Views: 2
chrónicaçores nº 575. Precisa-se paz e sossego 23.2.2025
esta e anteriores em https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html
Rezam as crónicas mais antigas que nunca fui de violência, nem consta que alguma vez tenha andado à pancada com alguém, preferi sempre uma escapatória ao confronto físico.
Terçar argumentos, dissertar filosoficamente sobre a maioria dos temas era o meu tabuleiro de xadrez favorito. Desde muito novo que tenho uma noção de equidade, justiça, que tento fazer prevalecer, e gabo-me de ter incutido isso ao meu filho mais novo, que viveu connosco até aos 28 anos.
Vem isto a propósito de uma análise, típica da terceira-idade, que fiz há dias sobre o que se passou no mundo neste último século e meio (metade desse tempo conto já eu). Assistimos aos maiores dislates, guerras mundiais, genocídios sem conta, nem peso nem medida, ditadores para todos os gostos, de tal modo que já perdi a conta às centenas de eventos de mortandade a que o mundo assistiu.
Há dias estava a ver uma série documental científica sobre as pessoas que se queixam de terem sido levadas para naves e que padeceram de sevicias por seres não-biológicos ou não-terrestres e dos vários médicos especialistas que as estudaram, diagnosticaram, hipnotizaram, examinaram os seus cérebros, TAC, MRI (ressonâncias magnéticas), e excluíram patologias de qualquer tipo psíquico ou psicológico. Em todas elas havia pontos comuns, mas o que mais me chamou a atenção era a de todas terem uma maior empatia (que o comum dos mortais) para com o mundo que habitamos, a necessidade de haver mais amor, compaixão, paz e sossego. No fundo o que sempre prescrevi para mim e, que eu saiba, nunca fui raptado por extraterrestres, mas sempre entendi como uma missão capaz de justificar a minha presença neste orbe terráqueo que habitamos…
Face às crescentes ameaças de loucos, tiranos, sanguinários líderes mundiais de Netanyahu, a Trump, Putin e outros, permitia-me sugerir aos senhores extraterrestres (se existirem e andarem a fazer experiências com humanos) para fazerem o favor de levarem esses senhores da guerra, a ver se se tratam e se voltam mais pacíficos e menos afoitos a guerras.
Assim, poderia ambicionar viver em paz nestes últimos anos que me restam. Sei que é um pedido utópico e poético, como aliás faz parte da minha natureza, mas poderíamos adiar ou evitar a destruição deste mundo que ainda é o único que habitamos, repetindo o destino de tantas civilizações que desapareceram sem deixar rasto depois de terem atingido um grau elevado de desenvolvimento.
Apesar de isto não ser o caso dos 50 anos de autonomia dos Açores, onde se anda para trás, como o caranguejo, mas a passos largos e rápidos como a lebre. Qualquer dia temos Capitães dos Donatários, de novo, tal o bairrismo exacerbado a que se assiste.
E mesmo que os fenícios, cartagineses ou viquingues regressassem a estas ilhas, como alguns historiadores aventam, nada faria supor que estaríamos melhor com eles, sabendo, de antemão, que o destino de todas as ilhas vulcânicas, como estas, é submergirem, mais cedo ou mais tarde como aconteceu na lenda da mítica Atlântida.