções, esse percurso de Zeca Afonso que tão cedo nos deixou.
Acredito não haver ninguém que não conheça a sua poética, as suas canções, a fibra de resistência e a força que o marcou. Essa força que nos transmitiu para sempre.
Zeca Afonso nunca será esquecido.
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